30/11/2007

Kandinski brasileira II

Por Patty Ewald

A artista Beatriz Milhazes, citada em um post abaixo, estará a partir de amanhã (1º/dez.) expondo suas obras na Galeria Fortes Vilaça, rua Fradique Coutinho, 1.500, Vila Madalena. A Fortes Vilaça – na qual já trabalhei por um tempo – representa grandes artistas do Brasil, como os grafiteiros Osgêmeos, Vik Muniz e sua esposa Janaína Tschape, entre outros. Seus representados participam de uma série de feiras pelo mundo todo, como a Frieze de Londres e a Art Basel, em Miami Beach, também já citada e que acontece nos próximos dias 6 a 9 de dezembro (vai conferir por mim, Ju!). Ela é considerada uma das mais importantes galerias da América Latina e uma de suas preciosidades é justamente Beatriz.


Com obras que chegam a valer U$ 500.00,00, ela é uma artista muito disputada nacional e internacionalmente. Para adquirir uma tela é preciso encarar – fora o preço - uma lista de espera com mais de 100 nomes e nem por isso ela altera seu ritmo, produzindo cerca de 10 telas por ano. Uma obra bem acessível é a capa do disco “Universo ao Meu Redor”, da Marisa Monte. Há um projeto para realizar uma retrospectiva de sua carreira – iniciada nos anos 80 – na Pinacoteca do Estado, isso seria para o ano que vem, por enquanto a exposição que abre amanhã irá até 26 de janeiro. Grátis.

29/11/2007

Por falar em virtuoso

Toca em SP no dia 06 de dezembro, um dos mais insanos guitarristas chamado Yngwie Malmsteen. Só vendo ele tocar para descrever.
O local premiado será o Citibank Hall.

Sempre ele

O melhor do show de Stanley Jordan com a Jazz Sinfônica ontem foi a reverência a Tom Jobim, um dos maiores músicos brasileiros que já viveu. Ao longo da apresentação, rolaram Wave, Insensatez e Corcovado. Como a Fé disse, o guitarrista é habitué do Brasil e, para nossa alegria, conhece muito da música nacional. Ao menos o bastante para tocar aquilo que temos de melhor no dedilhar de sua guitarra.

4 vezes Stanley!


Sim, foi sensacional! Como disse muito bem a esposa, virtuoso o show. Particulamente sou muito fã do rapaz e foi a quarta oportunidade de apreciar. Honestamente estava até então sem muito pique, pois achei que seria um show "mais do mesmo" (com qualidade, é claro). Mero engano. Foi o quarto show diferente que assisto do cidadão. Acompanhado da Jazz Sinfônica, foi um show para guardar na lembrança. Sim, uma sequência de clássicos do jazz como Charlie Parker, Coltrane, etc., com alguns momentos solos que foram um espetáculo a parte. Para aqueles que se interessaram, hoje haverá outro show no Memorial e em meados de dezembro ele tocará no sesi/sesc da paulista.

Presente de Natal



O Natal chegou e entre diversas ofertas de presentes, chegaram alguns lançamentos de Dvds. A primeira opção de bom (acredito por gostar da banda) é o duplo "Queen Rock Montréal & Live Aid", reunião de 81. Outra opção de ótimo gosto é "Dont Look Back", registro da turnê britânica de 1965 de um Bob Dylan aos 23 anos e ainda em sua fase acústica.
Zé, faz tempo que não passo em casa.

Virtuoso

Sim, essa é a melhor palavra para definir Stanley Jordan. O VTNZ já falou sobre ele há exato um ano quando ele veio para o Brasil para uma apresentação em homenagem ao aniversário do marido-rô, em Santos. Pois bem, esse ano o encanto se repetiu e ele veio cantar parabéns com Rodrigo Silva agora no Memorial na América Latina e junto com a Jazz Sinfônica!
O show foi sensacional, muito bom para quem nem sabe manejar uma guitarra, ou qualquer outro instrumento, como eu. E deve ser mais especial ainda para aqueles que ensaiam seus acordes e brincam de músico pelos fundos de garagem espalhados pela cidade – como é o caso de muitos leitores do blog. Repito, o jazz é a música de todas as horas e tenho descoberto que cada vez mais é a música de relaxar a mente, os olhos e os músculos do pescoço. Sabe aqueles que teimam em ficar rígidos?

Não morra ainda


Você tem um compromisso. O canal de televisão "TCM Classic Hollywood", da TVA e Sky, embarca nessa idéia e promove durante o mês de dezembro o ciclo 50 Filmes para Assistir Antes de Morrer, que começa no sábado (1º) e vai até dia 26. Já viu quantos? Se você não tem essas facilidades vai de vídeo locadora mesmo! Coloquei em negrito os que vi. Tô fraca, vai ter que demorar para eu morrer...

1. "A nave da revolta" - sábado (1º), às 23h
2. "Sindicato dos ladrões" – domingo (2), à 1h10
3. "O mágico de Oz" – domingo (2), às 23h
4. "Este mundo é um hospício" – segunda-feira (3), às 0h45
5. "Cantando na chuva" – segunda-feira (3), às 23h
6. "A primeira noite de um homem" – terça-feira (4), às 0h50
7. "Ben-Hur" – terça-feira (4), às 23h
8. "O dia em que a Terra parou" – quarta-feira (5), às 2h35
9. "Sementes de violência" – quarta-feira (5), às 23h
10. "Amor, sublime amor" – quinta-feira (6), à 0h45
11. "Psicose" – quinta-feira (6), às 23h
12. "Sem destino" – sexta-feira (7), à 0h55
13. "Super-Homem" – sexta-feira (7), às 23h
14. "Platoon" – sábado (8), à 1h30
15. "E o vento levou" – sábado (8), às 23h
16. "Levada da breca" – domingo (9), às 2h45
17. "E.T. – o extraterrestre" – domingo (9), às 23h
18. "Rocky, um lutador" – segunda-feira (10), à 1h05
19. "A um passo da eternidade" – segunda-feira (10), às 23h
20. "O milagre de Anne Sullivan" – terça-feira (11), à 1h
21. "Anatomia de um crime" – terça-feira (11), às 23h
22. "Laranja mecânica" – quarta-feira (12), à 1h45
23. "Adivinhe quem vem para jantar?" – quarta-feira (12), às 23h
24. "Quem tem medo de Virgínia Wolf?" – quinta-feira (13), à 0h55
25. "Cidadão Kane" – quinta-feira (13), às 23h
26. "Vidas amargas" – sexta-feira (14), à 1h05
27. "Um corpo que cai" – sexta-feira (14), às 23h
28. "Manhattan" – sábado (15), às 1h15
29. "Lawrence da Arábia" – sábado (15), às 23h
30. "King Kong" – domingo (16), às 2h45
31. "A ponte do rio Kwai" – domingo (16), às 23h
32. "Taxi driver" – segunda-feira (17), à 1h45
33. "A mulher faz o homem" – segunda-feira (17), às 23h
34. "Intriga internacional" – terça-feira (18), à 1h15
35. "Vinhas da ira" – terça-feira (18), às 23h
36. "Kramer vs. Kramer" – quarta-feira (19), à 1h15
37. "Rastros de ódio" – quarta-feira (19), às 23h
38. "O expresso da meia-noite" – quinta-feira (20), à 1h05
39. "O falcão maltês" – quinta-feira, (20), às 23h
40. "Bonnie & Clide – uma rajada de balas" – sexta-feira (21), à 0h45
41. "Operação dragão" – sexta-feira (21), às 23h
42. "Onde começa o inferno" – sábado (22), à 0h45
43. "Os profissionais" – sábado (22), às 23h
44. "A beira do abismo" – domingo (23), à 1h
45. "Tubarão" – domingo (23), às 23h
47. "Núpcias de escândalo" – segunda-feira (24), às 23h
48. "Sinfonia em Paris" – terça-feira (25), às 0h55
49. "Casablanca" – terça-feira (25), às 23h
50. "Gata em teto de zinco quente" – quarta-feira (26), à 0h45

Edith Piaf - o filme


Se ao ouvir as músicas interpretadas por Edith Piaf já é impossível conter um sentimento íntimo, assistir ao filme sobre sua vida será, fatalmente, uma experiência sensorial catártica de difícil descrição. Paralelos podem ser feitos ao filme, mas com uma grande distância. Ray (sobre a biografia de Ray Charles) talvez seja o principal paralelo, no que tange o sofrimento das vidas. A biografia de Billie Holiday talvez seja também tão carregada quanto suas interpretações, em outro paralelo. Mas, ainda assim, o filme que está em cartaz sobre Edith Piaf é uma obra única, ao combinar obviamente belas canções, mas também um conjunto de interpretações e montagem bem elaboradas. O filme não segue em ordem cronológica, mas é impossível se perder pelo caminho. As atrizes que representam as diferentes fases de sua vida também se transformam, acompanhando seu estado momentâneo. Por vezes, é triste isso, porque as representações reproduzem fielmente o definhamento da cantora. Edith Piaf pode ser considerada o Garrincha do microfone. Suas pernas tortas seriam sua aparência horrenda. O destino de ambos foi similar ao se extenuarem nas luxúrias do sucesso. A fama dos dois também nunca chegou aos pés de Pelé, Maradona, Billie ou Ella Fitzgerald. Mas como foram perfeitos...

28/11/2007

O tempo é o senhor das respostas

Ele que resolve as nossas angústias que tentamos de maneira tão cega resolver
Ele que deixa tudo mais claro, mesmo quando o nosso pensamento insiste em deixar turvo
Ele que deixa os fatos mais leves, quando os contêineres insistem em montar nas nossas costas
É nele que temos que pensar, que ele vai passar e vai resolver tudo

Meu Deus, como a mente humana é cabeça dura!

YouTube Project:Direct

Por julianus popoulus, dos eua

Existe um concurso promovido em parceria com a HP e o estúdio Fox Searchlight, para selecionar os "melhores diretores de cinema entre os usuarios do YouTube". Neste concurso, "Laços" foi o único vídeo brasileiro escolhido entre os 20 finalistas. Dirigido por Flavia Lacerda, o video tem boas caracteristicas que um curta-metragem deve possuir, mas vale ressaltar: a concorrencia eh extremamente grande. A selecao conta com um júri presidido pelo cineasta Jason Reitman (de "Obrigado por Fumar").

A votacao on-line termina dia 9 de dezembro. Vale a pena conferir e, quem sabe, dar o seu voto ao candidato tupiniquim. O vencedor receberá um convite para participar de um festival de cinema nos EUA, com despesas pagas, além de US$ 5 mil e a possibilidade de ver seu vídeo sendo exibido na página principal do YouTube dos países participantes. O segundo colocado também ganhará US$ 5 mil (mas não irá ao festival) e o terceiro, US$ 2,5 mil.

26/11/2007

Kandinski brasileira


A arte contemporânea brasileira passa por uma fase de valorização extrema no exterior. Segundo grandes galeristas do mundo, já não há colecionador ou marchand que não passe os olhos ou mesmo visite o Brasil para encontrar uma lista grande de nomes que estão custando fortunas lá fora. Um dos principais nomes do momento é Beatriz Milhazes - que lembra muito Kandinski. Ela tem direito a perfil em revista da Tate e a participação na Art Basel Miami, que começa na semana que vem.

23/11/2007

Literatura no tempo do blog

Folhetim eletrônico é um modelo de literatura adotado por David Coimbra, que escreve em seu blog novelas em capítulos, contando com palpites, opiniões e interação de todo tipo dos leitores ao longo da produção. Coimbra é gaúcho, jornalista e editor do Zero Hora. Seu folhetim mais recente foi “Pistoleiros também mandam flores”, editado pela L&PM. Lido de uma tacada só, o livro é um bom noir, mas pouco exigente e pouco elaborado – tanto em termos de história, como lingüísticos. Deve ser mais interessante acompanhar os capítulos pelo blog, como ocorre com o atual “Cris, a fera” – que suscita comentários como morte ao antagonista! ou como a mocinha pôde errar assim? Como livro, porém, perde-se a graça de ficar ansioso em saber o que ocorrerá na cena (post) seguinte. Pelo clima de novelão, a leitura é estimulada a ser rápida, já que você têm acesso aos próximos acontecimentos ao virar das páginas. Portanto, o livro é mais interessante pelo formato e concepção, do que pelo conteúdo.

Casa de areia

Por Patty Ewald

Tão acostumada que sou com a estranhíssima programação do Canal Brasil, me surpreendi quando, no meio da tarde, pude assistir ao filme “Casa de Areia” (2005). A idéia inicial desse longa surgiu com a foto de uma antiga casa abandonada entre dunas de areia. Gravado no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, o filme conta a história de três gerações de mulheres – de 1910 a 1969 - obrigadas a viverem numa região quase inóspita.
Dirigido por Andrucha Waddington e com roteiro (nessa onda de greves, vai saber) de Elena Soárez, foram utilizados momentos pontuais do século XX para mostrar a passagem do tempo, com ajuda da ótima alternância de papéis entres as Fernandas do elenco (Torres e Montenegro), uma interpretando a juventude e velhice da outra. Seu Jorge, Luiz Melodia, Stênio Garcia, entre outros fazem parte do filme.
É uma sensação interessante assistir ao filme e por um momento se imaginar na situação daquelas três mulheres, obstinadas a saírem de lá, mas se vendo cada vez mais presas àquele lugar deserto.
Abaixo um dos diálogos mais bacanas, coisa que a roteirista assumidamente decidiu por economizar, afirmando que “tende-se a resolver tudo no diálogo, mas o cinema trabalha com outra particularidade. Ele se resolve com a imagem”:


- Mamãe, o homem pisou na lua.
- Na lua?! Mas como?
- Foguete. Uma espaçonave...
- E voltou mais moço...?
- Não, acho que até mais velho.
- E o que ele encontrou na lua?
- Nada.
- Nada?
- Nada. Dizem que encontrou areia.
- Areia...

22/11/2007

Ana

Você já ouviu pelo menos umas cinco vezes nos últimos dois anos uma cantora que se diz “ser a nova cara da MPB”. Mas, enfim, surge alguém que pode indicar algum potencial verdadeiro. Uma bela voz e um ótimo gosto para selecionar e compor suas músicas. Ana Cañas já conquistou seu espaço no mercado. Ao menos no mais elitista. Ela canta principalmente jazz em São Paulo. Depois de passear por alguns clubes mais exclusivos, ela virou residente do Baretto, que fica no Hotel Fasano e, infelizmente, cobra R$ 40 só para ouvi-la. A água mineral deve ser uns R$ 20. No site, dá para ouvir a música mais autoral dela, Ana. Ao menos podemos escutá-la por menos pelo cd “Amor e Caos”, lançado pela Sony BMG, que tem ainda outras músicas dela, uma do Caetano (se não em engano) e outra do Bob Dylan.

Inédito

Já vi gente vendendo de tudo em bares de São Paulo, principalmente na Vila Madalena, mas ontem foi a primeira vez que me ofereceram ótimas antologias e discografias de jazz em CDs MP3. Obviamente, piratas. E as ofertas são absurdamente boas. Difícil resistir a compilações de CDs de Monk, Mingus, Baker e a reuniões de violonistas brasileiros e clássicos do soul por R$ 10. Os DVDs, com alguns shows clássicos, saíam a R$ 13.

21/11/2007

KT Tunstall

A música se chama "Black Horse & The Cherry Tree". Dica do amigo chácompão.

Correspondentes unidos

Acaba de ser criado o blog vê se me escreve!, para ser um fórum de relatos culturais e cotidianos de diversos pontos do mundo. É um lugar onde pessoas de qualquer país poderão relatar suas experiências e impressões. “O único critério é que sejam notícias do mundo colhidas na fonte, que falem de tudo para todos”. Os primeiros textos são de Londres, onde o blog surgiu. Qualquer dia desses, alguma história do Zé deverá pintar por lá também.

20/11/2007

Oitocentos posts

Olha, esse povo aqui do VTNZ escreve, hein...

Seguinte, meu post é ainda sobre o LCD SoundSystem.
O show já foi, mas a paixão despertada está cada vez maior. Som bombando, seja no MP3, no rádio de casa, do trabalho, ou do carro. E não é só a gente. Muito boa a coluna do Álvaro Pereira Junior na Folhateen de ontem: "As canções têm progressão, têm dinâmica. Têm, desculpe o nome feio, arranjos elaborados. As letras são ácidas. As referências musicais vêm de uma mente enciclopédica. E a banda domina completamente o palco. Estou falando do show genial do LCD Soudsystem, semana passada em São Paulo" - Também me encantei com esses nerds americanóides!

Galeria















































Finalmente, tudo o que as câmeras registraram em 1 ano de Zé.

musiqueiros de plantão

Fissurados por música, uni-vos!

http://umquetenha.blogspot.com/
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blog de discos para download
quem tiver interesse, este blog recém lançado tá disponibilizando links para download de varios discos bons!
http://sombarato.blogspot.com
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http://loronix.blogspot.com/
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http://musica-desalida.blogspot.com/
Indie, rock, eletrónica, etc.
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http://deepnlowmusic.wordpress.com/
eletronica
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http://www.anosdajovemguarda.blogspot.com/
jovem guarda
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http://music-thingz.blogspot.com/
hip-hop
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http://arcadupyrata.blogspot.com/
Indie, eletrónica, folk, jazz, reggae, hip-hop, etc.
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http://vidabauldiscos.blogspot.com/
Rock, indie, etc.
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http://fhensofunkmusic.blogspot.com/
original funk music
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Blog de referência com música rock e psicadélica dos anos 60 e 70.
http://chrisgoes.blogspot.com/
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http://www.gaiteros.blogger.com.br/
Blog brasileiro com mpb e muito mais.
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http://nabulabula.blogspot.com/
Blog moçambicano com música variada, do fado ao jazz, passando pela world music.
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http://covermango.blogspot.com/
Blog mexicano de indie, rock, etc., e com bastante originalidade gráfica.

19/11/2007

Talvez atrapalha

Adorei essas duas palavras juntas: "talvez atrapalha". Já pensou nisso? Vamos de sim ou não! Essa é a letra da música Mais Alguém da Roberta Sá. Sobre o casal no Japão, como bem disse minha amiga-carioca Juju, provável que seja aquele do Lost in Translation - Sofia Coppola, boa menina!

Não sei se é certo prá você
mas por aqui já deu prá ver
mesmo espalhados ao redor
meus passos seguem um rumo só

e num hotel lá no Japão
vi o amor vencer o tédio
por isso a hora é de vibrar
mais um romance tem remédio

Não deixe idéia de não ou talvez
que talvez atrapalha


O amor é um descanso
quando a gente quer ir lá
não há perigo no mundo
vou viajar lá longe tem
o coração de mais álguem

Não deixe idéia de não ou talvez
que talvez atrapalha
Não deixe idéia de não ou talvez
que talvez atrapalha

Pronto, falei


Yoko Ono, mulher do John Lennon. Sim, melhor ficar só com esse título. Respeito a arte abstrata, mesmo sem muitas vezes entender racionalmente o que está acontecendo, mas não gostei do que vi. A minha abstração não vê como arte um monte de xícaras quebradas em cima de uma mesa... A minha abstração até achou interessante um quarto pela metade - significando a ida do grande amor. Mas o seu maior feito, até hoje é o casamento com John Lennon. Pronto, falei...


Feriado em SP

Geralmente feriado para paulistano significa pegar o carro e ir para qualquer canto do fora da cidade. Bem, fim de semana chuvoso, frio e na cidade grande ainda se consegue fazer algo interessante. Assim foi a exposição da Yoko Ono no CCBB. Particulamente não sou muito fã dela, mas vale a pena conferir a exposição. É só tentar entender um pouco que logo se percebe a quantidade de informação e contestações são ditas em pouco espaço. Ponto neganivo? Em alguns pontos, não tem como entender sem interagir com a peça (segurança local não possibilita), o que distancia. Conselho: se tem preguiça de analisar, comece do último andar para baixo, pois a sensação que ficou foi, conforme você avança (sobe um andar), se chega no melhor que a Yoko pode proporcionar com sua arte.

18/11/2007

Justa causa

A greve atual dos roteiristas de cinema e TV nos EUA – que força gente como David Letterman a ser obrigado a apresentar shows reprisados, por falta de cabeças para pensar em novas piadinhas – decorre de uma questão interessante levantada pelo Estadão hoje. Os roteiristas, pais das idéias, dos textos e dos diálogos sempre foram relegados a segundo plano. Pense na vez em que perguntou qual o roteirista que fez um filme, por exemplo. Lembra-se sempre do diretor,porque se disseminou uma cultura de que ele é o principal responsável pela obra. Mas os tempos mudaram e o texto passa a ganhar mais peso. Acredito eu que a tempestade de vídeos e programas diferentes, bacaninhas, mas sem conteúdo que vemos não se sustentarão com tanta força. Em alguns nichos, o conteúdo já é o ponto principal, não a forma. Hoje, eu vou assistir a um filme, por exemplo, por causa do Charlie Kaufman, roteirista de Brilho Eterno de uma mente sem lembranças, Adaptação e Quero se John Malkovitch (ok, todos com ótimos diretores também). Por aqui, vê-se séries por causa da Fernanda Young e o marido – que sempre esqueço no nome. O Estadão cita outros sucessos de roteiro, como Lost e Sex and the city, e mostra quão ofuscados são os roteiristas do que atores. Escrevo isso como uma defesa à causa dos roteiristas, que merecem - tanto em termos financeiros quanto em termos de popularidade - mais homenagens e atenções do que muitos diretores, atores e apresentadores.

17/11/2007

La musica, La musique, A música

Show, show, show. O Zé, eu e meus fiéis escudeiros nunca escutamos a tanta música boa, ao vivo, na mesma semana, mês e ano. Parece que a temporada está quase no fim. Mas a sensação de enriquecimento musical é latente. Experiência boa é ir a um show que você não conhece nenhuma música e sair com a sensação de que o músico e sua banda são seus maiores ídolos. É como ir em uma festa que você não conhece ningém e fazer amigos, como fazer uma viagem e transformar lugares que você nem imaginava que existiam em sua casa temporária. Resoluções para um ano que anuncia a sua chegada: show, show, show!

Jazz em doses


Ei, você que pouco sabe de Jazz, não perca a coleção clássicos da Folha de São Paulo. Baratinho e uma ótima chance de conhecer esse estilo musical. Não é aquela música de sair dançando e pirando por aí. Mas colocar para tocar, pegar um bom livro para ler, ou reunir amigos especiais e deixar rolando pode ser a boa de um sábado à noite. Boa música, sempre!

Essas mulheres...

O universo masculino sempre me causou inveja. Tão práticos, objetivos, sensatos, com poucas nuâncias de sentimento - muito sim, não e raros "talvezes". Mas ontem me deu uma satisfação em ser mulher. O filme Jogo de Cena, do Eduardo Coutinho, mostra tão "lindamente" como as mulheres são especiais, evoluídas, nobres. Mulheres tem o dom da maternidade e isso não é pouca coisa não. A maioria das lindas histórias tinham a ver com o relacionamento mãe e filhos. Os homens tem um espaço tão outro quando falamos de filhos. Caramba... Sim, filme de lágrimas e de ver como as mulheres, tão conhecidas pelo sexo frágil, são constantes e belos exemplos de valentia! Lindas Mulheres... Vá lá ver!

16/11/2007

K

Ícone da literatura "pé na porta e soco na cara", tratando principalmente de conflitos existenciais, Franz Kafka é prato cheio para qualquer manifestação artística contemporânea. Atualmente, temos uma peça de teatro em São Paulo sobre obras do autor e o recém-lançamento de um romance inspirado na vida de uma ex-namorada do judeu tcheco. No entanto, não é sempre garantido revisitar um clássico com sucesso. Por exemplo, uma das minhas maiores decepções na viagem européia foi a visita ao Kafka Museum, em Praga. A proposta do museu era bacana, com muita interatividade. Mas a escolha das obras apresentadas foi de péssimo gosto. Manuscritos que diziam pouco sobre sua obra e nenhuma citação ao clássico "A Metamorfose". O melhor era um videozinho piração de "O Castelo". Sem falar no preço, que era bem alto.

14/11/2007

Muito prazer, Clarice

Por Patty Ewald

Desde que li o livro “A Hora da Estrela”, de Clarice Lispector, me identifiquei com a maneira da autora de escrever e descrever coisas, sentimentos, confusões. Após ter lido mais um livro, “Uma Aprendizagem”, passei a gostar mais ainda, como se ela falasse sobre temas que também pensou e diversas vezes do modo que penso.
Foi por gostar de seus livros que assisti à peça Clarices, no Teatro Ágora (até 02/12). Numa sala intimista e bem pequena - apenas 50 lugares - três atrizes estabelecem uma espécie de conversa usando trechos de crônicas e textos da autora. São 50 minutos, pouco tempo para teatro, mas o suficiente para apresentar quem foi – ou melhor, o que escreveu – Clarice Lispector, e já nessa intenção o espetáculo começa com um áudio de Clarice falando sobre si, daquele jeito que só quem leu sabe.

Segue um trecho do texto:

“Sempre me restará amar. Escrever é alguma coisa extremamente forte, mas que pode me trair e me abandonar. Em escrever eu não tenho nenhuma garantia. Ao passo que amar eu posso até a hora de morrer. Amar não acaba. É como se o mundo estivesse à minha espera. E eu vou ao encontro do que me espera.”

O show do ano desta semana


LCD soundsystem ontem foi o melhor show de todos os tempos da última semana. O que não é pouco. Uma semana que teve Chemical Brothers, Devo e muito mais chegou ao seu auge na noite de ontem, no Via Funchal - que estava vazio. James Murphy e companhia conseguiram desenvolver o melhor da música eletrônica e o melhor do rock n' roll no mesmo palco. Ao vivo, soam muito melhor do que gravadas as músicas do LCD, principalmente as do último álbum, Sounds of silence (ok, o nome é péssimo, mas o conteúdo é muito bom). O começo do show foi destruidor, com os principais hits, e a dança comeu solta até o fim. E, pra arrebatar a noite, ingressos do Interpol na mão!
Zé, se prepara que hoje começa a maratona!

13/11/2007

Jazz não, gafieira!

Por Patty Ewald

Neste domingo que passou, graças a um casal de amigos meus (beijos para Kadu e Dé!), caí de pára-quedas numa noite de gafieira no Tom Jazz. Era comemoração de um ano da banda Gafieira São Paulo na casa e teve até participação especial da cantora Thalma de Freitas, da Orquestra Imperial. Aproveitei para bater um papo rápido com a moça, que se mostrou incrivelmente simpática. Para quem quiser aparecer por lá no domingo que vem, a participação será de Mariana Aydar e as apresentação de comemoração vão até o último domingo do mês.
O lugar é teoricamente pequeno, falta um pouco de espaço para os dançarinos mais espaçosos. Das 19 às 20 horas tem aula de dança, caso ficar sentado não seja sua intenção. Mas ainda tem um mezanino – que não é camarote – para quem quiser só apreciar a música (ao vivo e muito boa) e os que sabem dançar... Nesta brincadeira acabei até aprendendo uns passos com meu amigo pé de valsa!

O espetáculo do Terra

Datarock: boa surpresa

A música alternativa soou com toda sua força no festival Planeta Terra, que ocorreu sábado. Seguem destaques e fraquezas.

Pontos positivos:
Lugar sensacional, bem organizado, arrumado, limpo, com cerveja gelada, banheiro sem fedor, comida e sem fila para estacionar ou entrar
Devo, indiscutivelmente a sensação. Os tiozinhos agitaram mais do que qualquer outra banda, com seus hits e pirações visuais e sonoras.
Datarock foi uma boa surpresa, para quem nunca tinha ouvido falar da banda. Vale a pena procurar.
Instituto, com Benegão e Negra Li, fazendo a fase Racional do Tim Maia. Pegamos o fim só, mas foi um belo começo para nós.
Cansei de ser Sexy, temos de reconhecer, é animado. Melhor do que se esperava, tirando os gritinhos à Xuxa.

Pontos negativos:
Perdemos o show do The Rapture, porque foi na mesma hora que o do Devo. E disseram que foi bom. Merda!
Kasabian foi uma decepção, porque parecem muito melhor no CD do que a duplinha de cantores apresentou ao vivo.
Lily Allen: vimos quase nada. E não nos arrependemos.

12/11/2007

Bom livro grátis (ou Angústias contemporâneas)

Perturbador, pornográfico e provocante são alguns dos adjetivos que podem ser atribuídos a Dentes Guardados, um livro de 14 contos de Daniel Galera, um de seus primeiros. Posso ser repetitivo ao dizer que ele transforma em letras diversos dos nossos acontecimentos diários, mas desta vez lê-lo foi bastante irônico. Em seu melhor conto desse livro, Triângulo, o gaúcho trata de valores percebidos por nós em muitos jovens atuais, que parecem julgar a homossexualidade como algo mais comum do que seria. Esse foi um tema bastante discutido nos bastidores do Zé por esses dias, motivado pela freqüência de casais gays adolescentes que temos visto por aí. Nunca fomos homofóbiocos, mas a pouca idade das duplas que temos encontrado nos chamou a atenção recentemente. E é um pouco sobre isso que o conto em questão trata. O livro inteiro é ótimo porque fala muito sobre a vida de jovens de hoje em dia, pode ser lido em alguns minutos ou horas e está disponível em versão grátis por PDF neste link. É só imprimir e encarar.

09/11/2007

Cover nation

Esperar o show do Devo é aguardar, principalmente, para ouvir um dos covers mais clássicos da música: (I can’t get no) Satisfaction, dos Rolling Stones. O site Cover vs. Original, uma página com votações abertas para descobrir as melhores versões, dá quase empate às duas bandas. A página também traz enquetes de várias outras músicas, como Smells like teen spirit, knocking on heaven's door, all along the watchtower...

Separados no nascimento


Será?

Foo Fighters em janeiro ou fevereiro.

Big mouth

Por Altamiro
De Boston


O Brasil teve muitos shows sensacionais este ano. Umas das maiores ausências (além do Radiohead, é claro) talvez tenha sido Morrissey. Aos 48 anos, ele está em plena forma, com a voz mais potente do que nunca, como pude conferir no dia 30 de outubro em um show dele em Boston. Ao contrário do que eu esperava, Moz fala muito durante todo o show, brinca com a platéia e canta várias músicas do The Smiths, incluindo uma das mais conhecidas "The boy with the torn in his side". Para a platéia, ele fala que prefere pessoas "que não são certas da cabeça" e diz que anda cansado de fazer shows (para a tristeza dos brasileiros??). Quando os rapazes sentados nas primeiras filas sobem ao palco, Moz dá longos abraços. Quando uma garota faz o mesmo (e várias fazem!), simula uma certa cara de, digamos, nojo, para alegria da platéia. Por fim, tira a camisa e simula caras tristes e desesperadas, enquanto canta versos como: "Sabe porque eu te deixer ir embora após tudo aquilo que você me falou? Será que é porque eu gosto de você?" Um detalhe importantíssimo. Paguei US$ 20 pelo ingresso, comprado na hora do show e por uma cadeira perto do palco. Quanto custaria esse ingresso no Brasil?

08/11/2007

BBB.com

Para quem aprecia este nosso mundo, está rolando a primeira eleição dos melhores blogs do país no Best Blog Brazil. Tem muita coisa interessante lá. Quem quiser votar, é só fazer o cadastro.

Éramos jovens

Por Patty Ewald

Ah, o mundo dos blogs! Num desses passeios por esse mundo cheguei a uma página chamada Nostalgiando. É um tipo de jogo com 50 (sim, cinqüenta!) trechos da música de abertura de desenhos e atrações antigas, todas dos anos 80. Você clica no botãozinho play, ouve a música e escreve o nome do desenho no espaço branco, depois clica em ok... Se a imagem ficar azul sua resposta está correta. Já adianto que das 50 opções acertei apenas 15 (é, estou mal de memória, mas tem muita coisa que os meninos lembrarão mais) e para não estragar o jogo o criador não colocou a opção “respostas”. O layout é bem simples, mas o que vale é a diversão por alguns minutos!

Tem sido muito comum o resgate de memórias dos que afortunadamente tiveram sua infância nos anos 80 e esse jogo é super criativo, fora a sensação que surge ao ouvir músicas que há anos não se ouve mais. Aliás, os desenhos animados hoje em dia, sinceramente?!

Dica retirada do blog Fundo Escuro da Lata de Lixo

Um show audiovisual


Em alguns momentos, levantamos a questão sobre o futuro da música. E é muito complicado responder, mas um caminho citado foi a evolução da música eletrônica (que não somos tão fãs). Ontem no Credicard Hall foi um tapa na cara, pois a dupla do Chemical Brothers provaram que a tecnologia pode ser explorada de forma inteligente sem ser robotizada. Durante 1h40 de show, o que chamou mais atenção foram as imagens psicodélicas projetadas no telão por trás do palco. Robôs, palhaços, olhos e corpos humanos, além dos círculos coloridos, iluminados e sincronizados com as batidas. A fusão iluminação+video+música foi algo para não ser esquecido.

NYPD

Por Altamiro
de Nova York


Quem for ao show do The Police em dezembro no Rio pode se preparar para um show daqueles em que todo mundo canta junto quase todas as músicas. Pelo menos foi assim em Nova York, na última sexta-feira, dia 2. Com o Madison Square Garden lotado (mesmo com a banda já tendo se apresentado na cidade no dia 31 no mesmo local), o The Police tocou todos os hits que fizeram a banda conhecida.
Abriram com “Message in a Bottle” e foram tocando, uma a uma, todas as músicas que o público queria ouvir: “De Do Do Do, De Da Da Da”, “Walking On The Moon”, “Roxanne” “Can't Stand Losing You” e por aí vai, até o encerramento, digamos, apoteótico, com a clássica (e um pouco batida) “Every Breath you Take”. Na platéia, era raro ver alguém com menos de 30 anos.
No palco, Sting não parou um minuto nas quase duas horas de show, saltando e correndo por todos os lados. Os arranjos continuam os mesmos dos discos. Felizmente, a performance de Sting em nada lembra sua (chata) carreira solo.

07/11/2007

Energia racional

"Vale Tudo – O Som e a Fúria de Tim Maia é uma viagem pela vida do cantor, a começar pela infância e juventude, no bairro carioca da Tijuca. É o próprio Tim quem dá o tom bem-humorado da narrativa: "No dia 28 de setembro de 1942, na rua Afonso Pena 24, minha mãe, Maria Imaculada, concebeu o gordinho mais simpático da Tijuca. E recebi o nome de Sebastião Rodrigues Maia".

Este acima é um trechinho do release da esperada biografia de Nélson Motta sobre o mítico, polêmcio, venerado - e uma penca de outros adjetivos possíveis - artista. Em 2008 fará 10 anos que Tim Maia deixou este universo em desencanto em busca da verdadeira luz da Humanidade.

Não deixem de ver o site especial do livro, com um esquenta para a leitura e 86 músicas de Tim.

06/11/2007

Tenso...

Em épocas de Zé Padilha resolvi assistir seu filme anterior, o documentário Ônibus 174. Resultado? Uma noite mal dormida e uma angústia no peito.

Bela noite de segunda

By Jussy Zanoli
de BH

Para quem não tinha grandes expectativas como eu, o show do Steve Vai foi demais. Eu não conhecia a casa em que ele tocou e confesso que me senti muito, muito bem no meio dos meninos cabeludos, vestidos de preto, que não paravam de agitar as mãos e bater cabeça. Steve Vai entrou no palco na hora marcada e tocou durante duas horas e quarenta minutos.
Fez, literalmente, a guitarra falar e ainda fez pose de cantor: “I´m gonna sing the next song and there´s nothing you can do about it.”
Durante o show, fez piadinhas, tirou a roupa e até dançou imitando o James Brown: “I´m sorry, I won´t do that again”. É, quando você é toca como o Vai você tem liberdade artística pra fazer algumas coisas sem passar – tanto – por ridículo.
Só não entendo qual é a das pessoas que pagam R$70 pelo ingresso e ficam andando de um lado para o outro durante todo o show. E também não entendo o porquê da cerveja custar R$5.
Mas tudo vale, principalmente quando se ouve “For the love of God” às duas da manhã de uma segunda. Já valeu a semana!

05/11/2007

Into the wild.

Por Paula Vio, cunhada dos maridos e irmã da esposa

Sean Pean mostrou mais uma vez que não é apenas como ator que consegue demonstrar seu grande talento. Com a repescagem da mostra de cinema, tive a chance de assistir o filme que ganhou como melhor longa de ficção indicado pelo público: Into the Wild. Acredito que não há critico mais chato do que todas as pessoas que vão ao cinema e pensam que, ou de fato entendem de cinema; com isso fui com certas expectativas assistir ao filme.
Não sabia, para falar a verdade não tinha a mínima idéia, qual era a história do longa, por isso vou deixar em aberto a narrativa em si, pois acho que é uma ótima sensação entrar no cinema, sentar na poltrona e descobrir aos poucos o que é que você está fazendo sentado olhando para a grande tela , bom, dessa vez eu tive sorte.
Fazia tempo que um filme não me fazia pensar por tanto tempo, Into the Wild fez com que eu mais três amigos passarmos o resto da noite de sábado discutindo e refletindo sobre cada momento do filme, cada ação que a personagem tomava, e cada efeito cinematográfico que o (grande) diretor escolhia.
Não conseguia tirar o pensamento de frustração da minha cabeça durante o filme inteiro, ainda não sei o que vai ser do meu futuro, não sei nem que carreira eu vou seguir e aonde vou estar ano que vem, acho que foi por isso que o filme me comoveu tanto. A frustração não conseguia me deixar por eu sentir que toda aquela energia jovem, de fugir da realidade e buscar conforto na solidão não passava de mais uma história impossível de filmes, mas por fim, todo aquele sentimento angustiante me remeteu em admiração e realidade.
Movido pelo desejo de entender o sentido da felicidade Chris Mccandless sai em uma jornada rumo Alaska, abrindo mão de tudo aquilo que os pais o fizeram conquistar até então. Nunca senti que meu lugar é na cidade, busco na geografia uma chance de dar uma volta pelo mundo e buscar o meu sentido da felicidade, sonho infantil não? Sou apenas uma pré-universitária esvaziando aquelas angustias de não-tenho-a-menor-idéia-de-como-vai-ser-meu-futuro.
Quanto à estética do filme sou suspeita, a trilha sonora é regida por ninguém menos do que Eddie Vedder, a voz grunge dos anos 90 mostra mais uma vez que sabe fazer bonito quando o assunto emocionar. A fotografia também é muito bonita, mesclando cenários desde Califórnia, Golfo do México até o deslumbrante Alaska.
Eu fortemente recomendo e espero que cada um tire suas próprias conclusões sobre o filme. Acho que, como muita coisa na vida, o longa inspirado na biografia do jovem Chris Mccandless (escrita por Jon Krakauer) vai fazer com que cada um se identifique com pelo menos um ou vários momentos do filme.
"Making the simple complicated is commonplace;
making the complicated simple, awesomely simple, that's creativity."


Charles Mingus

04/11/2007

A nossa infância

Aldeota é uma pequena aldeia. A pequena aldeia da nossa infância, nosso mundo particular, onde tudo faz sentido, mesmo que sem sentido. Onde vamos ao centro da Terra, saímos da borda, vimos o céu azul com cor de céu azul, puro. Tenho muitas saudades da minha infância, lembranças lindas, no meio de bonecas, segredos, cartinhas - tudo bem de menina. Tenho saudades das descobertas, da época que eu não sabia nem o que a palavra esquizofrenia significava. A peça mexeu comigo, pode ser clichê, pode ser o dito pelo não dito. Mas tem lembranças, tem sentimentos, tem reflexão. É tudo que eu mais quero nessa vida. Viver. Venha mais uma semana, estou pronta.

03/11/2007

Mais um motivo


Não gosto dos Estados Unidos. Odeio o Bush, acho ridícula a afirmação que já ouvi de alguns americano como - para que sair do país se já temos tudo por aqui? E tenho birra daqueles gordos que se entopem de fast food. Pois bem, meio atrasada, assisti o Supersize Me. E adorei! Momentos nojentos como a operação de estômago e o cara vomitando. Mas o filme é chocante. Impressionante ver como um simple Happy Meal pode acabar com a sua saúde. Como assessora de imprensa que sou tive de ver o lado da empresa e de maneira geral, o filme não ficou ruim para ela. O problema da obesidade americana está muito relacionado a educação e conscientização. As pessoas comem trash food porque querem, do mesmo modo que fumam, bebem, se drogam. Acredito no vício, mas não são as empresas as únicas responsáveis. Saldo geral do filme - Mc Donald's only once a month...


Imagens


C'est belle


Ontem fiquei pensando que o nome Cibelle deve vir de C'est belle (é bela) do francês. E assim é a menina Cibelle, nem tão bela na aparência, mas bela no conteúdo. O show no Auditório do Ibirapuera mostrou o porquê do sucesso dela em Londres. A menina é muito boa. Além da simpatia e afinada voz, já citada por aqui. Ela faz um som de personalidade, de movimento. O show tem um momento "The Age of Aquarius" ou "Sarau Eletrônico" - como bem definiu o marido-rô. A minha favorita continua sendo "London, London". Se ela passar por perto, vá conferir!

02/11/2007

pout pourri

Experimento musical


Esta não é uma indicação convencional de som que rotineiramente publicamos por aqui. O Mango Gadzi é mais do que uma banda francesa exótica e original: é um grupo de amigos com a proposta de viver e se divertir com a música. Tive o prazer de conhecer Aurélien (à esq, com violão) e sua trupe em Praga, assistindo a dois shows do grupo - um acústico e um plugado - e tomando umas cervejas com a galera, entre piadas sobre a Copa de 98 e alguns toques de bola reais. A música do Mango Gadzi não tem uma definição específica.O Myspace deles sugere o conjunto Acoustic / Rock / Flamenco, mas não há quem não fale que soa a canção de ciganos. As músicas são todas cantadas em uma letra irreconhecível (mas eles asseguram que ela existe uma letra para cada uma delas), que pode ser considerada uma fraqueza da banda, mas, ao mesmo tempo, a torna universal. A flauta e as cordas são a principal virtude do grupo, que soa muito melhor visto ao vivo do que ouvido apenas. O resto do casal já pôde assistir ao DVD e também apreciou o que viu. Estamos mexendo nossos pauzinhos para trazer a trupe dos Alpes para cá, mas, para quem puder colaborar de alguma forma, a ajuda será bem-vinda.

01/11/2007

Não vou perder por nada!


For Your Information

Sérgio Dias e Tom Zé já estão com nove músicas prontas para o próximo CD de Os Mutantes. Sérgio quer lançar o material inédito com a nova formação da banda, sem Arnaldo Baptista e Zélia Duncan, dia 25 de janeiro, aniversário da cidade de São Paulo. Em tempo: este mês, a gravadora.Luaka Bop, de David Byrne, põe no mercado o álbum ao vivo dos Mutantes, Live at the Barbican, gravado em Londres, ano passado.

O ano II está só começando!

Para esse ano de VTNZ quero mais shows, mais livros, mais filmes, mais viagens, mais exposições, mais discussões, mais colaborações e mais cerveja, é claro!

Julieta e seus Romeus

O show da Juliette foi bom, bem bom. Foi a Patty Smith do ano passado e a PJ Harvey de alguns anos atrás. Mulheres que sobem no palco e apavoram. Gritam, esperneiam, dançam de forma charmosa e me despertam o sentimento – quem disse que somos o sexo frágil! Mais referências para querido lap top! Vamô que vamô

Nem tudo são rosas

E tive minha carteira furtada em pleno TIM. Momento chato... Mas agradeço a caravana de Americana que achou minha carteira e me ligou para me devolver. Mesmo às 5h da matina, depois de um show que acabou com qualquer coluna, tem gente com bom coração por aí. Incluo aí o Popeye que caiu total na roubada... Te devo essa!

Sinteticidade

Maridos falaram perfeitamente do que foi o TIM. Tive orgulho de ser menina e ver que elas detonam no palco. Ver a Bjork foi a realização de um sonho que eu nem sabia que eu tinha. Sabe aqueles shows que você nem imagina um dia ver? Pois bem, era ela. Já estava satisfeita com os sons dela em casa, mas foi sensacional. Ela é a prova viva de que o futuro já começou. Imagino que a minha sensação tenha sido a mesma das pessoas da década de 50 vendo a chegada do rock and roll, hoje tão digerido e popular para todos nós. A voz dela é sintética. O som dela é sintético. Os aparelhos coloridos mostram que a tecnologia na música é muito mais do que amplificadores. A tecnologia musical é a utilização de softwares que reproduzem, ampliam, alteram os acordes conhecidos por todos. Tava tudo lá, comprovado!


Muita coisa!


Retorno a esse espaço para reforçar o que já foi dito – a festa do Zé foi um arraso! Muito legal ver os amigos e leitores de plantão e de coração prestigiando nosso espaço cultural e o Zé. A alegria dele na tarde do sábado passado foi linda! Chegamos e os copos já estavam geladinhos e ele até comprou copos novos para a comemoração. E para todo mundo ele falava que aquela era a festa do orkut dele – hahahaha. Ok, complicado entender orkut, site, blog... Ô Zé! Parabéns pra você, pro VTNZ. As fotos virão, aguarde! Maridos, amo vocês!