27/05/2009

B-coolt


Posso estar atrasado, mas descobri só esta semana o B-Coolt, que me pareceu um bom guia cultural semanal de São Paulo e da internet. A regra ali é clara (e boa): só publicam o que acham bacana. Aqui a edição desta semana.

18/05/2009

Miles songs

Na sexta, tive oportunidade de ver o baterista Jimmy Cobb e a banda So What no Brasil tocando todo o disco Kind of Blues, de Miles Davis, do qual participou. Foi interessantíssimo ouvir ao vivo o som mais clássico do jazz, com boas performances daqueles que substituíram Cannonball, Miles Davis e Coltrane, que fizeram o trio de metais do som original. Melhor ainda do que as boas performances foi a manutenção do espírito do Kind of Blue, à medida que silêncios, graves e agudos e entradas e saídas da música preservaram a aura original do projeto. O show me lembrou muito o do Roger Waters, no sentido em que um componente de um fantástico álbum conseguiu reproduzi-lo com o máximo de fidelidade e licenças possíveis ao vivo.

15/05/2009

Lady and gentleman


vai até o fim... é disto que eu falava

14/05/2009

Você já se perguntou...

Quem são as pessoas de bom coração que fazem as legendas de filmes piratas em praticamente qualquer língua para você baixar (quase sempre) gratuitamente na internet?

Pra ter fon fon

Finalmente estréia em circuito comercial o ótimo documentário “Ninguém sabe o duro que dei”, sobre a vida e a polêmica trajetória de Wilson Simonal. Vi o filme no É tudo verdade do ano passado – a única apresentação que teve – e afirmo: é ótimo. Há entrevistas com diversas pessoas que traçam um perfil bastante completo sobre a personalidade daquele que (como se diz no filme e eu concordo) foi o maior intérprete brasileiro de todos os tempo. O filme não responde objetivamente à questão se ele era ou não o “dedo-duro” da Ditadura, mas, mesmo sem afirmar, explica muita coisa.
Pontos fortes que tornam o filme imperdível: o sensacional dueto com Sarah Vaughan; as histórias dele na Copa de 70; e a entrevista com o cara que foi espancado pela polícia em nome dele.
Pontos negativos, mas que também tornam o filme imperdível: Jaguar e o povo do Pasquim aparecem em uma versão odiável; o fim da carreira de Simonal, cantando em programas de televisão B; e a insuperável estupidez do cantor.

13/05/2009

O recheio



Sim, eu tenho o bom e o ruim



Ao ganhar a vitrola, o que mais me surpreendeu foi a solidariedade de amigos e de pais de amigos com a doação de LPs que estavam encostados. Praticamente todos os vinis que tenho até agora são doações. E não são poucos nem de baixa qualidade. Já estou computando uma coleçãozinha de seis álbuns do Roberto entre 60 e 75, tenho algumas pérolas de Depeche Mode, Clash, Maysa, Clara Nunes, Elis, Ultraje a Rigor (Nós vamos invadir sua praia), Titãs (Cabeça dinossauro em vinil é outra coisa), Dylan, Rita Lee, e tantos outros. É claro, que, nas coleçõezinhas empoeiradas que me foram doadas vieram algumas tranqueiras, mas que não deixam de ser um sinal da época do vinil. A série tem Menudos, Xou da Xuxa 4 e os hinos brasileiros das copas de 58 a 70. Valeu Naka, Ju e tantos outros que contribuíram com LPs. Espero agora tocar umas visitas a uns sebos para complementar coleção.

A bolacha

Há tempos eu estou para escrever este post. No Natal, ganhei da Lu uma vitrolinha portátil da Philips, que deve ter os seus 20, 30 anos. Com ela, vieram 3 discos, de três reis: Roberto Carlos, Frank Sinatra e Louis Armstrong. Eu nunca tinha tido uma. Nasci ouvindo K7 e logo surgiu o CD. Ou seja, foi uma grande descoberta em minha vida. Acho que nunca tinha escrito sobre o assunto antes porque, até há alguns dias, eu não conseguia dizer exatamente o que tanto atraía a mim naquela máquina pré-histórica. Mas ela me atraiu muito. Alguns elementos são incontestáveis. O tamanho do disco (que cativa assim como a criança que ganha um brinquedo maior do que o outro), o som genuinamente antigo (afinal, sou um cara que curte majoritariamente músicas velhas) e a qualidade do som. Pois é, finalmente hoje, com uma reportagem da Ilustrada, consegui embasar essa tese de que o som do vinil supera o CD. Mas independentemente dessa questão objetiva, o melhor que li ultimamente sobre a ressurreição do vinil nos tempos atuais veio da declaração do cara que está fazendo renascer a Polaroid, na TPM. Não tem como dizer que Polaroid é melhor que foto digita, que CD supera em qualidade o LP e vice-versa. São coisas diferentes, para serem curtidas de maneiras diferentes.

12/05/2009

Mais Miranda

Depois do cover de Amy, vem o cover da Rainha do Rock!

11/05/2009

Ah, Vadinho!


Desde que ficamos amigos, sempre ouço que eu sou a Dona Flor e os meninos, os meus maridos. Confesso que não sabia direitinho qual era a história da obra do Jorge Amado. E eita, aqui não é essa baixaria não! Se não, minha carta de demissão já teria sido assinada!

Sábado fomos ver a nova versão da peça. E adoramos! Eles conseguiram reproduzir o clima baiano para dentro do teatro Faap. A cópia do Dorival Caymmi é realmente um ponto alto e o texto do Jorge Amado, não precisamos nem comentar... Incrível!

Mas como o que importa é criticar, aqui vai:
O Marcelo faria está muito bem como o picareta Vadinho.
A Carol Castro caprichou no cristal japonês e "chorou" a peça inteira

Vai lá! Em cartaz até junho.

DF no DF

E começam as incursões períodicas e amorosas a Brasília. Nesse fim de semana, a descoberta foi a Rádio Nacional FM, com uma ótima seleção de músicas nacionais, mas sem aquela papagaiada na Nova Brasil, que mistura Paulo Ricardo com Jacob do Bandolin e Ana Carolina com Nana Caymmi. Na nacional é só o fino da bossa, do samba e do instrumental nacional. No máximo, rola um Djavan para dar uma quebrada, mas rolam também sequências de Chicos, Cartolas, a própria Nana e outros craques do país. Por aqui, dá para ouvir via internet. Como não poderia deixar de ser, pelo caráter qualitativo e pouco popular, a rádio é pública.

Quase 2 anos depois...

Finalmente eu assisti a "Na Natureza Selvagem". Filme comentado aqui e recomentado aqui. Mas qual não é minha surpresa que o filme não me pareceu tudo aquilo... Como todo filme em torno do qual se cria uma grande expectativa, esse, claro, foi menos do que eu esperava... O filme é muito bom, mas acho que, no fundo, no fundo, o Alexandre Supertramp acaba sendo meio Mané. Ele encontra o próprio destino, que é a morte, por não entender que mais importa no mundo as pessoas do que a natureza. Que ninguém é feliz sozinho. Com todo seu conhecimento literário, esqueceu que a vida é muito mais do que receber a experiência e as histórias de outros impressa. Ela tem de ser vivida em primeira pessoa, como ele deixou de fazer.


Menos anos depois, também assisti no fim de semana a Chega de Saudade, de Laís Bodanski. Este, sim, um filme inesperadamente ótimo. A Fê já tinha dado a dica aqui, mas o interessante foi ter visto em filme algumas das realidades que destaquei quando nós três fomos a exatamente o mesmo local onde o filme foi gravado, o União Fraterna, pertinho de casa. Aqui a prova. O filme é muito bom, com destaque para a Elza Soares, como crooner do baile dos velhinhos.

05/05/2009

No divã


Quem já fez ou faz terapia tem que assistir
Quem gosta de um bom texto tem que assistir
Quem passa horas elocubrando sobre o seu futuro tem que assistir
TODAS as mulheres tem que assitir
Quem admira o trabalho da Lília Cabral tem que assistir
E quem tem preconceito com filme nacional tem que assistir

O filme Divã é um prato cheio. Um monte de emoção, lágrimas e risadas. Piegas? Sim, e quem disse que a vida não é - como diz o ditado: A gente faz planos e Deus ri. Veja o filme e me diga se concorda. Até a próxima!

Ah, já ia me esquecendo - quem gosta de homem bonito TEM que ver!

MOVITS!

Banda sueca que toca uma mixdesonsdançantes. O nome da música é "Fel del av gården".

04/05/2009

a rádio eldorado

Quando adolescente eu adorava a rádio Rock 89,1, mas confesso que também ouvi muita Transamérica e sempre que podia acompanhava as "7 melhores" da Jovem Pan, lembram? Há alguns bons anos a Eldorado tem sido a minha rádio. Além da programação musical, que é exatamente o que eu gosto de ouvir, eles têm diversos programas muito interessantes, que falam de meio ambiente, cidadania e arte. Tem coisa melhor? Sim, o site http://www.territorioeldorado.com.br/. Já entrou? É incrível, tem todos os programas que eles apresentam, você pode ouvir a rádio ao vivo e a minha seção favorita - os plays lists. Hoje eu fiquei ouvindo um especial sobre Divas da nossa música, muito bom. Talentos antigos, nacionais, internacionais e boas revelações da música contemporânea. Deixe seu dia mais light, ouça música!

Gaaaaaaaato

Numa noite de domingo - depois de uma tarde de final de campeonato, bem masculina - nos jogamos na sessão da s21h30 do Wolverine. Tipo dia-de-menino. E o programa acabou sendo mais do que feminino - suspirei a noite inteira vendo o Gato do Wolverine. Mulheres casadas, acompanhem seus maridos. Namoradas, acompanhem os namorados. Solteiras, convidem os casinhos ou vão sozinhas mesmo. Não dá pra perder o Hugh Jackman com todos seus músculos, fora que a história do filme é "de amor" - o que a ala masculina logicamente não aprovou.

Furada cultural


Esse virou o apelido da Furada Cultural, ops, Virada Cultural. Podem me chamar de velha, desanimada, mas adorei não ter ido. Fiquei feliz em pensar que já tinha visto grande parte das atrações musicais que me interessavam em outros lugares e em condições bem mais confortáveis, fiquei mais feliz ainda de não ter indo quando soube que o sistema urinário das pessoas sofreu com a falta de banheiro. Não tem nada que eu deteste mais do que ficar procurando banheiros depois de uma cervejinha/vinho Natal com os amigos.... Pronto falei!