17/11/2006

A música brasileira


A música, além de entreter, retrata um país, uma cultura, um momento, e é isso que a faz tão especial. E apesar de ouvir muita música gringa, sempre admirei a música brasileira. A riqueza do português, que tantas vezes deixa a gente louco, faz com que as nossas músicas sejam ainda mais lindas. Eu adoro ouvir uma boa música, com uma boa letra, eu sempre imagino onde a pessoa estava e em que momento da vida ela estava para compor daquela maneira.
A banda com melhores letristas, na atualidade, é o Los Hermanos. As letras do Camelo e do Amarante são muito lindas. Devem ser ouvidas, ouvidas, ouvidas até serem digeridas.
Abaixo, uma das minhas favoritas. É demais pensar na força do Vento

O Vento
Los Hermanos
Composição: Rodrigo Amarante

Posso ouvir o vento passar,
assistir à onda bater,
mas o estrago que faz
a vida é curta pra ver...
Eu pensei..
Que quando eu morrer
vou acordar para o tempo
e para o tempo parar:
Um século, um mês,
três vidas e mais
um passo pra trás?
Por que será?...
Vou pensar.
- Como pode alguém sonharo que é impossível saber?
- Não te dizer o que eu penso
já é pensar em dizer
e isso, eu vi,
o vento leva!
- Não sei mas
sinto que é como sonhar
que o esforço pra lembrar
é a vontade de esquecer...
E isso por que?
Diz mais!
Uh... Se a gente já não sabe mais
rir um do outro meu bem então
o que resta é chorar e talvez,
se tem que durar,
vem renascido o amor
bento de lágrimas.
Um século, três,
se as vidas atrás
são parte de nós.
E como será?
O vento vai dizer
lento o que virá,
e se chover demais,
a gente vai saber,
claro de um trovão,
se alguém depois
sorrir em paz.
Só de encontrar... Ah!!!

Quem não lê, não escreve


Caiu uma ficha horrível agora. Eu não li nem 5 livros esse ano. Uma vergonha. Como jornalista, não poderia ter deixado isso passar. Mas tenho uma desculpa: esse foi o ano em que eu mais ouvi música e fui a shows. Não colou? É também acho que não - uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Vou melhorar e pelo menos terminar os 9543583495 livros que eu comecei.

Falando nisso, uma das palavras que eu menos gosto é "coisa". Já repararam que você escreve "coisa" quando não sabe o que escrever. Sempre há um substituto para "coisa". Abaixo a palavra "coisa"

Obs - Esse é nosso post número 100.

Post 100


Ele vai ao cinema!

16/11/2006

Música Ilustrada!

Nada melhor do que traduzir visualmente um bom som!


por Rodr190.

Rádio Eldorado II

Além do “Sala dos Professores”, tem outro programa que eu gosto muito na Eldorado. É o “Sintonia Fina” com o Nelsinho Motta, sim, aquele que lançou Marisa Monte e tantos outros talentos. O programa é bem legal, Nelsinho apresenta uma nova banda de qualquer parte do mundo, conta como eles começaram o que pretendem e onde estão, aí depois, ele dá uma amostra grátis pra gente. É excelente para pegar referências e fazer o famoso download depois. Já conheci diversas bandas por causa dele, como o Kings of Convenience. O que eu acho mais legal é o tom com que o programa é apresentado, tem-se a impressão de que você encontrou o Nelson Motta em um café e ele te passou essas dicas. Bem bom!
Bem, o “Sala dos Professores” é exibido de segunda à sexta, em três edições diárias. Sábado e domingo, em cinco edições com um resumo da semana.

Rádio Eldorado I

A Rádio Eldorado FM é uma ótima fonte de boa música. Destaque para o programa do Daniel Daibem, “Sala dos Professores” que passa as 2ªs, 4ªs e 6ªs às 19h40. O programa é bem bom, além de dar dicas de jazz e MPB clássicos, o Daibem, que é um conhecedor de boa música, apresenta os instrumentos de uma banda de jazz, por exemplo, e ajuda os principiantes a entender o que cada um dos músicos toca. Vale a pena. Quando estiver no trânsito, liga lá!

Lembrando, o dial da Eldorado é 92,9.

I feel good!!!


O manifesto postado logo abaixo pela Fê não quer dizer que abandonamos nossas raízes, muito menos o Zé. Mas indica nosso atual propósito de pegar leve na balada e na bebida. Para comprovar nossas boas intenções e esse compromisso, falo agora sobre uma cultura milenar oriental e, ao mesmo tempo, saudável bebida não-alcoólica descoberta recentemente. Trata-se do, para muitos intragável e para mim indispensável, chá verde. Minha descoberta do chá verde decorreu de uma crise de gastrite há cerca de dois anos. Quente após as refeições ou gelado para acompanhá-las (agora vendem a bebida em pronta em latas, mas cuidado, porque algumas são de lascar e outras são boas, como a da foto), o chá verde é uma tradição milenar oriental. Sua história remonta a monges, imperadores e samurais. Beber chá verde no oriente é como ritual, que tem até regras de preparo definidas, mais ou menos como chegar no Zé e passar pelo ritual de arrumar as mesas e cadeiras e cumprimenta-lo ouvindo sua tradicional saudação aos visitantes do sexo masculino.

Nouvelle Vague



Essa é uma banda francesa. Os músicos se reuniram com a idéia de esquecer suas influências iniciais, principalmente punk, e criar algo novo. A Nouvelle Vague - plageando a corrente de cinema da década de 70 - canta músicas que todo mundo conhece como "Dancing With Myself" do Billy Idol, com um novo arranjo. É bem legal, são arranjos simples, parecem música de criança.

O site da banda tem um design bem legal, mas as informações são um pouco confusas...

Manifesto

Menos cachaça, mais cultura

15/11/2006

A Nova Ordem

Clássico dos clássicos. Assistir ao New Order faz parte do currículo de uma boa frequentadora de shows e como não podia deixar de ser, eu fui! Foi bom, eu curti, dancei até me acabar, mas tenho que concordar com o Jotabê Medeiros, jornalista do Estado de S. Paulo, o clima era de saudosismo. Mas pensando bem, que mal tem?

Ponto alto - ouvir o trio cantando "Love will tear us apart"'do Joy Division. Isso sim é fazer parte da história musical mundial.

Shows III - Sempre as mesmas críticas

Depois te ter assistido a tantos shows, posso dizer que manjo. E sabe o que eu percebi? Em todo show a crítica é a mesma: - O som estava baixo. Essa é a frase clássica. Fico me perguntando, será que não dá para ser mais alto? O show de ontem, do New Order, rolou exatamente isso - ninguém ouvia o vocalista.

Outra coisa que sempre me incomoda em shows são aquelas pessoas que vão ao show, mas nem sabem muito bem onde estão - isso ocorre principalmente com as mulheres - elas ficam em um tricô sem fim e nem prestam atenção. Para essas, uma dica: ouçam o CD, é bem mais barato e confortável. Ir ao show é se entregar aos músicos e "sentir a vibe". Ah, a dica também vale para aqueles que vão aos shows só para fumar um, e também não sabem onde estão.

Shows II - Lista

Encerrei ontem meu ano musical, com o show do New Order, e olha que o ano não foi fraco. Muita coisa boa. Uma pequena lista dos concertos que estive presente. Se foi em algum desses, manifeste-se!

Rolling Stones
U2
Franz Ferdinand
New Order
Chico Buarque
Marisa Monte
Tortoise
The Cardigans
Beastie Boys
Patty Smith
Yeah Yeah Yes

Aproveitando, show dos últimos tempos. Você também foi?

Chemical Brothers
Moby
Kraftwerk
Macy Gray
Arcade Fire
Strokes
Cold Play
Vanessa da Mata
Tony Bennett
Wayne Shorter
Orquestra Imperial
Pearl Jam
Madeleine Peiroux

Boa música, sempre

Shows I - Tipos de show

Há shows e shows. Aqueles shows que você vai porque conhece todas as músicas e é "fanzoco", aqueles shows que você vai porque alguém te falou que é bom, aqueles shows que todo mundo tem que ir - os chamados happenings - e os shows que te pegam de surpresa. Aquele que você não espera nada e quando o show termina pensa: como eu vivi até agora sem assistir a esse show? Nessa última categoria eu cito o do Tortoise. Cara, que show bom, no SESC Santana, em uma terça-feira chuvosa, os caras arrasaram, eu um teatro pequenino, mostraram ao que vieram. O som indescritível deles - mistura de jazz, música eletrônica, rock. Inesquecível. Se por acaso esses caras de Chicago estiverem por perto, não percam. É sério! Para mais informações por favor consultem Bruno Vio, o cara é expert em Tortoise.

O tema não é bebida, é arte mesmo...

A Johnnie Walker está com uma campanha nova interessante. Um andróide imbatível modelo Exterminador do Futuro propõe-nos desafios à vida humana. Ainda prefiro o senhorzinho da cartola e bengala, mas há mais poesia nas imagens e no texto do andróide. Tirando toda aquela parada subliminar, que te estimula a beber – que é óbvio que está lá, assim como estava no johnnie da bengala – o testemunho é bacana. No site, há o filme com o comercial e, em breve, estarão lá catalogadas as frases do andróide. Abstêmio, cético, chato ou menor (se assim, tem de mentir a idade no site), vale a pena ver.

Zé, você já viu um blue label? Tem não?

14/11/2006

brazil = MARAVILHA FISCAL!

Vou mudar um pouco o conteúdo neste post para falar sobre minha indignação com o país que vivemos, a famosa pátria amada por tantos e odiadas por outros. Sim, não sou patriota e muito menos faço juras de amor pelo BRAZIL! São inúmeros os motivos que tenho e talvez nenhum motivo seja tão grave para tamanho descontentamento. Mas vou expor alguns motivos:


by rodr190 (faz tempo)!

- o primeiro seria um processo que tenho contra a Caixa Econômica Federal, que até hoje (3 anos depois) não provou o desaparecimento no valor de R$ 1000,00 na antiga conta e o processo está na ativa com a mesma velocidade dos politicos que foram eleitos têm a preocupação de mudar o país;
- o segundo motivo é que essa semana recebi a inforamação de que meu IR (famoso imposto de renda) está com informações ou dados incorretos, ou seja, significa que pago por mês por volta de 27% do valor do salário para esses cretinos que estão no poder por voto do cidadão, e quando chega o momento de receber uma pequena parte desse valor, me dizem que vou passar por avaliação para saber se ROUBO o meu país!

Existem optros como por exemplo a falta de valor que minha profissão é para a maior parte da sociedade, e essa desvalorização faz cada dia crescer uma poluição e falta de qualidade visual. Quer mais? Pra quê? Você ainda vive nele!

Zé, um conhaque mais um copo e aquela ORIGINAL trincando!

Ir

Se você já gosta do Almodóvar, Volver é um filme que tem uma porção daqueles costumes típicos do diretor que te encantará: diálogos surpreendentes e interessantes, tabus sexuais em questão, temas que abordam princípios éticos de forma inovadora, atrizes em plena forma e uma ótima fotografia (principalmente nas viagens de carro e na vinheta inicial). É interessante como as personagens de uma mesma família passam por tragédias com tanta similaridade ao longo da trama. Achei o filme melhor do que o anterior, Má Educação.

Recomendo!



Boa pedida para a semana é comparacer ao show de John Pizzarelli. Posso garantir que é uma boa possibilidade de conhecer um jazzista de primeira com um carisma impressionante.
Foto tirada no Bourbon Street em 2005.

Resistir era preciso


‘Façam seus filmes, como for possível. Não parem. Porque um dia isso vai passar e, nesse dia, os filmes estarão lá, para contar essa história’, disse o crítico francês Georges Sadoul aos diretores brasileiros durante a ditadura. Graças a Leonor Souza Pinto, autora da tese de doutorado “Memória da ação da censura sobre o cinema brasileiro”, defendida na Universidade de Toulouse, hoje podemos ter acesso a histórias, documentos e registros em PDF de todo tipo sobre o embate entre censores e diretores de 64 a 88. Ela condensou tudo que achou no site Memória Cine BR, gratuito e irrestrito. Dá até para assistir a vídeos com depoimentos dos envolvidos. Pela busca, é possível encontrar cópias dos pareceres dos censores sobre cada filme ou diretor da época.
A melhor matéria sobre o assunto saiu em janeiro na revista da Fapesp – a única que assino e, para mim, uma das melhores revistas atualmente.

Eu gosto de Arnaldo Antunes

Eu gosto de Arnaldo Antunes. Tem quem não goste, que fale que sua poesia é simplista, que sua voz é ruim, e que ele é um freak que ganha dinheiro com isso. Eu gosto dele. Gosto das poesias dele, gosto do tom desafinado da voz dele, que parece até distorcida. Gosto do jeito dele no palco. E gosto principalmente dessa música, "Socorro". Acho a letra dessa música sensacional. A gente reclama de ter sentimentos desagradáveis como tristeza, raiva, inveja, mas bem pior seria não sentir nada. Vale a reflexão.

Arnaldo Antunes / Alice Ruiz - 1998

Socorro, não estou sentindo nada.
Nem medo, nem calor, nem fogo,
Não vai dar mais pra chorar
Nem pra rir.

Socorro, alguma alma, mesmo que penada,
Me empreste suas penas.
Já não sinto amor nem dor,
Já não sinto nada.

Socorro, alguém me dê um coração,
Que esse já não bate nem apanha.
Por favor, uma emocão pequena,

Qualquer coisa.
Qualquer coisa que se sinta,
Tem tantos sentimentos, deve ter algum que sirva.

Socorro,
alguma rua que me dê sentido,
em qualquer cruzamento,
acostamento,
encruzilhada,

Socorro, eu já não sinto nada.
Socorro, não estou sentindo nada.

13/11/2006

Sincronicidade de rum

O casal não se deu conta, mas, na sexta-feira, este blog fez um mês. Passou batido total, mas a celebração não poderia ter sido melhor: fomos ao Zé e tomamos cerveja.

O papa é pop e DJ Puff também

Eu gosto de dançar, mas detesto dançar música que eu não gosto e músicas que tocam em todos lugares, anos e momentos. Nem preciso dizer quais são. Mas ontem fui obrigada a pagar minha língua e a admirar um DJ do universo pop. DJ Puff - confira link da Érika Palomino.

Ele é mega badalado e admirado pelos ricos paulistanos que freqüentam Heaven, Lotus, Royal, etc. Mas sabe que o cara tem uma fórmula muito legal de tocar todos os "clássicos". Ele toca só um pedacinho de cada música e faz altos remixes. Quando você menos vê tá dançando "Lança Perfume" e nem dói, porque logo acaba. Ele manda bem. Quando forem em uma festa de abonados prestem atenção se o Puff toca, vale a pena. E com um bom champagne você vai se divertir.

Amarga avareza

Considero-me um cara com poucos preconceitos culturais. Sou capaz de, na mesma semana, ir a um opera e assistir à Tati Quebra-barraco. Ou ir à livraria e sair de lá com um prêmio Nobel cabeça e um best-seller chá com pão. Posso até ir, em um mesmo fim de semana, a Vila Olímpia, Vila Madalena e Santana.
Pois bem, ganhei ingressos para ir ao musical da Cláudia Raia chamado Sweet Charity. Quando falei que ia, ouvi comentários do tipo “nem de graça”, mas acho que, certas coisas, temos de ver para crer que é ruim. Resolvi encarar e ainda levei a Fernanda-arroz-de-festa para a experiência. Como este site não tem de ser imparcial, apolítico, apartidário, nem chapa branca, seguem pontos fortes e fracos sobre a peça (obviamente, não simétricos):

Pontos fortes:
- A temperatura agradável durante o espetáculo dentro do Citibank Music Hall (ex-CIE Hall e ex-Directv Hall, que todo mundo ainda chama de Palace)
- A atuação da Cláudia Raia, do Marcelo Médici (de quem já falamos aqui) e do resto do elenco.
- A produção cara estilo Broadway, que impressiona

Pontos fracos
- História besta, clichê, sem conteúdo e com texto ruim
- Tão kitsch, que praticamente não precisa de cérebro para assistir
- O narrador entrar na última cena, no ápice da cafonice, dizendo o que qualquer mané concluiria sozinho
- Música não é boa, nem ao menos daquelas que geralmente grudam na cabeça, comuns em musicais
- Acho que é caro para quem paga

Fê, se quiser fazer mais alguma observação, fique à vontade.

10/11/2006

Ajuda musical à uma noiva

Bem, eu já sou casada, mas tenho uma amiga que vai casar. Dia desses, e ela me pediu uma ajuda: músicas para o casamento.
Por favor, porque todos os casamentos tocam as mesmas músicas??? Anos 50, Anos 60, Anos 70... Axé, Country Americano, Forró e por aí vai. Gente, tem muita música boa no mundo. Música de dançar mesmo. Vamos ajudar a noiva. Por favor coloquem suas sugestões.

Gente, me salvem de dançar YMCA e Raining Men!

Ainda sobre o amor

Por Bruno Vio

O Amor, assim como o ódio, vulgariza as pessoas. O Amor é construído de lugares comuns e de vídeos no sofá.
Ninguém ama como Vinicius. As pessoas amam como Roberto Carlos, porque o amor é assim mesmo, brega.
Admiro beleza de Vinicius, mas não abro mão do Roberto. Sei bem quem vai me ajudar na hora certa.
"Para viver um amor, na realidade, há que compenetrar-se da verdade de que não existe amor sem fidelidade — para viver um grande amor. Pois quem trai seu amor por vanidade é um desconhecedor da liberdade, dessa imensa, indizível liberdade que traz um só amor" Vinicius de Moraes.
"Se alguém tocar seu corpo como eu, não diga nada não vá dizer meu nome sem querer à pessoa errada pensando ter amor nesse momento, desesperada, você tenta até o fim e até nesse momento você vai lembrar de mim" Roberto Carlos.

09/11/2006

Del Rey! Por Rodrigo Silva e Fernanda Vio

Um VIVA. Muitos lembram do carro que era a sensação dos vovôs, mas não falo do carro e sim de uma banda que atropela e contagia o público com canções do rei…isso mesmo que pensou, o rei ROBERTO CARLOS. Banda formada por integrantes da banda pernambucana Mombojó e China com uma presença de palco brilhante. Não discordo da maior verdade já dita sobre o amor (vide post abaixo), mas acrescento que além das letras lindas escritas pelo REI, o DEL REY consegue com a mesma energia das letras conduzir os fãs do ROBERTÃO…. (RS)


Assistir ao Del Rey é inesquecível. Ontem, o Studio SP – mais um pólo de boa música na Vila Madalena – ficou lotado, um monte de gente que deve ouvir o Rei há tempos, mas não porque queriam. Tenho certeza que muitos deles achavam um saco quando a vó, ou a mãe, ou a tia brega colocava na vitrola a música “Detalhes”. Mas tudo mudou, e ouvir o Rei agora tem um clima de saudosismo, independentemente do motivo. O importante é que todo mundo foi, cantou, dançou juntinho. Bom, muito bom! Quando é o próximo. Ver o Rodrigo e o Bruno gritando e dançando não tem preço. (FV)

Ele falou isso

"Ninguém ama como Vinicius. As pessoas amam como Roberto Carlos, porque o amor é assim mesmo, brega", Bruno Vio

Acústico = Musak

Logo que a moda de acústicos começou, eu, adolescentinha, comprei vários: Paralamas do Sucesso, Nirvana, Gal Costa e tantos outros. Era acústico, eu comprava. Mas hoje, ouvindo o acústico do Smashing Pumpkins, vi essa fórmula "vamos vender um monte de CDs pra um monte de gente que não compraria o CD na sua versão original" com outros olhos. É bom, mas fica tudo meio que com a mesma cara...

Você sabe o que é um Musak? Aprendi com o Zeca Baleiro, em um de seus shows. Musak é aquela música fácil de ouvir, que não precisa de muito esforço. O velho e bom "easy listening". Aquela música que do mesmo jeito que começa, termina, e você, poucos minutos nem lembra que ouvir. Identificou? Acústico = Musak

Luz no fim do túnel



O hábito de ler as manchetes do jornal antes de sair de casa, hoje me fez mais feliz. O Estadão estampa em sua primeira página “Bush é derrotado e Rumsfeld cai”. Ainda não é o fim, mas pode ser o começo do fim. A situação começa a mudar. Os democratas passam a ocupar 229 cadeiras na Câmara dos Representantes, já os republicanos ficaram com 196 cadeiras. Viva!

Infelizmente soube que no Alasca o governador eleito será republicano e infelizmente não se preocupará com a ecologia... Queria que o candidato Tony Knowles tivesse ganhado. Isto porque, quando estive por lá, acompanhei de perto sua campanha e vi que ainda existem políticos que lutam por causas maiores e não por seu bolso. Aqui no Brasil eles também existem. Pena que a força deles suma no meio de tantas outras. Abaixo ao Bush!

Ps - essa é a bandeira do Alasca.

O que me resta é PENSAR!


Mais uma ilustração by Rodr190 (2000 dc).

08/11/2006

O anjo da história


Esta imagem e a sua descrição abaixo (de Walter Benjamim, traduzida por Cláudio R. Duarte) vez por outra vêm a minha mente. Em geral, esse desenho do Paul Klee surge na minha cabeça em momentos não tão animados, mas não quero que a vejam como depressiva. Acho que o que me atrai é a exposição crua da realidade de nossa vida. Bom, leiam abaixo e façam críticas à vontade.

Há um quadro de Klee chamado Angelus Novus. Representa um anjo que parece a ponto de afastar-se para longe daquilo a que está olhando fixamente. Seus olhos estão arregalados, sua boca aberta, suas asas estendidas. O anjo da história deve ter este aspecto. Seu rosto está voltado para o passado. Onde diante de nós aparece um encadeamento de acontecimentos, ele vê uma catástrofe única, que vai empilhando incessantemente escombros sobre escombros, lançando-os diante de seus pés. O anjo bem que gostaria de se deter, despertar os mortos e recompor o que foi feito em pedaços. Mas uma tempestade sopra do Paraíso e se prende em suas asas com tal força, que o anjo já não as pode fechar. A tempestade irresistivelmente o impele ao futuro, para o qual ele dá as costas, enquanto o monte de escombros cresce até o céu diante dele. O que chamamos de Progresso é esta tempestade.

Defendendo a categoria


Existem poucas mulheres roqueiras. Não entendo muito bem porquê. Eu mesma, gosto do som, mas confesso que adoro quando é um "roquezinho melódico", vide Arcade Fire, um som com instrumentos calminhos. É, eu sei, coisa de menina.

Mas sei o que é bom e por isso defendo nossa roqueira master Rita Lee. Concordo que ela parou no tempo e ainda vivemos de seus antigos sucessos, mas a dona Rita - que agora já é vó - manda muito bem no palco. Sabe muito bem o que está fazendo por lá. Uma salva de palmas. E ela defende a nossa categoria - meninas-roqueiras. Nesse blog masculino, uma música, alla feminina. Demais essa letra. By the way: todo mundo sabe quem foi Pagu?

Pagu
Rita Lee - Zélia Duncan

Mexo remexo na inquisição
Só quem já morreu na fogueira
Sabe o que é ser carvão
Eu sou pau pra toda obra
Deus da asas à minha cobra
Minha força não é bruta
Não sou freira nem sou puta
Nem toda feiticeira é corcunda
Nem toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho que muito "home"

Sou a rainha do meu tanque
Sou Pagú indignada no palanque
Fama de porralouca, tudo bem
Minha mãe é Maria Ninguém
Não sou atriz-modelo-dançarina
Meu buraco é mais em cima
Nem toda feiticeira é corcunda
Nem toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho que muito "home"

Confissões de uma falsa roqueira

Ai, difícil assumir isso. Talvez meus maridos peçam o divórcio, mas eu não gosto de Pink Floyd. Pronto, falei. E olha que não é porque eu não conheço, porque na minha família de roqueiros a banda sempre esteve presente. Acho a música deles uma puta viagem, desnecessária. Tá, estou disposta a rever meus conceitos e assistir ao tal DVD que o Rô fala todos os dias. Mas até lá...

07/11/2006

Blog ou mãe Diná?



Engraçado como as coisas são. Se você lê periodicamente o blog do casal irá entender. Em duas oportunidades citei o álbum “The dark side of the moon” do Pink Floyd como uma das mais belas obras primas musicais. Como se fosse uma prévia da notícia que li hoje, chega ao BRAZIL esse mês o livro que desmistifica essa obra com o seguinte título "The Dark Side of the Moon - Os Bastidores da Obra-Prima do Pink Floyd" creditado a Jonh Harris. O livro apresenta da elaboração do conceito que iria unir as canções e de como os músicos se relacionavam no estúdio. Bem, o que resta é esperar e comprar.

THE DARK SIDE OF THE MOON - OS BASTIDORES DA OBRA-PRIMA DO PINK FLOYD
Autor: John Harris
Tradução: Roberto Muggiati
Editora: Jorge Zahar
Quanto: R$ 39 (nas livrarias a partir do próximo dia 21)


Zé, um conhaque porque vou demorar falar dessa banda novamente. Próximo...

Crepúsculo

Sem rodeios ou eufemismos, o tema deste post é a morte. Passado o dia de finados, as incansáveis discussões sobre o lado de lá e a perda de um parente muito querido, resta pouco espaço para divagações sobre o além nesta semana de ressaca. Mas, sem sono e à procura de algo que me fizesse ver o assunto de forma mais sutil, resgatei o belíssimo "As intermitências da Morte", do Saramago - meu escritor preferido e Nobel de 1998. O livro já é bem pequeno, mas, mesmo para quem tem reservas com o português, indico o último capítulo deste livro - que pode ser lido como um conto - como sugestão de quão poética pode ser a abordagem de nefasto assunto. Para aguçar o paladar de vocês, a própria morte é protagonista do livro e, ao longo do romance, tem sua tarefa diária que vem desde o início do mundo retratada minuciosamente. Neste último capítulo, ela se apaixona...

06/11/2006

O tal do Lost

Todo mundo, em todos os cantos de São Paulo, fala do tal do Lost. A minissérie gringa, repleta de mistérios, que deixa todo mundo curioso. Tanto que aqui embaixo do Equador, tá todo mundo fazendo download dos episódios da 3ª temporada.

Eu sou uma total principiante, no começo da primeira temporada, mas já posso dizer uma coisa: os diálogos são muito bons e a direção de fotografia absurda. Vamos ver se eu também viro addicted, como uns e outros que só tem esses assuntos... Um sinal disso foi que hoje vi um velhinho no kilo na hora do almoço e achei que ele fosse do Lost. Que medo!

05/11/2006

Enciclopédia cinematográfica

Se você, como o casal, curte muito cinema, um site deve estar na lista do seus favoritos é o Internet Movie Data Base. É tipo uma enciclopédia cinematográfica digital, que apresenta os novos filmes A e B, seus diretores, o que a indústria do cinema anda fazendo por aí. O mais legal: além das novidades, é possível conhecer o histórico de grandes cineastas, como o Michel Gondry - do post abaixo. Confiram!

04/11/2006

Parada top

É bom correr para pegar ainda a edição de outubro da revista Top Magazine nas bancas. A revista de cultura temática traz nesta edição uma série de fotos, entrevistas e imagens relacionadas com sonho. Na capa, está o Michel Gondry, que dá entrevista sobre The Science of Sleep, seu novo filme, que o casal já está louco para ver. Gente do Zé, depois empresto a revista para vocês.

03/11/2006

A diferença que uma criança faz

Imperdível
Essa é a melhor palavra para descrever o “Pequena Miss Sunshine”. Um filme simples, muito simples, como é a vida da maioria de nós, sem grandes guerras, batalhas, viagens, como muitos filmes de Hollywood insistem em nos convencer – vide “Guerra dos Mundos” com Tom Cruise. Pelo amor de Deus.
A trama é simples, mas a mensagem que fica é maravilhosa.
Fala muito de sermos perdedores, vencedores, de como encaramos a vida, de que somos o que sofremos e tudo mais.
Quem tem família deve ver, quem não tem também
Grandes frases:
A gente aprende muito mais com os anos de sofrimentos, do que com os anos de felicidade.

Ponto alto – a fofa da Olive, que encara de maneira tão ingênua e linda os percalços da vida
Pra guardar na memória – Não podemos ter medo de ser ridículos.
Quem não é?

Em um cinema perto de você!

Egocentrismo musical


Depois de dedicar canções a pessoas queridas, dedico essa música a mim mesmo.

No Cars Go
Arcade Fire

We know a place where no planes go
We know a place where no ships go
(Hey!)
No cars go
(Hey!)
No cars go
Where we know

We know a place no space ships go
We know a place where no subs go
(Hey!)
No cars go
(Hey!)
No cars go
Where we know
(Hey!)(Hey!)(Cars go!)(Hey!)

Us kids know(Hey!)
No cars go
Where we know

Between the click of the light and the start of the dream
I don't want any pushing, and I don't want any shoving.
We're gonna do this in an orderly Manner.
Women and children!
Women and children!
Women and children, Let's go!
Old folks, let's go!




PS - Como já é sabido por muitos, Arcade Fire é minha banda favorita. A historinha é mais ou menos assim. Ano passado estava no Canadá e fui numa loja de discos em busca de sons inéditos para o meu irmão. O vendedor me indicou essa banda, e disse que era uma das favoritas de David Bowie. Trouxe o CD pro Brasil, e logo depois eles vieram para o TIM Festival. DB (David Bowie para os íntimos) estava certo, os caras detonam. I LOVE ARCADE FIRE. O MILO que o diga, pois MILO sem Arcade Fire, não é MILO.

02/11/2006

It's time to celebrate



"Eu finalmente achei a verdade da vida! A importância das coisas simples, de cada segundo, de cada detalhe, do momento! Tudo passa..." Essa frase é da querida Érika Koga, amiga-budista-iluminada.




Em tempos de tanta ansiedade, é cada vez mais importante termos consciência de nosso papel por aqui. Saber porque corremos tanto, porque sempre queremos chegar a algum lugar, porque queremos ser bons profissionais, filhos, amantes. Cabe a nós formatarmos esse jogo de maneira que nos dê mais prazer. Como eu digo: o equilíbrio está ao alcance de todos.

Uma boa maneira de parar, refletir e compreender porque o mundo está ao contrário é ir ao templo budista Zu Lai aqui em São Paulo. E essa dica vale para todos, independentemente de religião. Já tive o prazer de levar alguns amigos até lá e a sensação de bem-estar é única. É demais olhar para o outro e ver que a paz existe, mesmo para aqueles que parecem tão perturbados.

O legal é ir aos domingos, umas 14h, dar uma volta pelo templo, sentir a brisa calma e assistir as palestras, sempre às 15 horas e com temas diferentes. É bom, faz a gente pensar, renova as energias para a semana. Vamô aê?

Sim, no Zé a gente não fala só de cachaça. Espiritualidade também em alta.