28/08/2008

Ensaio sobre a cegueira

Por Marilia Neustein, que foi à pré-estréia

Adaptar um livro para as telonas é sempre um desafio. Ainda mais sendo um livro, ou melhor, O LIVRO, do Saramago. Quem se perdeu na não-pontuação do escritor, estava, no mínimo, curioso para saber qual seria a solução do diretor Fernado Meirelles. Tá, a gente sempre se empolga quando um cineasta nosso faz um trabalho legal, de peso. Mas eu fiquei impressionada, digo, bem-impressionada. O filme acerta em pontos cruciais:
1. Não é pretensioso
2. Consegue a proeza de transmitir, com imagens, a sensação de cegueira.
3. É sinestésico. Apesar de só assitir, dá a sensação de estar mexendo com todos os nossos outros sentidos.
4. Por fim, suscita novamente a questão proposta no filme de Walter Carvalho: para onde olhamos e o que, de fato, vemos? O filme, de uma violência atroz, mesmo sem tiros e espetacularizações, usa a dor, a tortura e o clima de tensão, como ferramentas para exprimir essa metáfora delicada e séria - o olho é de fato, a janela da alma? Meirelles conseguiu provocar, assim como Saramago, as inquietações do limite humano, de forma forte, musical e porque não... literária. Vale a pena.

27/08/2008

Pérolas do Zé

Nossas estatísticas mostram quem a freqüência diária deste blog gira em algo em torno do número de pessoas que passam pelo Zé, o boteco original que deu origem à série, em uma semana. Cientes de que muitos de vocês podem não conhecer a aconchegante Confraria Bar do Zé Ladrão, proponho-me a divulgar aqui alguns detalhes que fazem o charme do nosso recanto etílico. Vão três pérolas para começar.

O mascote

Claro, em primeiro lugar o sempre presente papagaio Freddie Mercury, com o qual o Zé presenteou sua esposa, roqueira e sócia há alguns anos. "Mas esse, diferente daquele outro, só dá o pé", diz o nosso anfitrão.

O banheiro

"Imprima somente o necessário" Frase presente outrora em um adesivo acima do porta-papel higiênico do banheiro do ambientalmente responsável Zé.

O relógio

Não é o mesmo, mas este abaixo deve ter sido inspirado no original, do Zé

26/08/2008

Isso que é furo jornalístico

Em uma calma noite de terça-feira, meu amigo Martins me aparece com essa novidade:

* ABALO INDIE - Revolução indie na noite paulistana. O clubinho Milo acaba de perder duas de suas mais tradicionais noites. As famosas festas Peligro (pós-rock e shows às quintas) e Mixtape (do DJ Guab, o “ damo da lotação”) saem em conjunto da garagem do rock de Higienópolis para comandar sua própria noite, em um novo bar/clube chamado Neu. A nova empreitada tomará lugar no improvável bairro da Água Branca, ao lado do parque. As últimas Peligro e Mixtape acontecem nesta semana. Depois é fim de uma era.

E aqui vai a explicação do MILO

enviado por: milo
Site: http://www.milogarage.com
Oi, As noites peligro de quinta-feira e .mixtape. de sábado terá sua ultima edição nessa semana mesmo. depois.... Quinta-feira não vamos abrir mais a casa. Sábado vamos entrar com uma noite nova chamada 10:33, a noite será conduzida por um grupo de dj's liderado por mim + dj's q frequentam a casa e/ou amigos, q dividem da mesma influência musical. Abraço a todos.

Caramba... Isso que é novidade. Como toda mudança vem com um monte de dúvidas e ansiedades. Para nós deste espaço que temos o MILO como a nossa terceira ou quarta casa não ter o Guab será, no mínimo, estranho. Boa sorte ao Guab e para a nossa garagem.

23/08/2008

Boa música, sempre


Eu sou fã da Rádio Eldorado. Adoro a programação, o Daniel Daibem, as músicas, e as descobertas que o site oferece. Agora tem mais novidade, eles lançaram o Territorio Eldorado que é mais que um site comum. Set lists todas as semanas, com programações bem especiais - essa semana temos Dorival Caymmi como destaque. É escolher o ritmo de sua preferência e se divertir.
A outra dica é ouvir o SUPER OITO. Diariamente, às 20h a rádio tem um convidado especial. Aqui vai a programação:
Segunda - Empoeirados com Ed Motta. O viciado em discos traz raridades aos nosso ouvidos.
Terça - Música Urbana com Boscoli e novidades do R&B
Quarta - Vozes do Brasil com Patricia Palumbo - já gostei mais...
Quinta - Quintessência com Charles Gavin - o titã tem arrasado. Nas últimas semanas ele apresentou o melhor da música pop francesa e da latina. Sons muito bons que devem ser "comprados"
Sexta - TRIP Eldorado com Paulo Lima - poucas e boas músicas e entrevistas com clima de bate-papo

Catraca Livre

Aqui vai uma bela dica do entusiasta Gilberto Dimenstein. Ele criou o site www.catracalivre.com.br . A idéia do site é mostrar o que é gratuito ou tem preço popular na cidade. O site é bem bacana e tem para todos os gostos. Pensando que hoje é dia 23 de agosto, ou seja, o salário só chega dia 30, vale a consulta!

Bem que me diziam

Eu lembro como se fosse hoje. Em uma manhã de dezembro fiz meu pai ir comigo às 9h da manhã na C&A do Shopping Iguatemi para comprar os ingressos para o primeiro show do U2 no Brasil, nos idos de 98. E a batalha não terminou por aí, dia 29 de janeiro - aniversário de papi - cheguei meio dia no Morumbi e fiquei naquela fila, no sol, fazendo amizade, pensando no set list e ansiosa pelo momento em que os portões se abririam. E quando eles se abriram me joguei na grade e chorei e cantei todos os hits e queria muito ter sido chamada para o palco e me contentei ao pegar uma das milhares de pétalas brancas que eles jogaram no final da noite.
É, 10 anos depois tudo anda bem diferente. Ontem não encarei uma fila de duas horas no Shopping Morumbi para o show do Dave Matthews Band, me irritei com o tal do cadastro para o show da Madonna e nem cogitei tentar os ingressos do Rei + Caetano e João Gilberto. Bem que minha mão dizia, lá em 98, - eu não tenho paciência para essas coisas... Sábia dona Ana...

Senha, password, contraseña


Falar sobre o exagerado número de de senhas que temos que decorar é chover no molhado, todo mundo detesta. Mas tem uma situação que tem me irritado ainda mais - ter que pensar senhas criativas, diferente das três últimas, com 2 números e 3 letras que não podem se repetir entre si... Vai vendo... Esse foi o meu drama nessa semana. Computador com a senha que expirou e tinha que ter toda essa criatividade, sendo que o relógio jogava totalmente contra mim... Depois do caos, pensei na brilhante senha 123fer, q tal? Até que eles aceitaram, mas depois fiquei pensando deste absurdo... Nem usar a minha tradicional senha, eu posso... E tem senha pra entrar no computador, pra entrar na internet, pra entrar no email, pra acessar o blog, pra entrar no email pessoal, pra conta do banco, pro facebook, pra pós graduação, pra entrar no orkut pirata e por aí vai... e todas expiram, ou seja, de tempos em tempos caímos na mesma regra de ter que mudar tudo... Ai, eu poderia participar do Irritando Fernanda Young, ah podia...

22/08/2008

We love it


O We heart it é um site de imagens e vídeos, mas que inclui só aqueles que são destacados por alguém. Clicando nas imagens, é possível ir até o site onde ela está e conhecer muito mais. É possível, ainda, filtrar só imagens sobre temas específicos. Eu digitei "chicken", por exemplo, e apareceram 80.

20/08/2008

O próximo espetáculo...


Ao se fazer o cadastro para comprar ingressos para o show da Madonna pela internet, o interessado responde a uma pergunta sobre quais bandas gostaria de ver por aqui. Será que pensam mesmo em negociar com elas? Tomara! Vai a lista (com asteriscos, os que votei).
U2
Kiss
Paul McCartney *
Foo Fighters *
Coldplay
Led Zeppelin *
Shakira
Genesis
Radiohead *
AC/DC *

A esperança é que esse sistema de cadastro no site efetivamente organize a zona que é comprar ingressos pela internet. E, como já disse aqui, mais uma vez a venda com privilégios vai ser exclusiva a clientes de determinada marca de cartões de crédito.

19/08/2008

Font conference

Q q tá rolando em SP?

Uia! Todo dia, a lista de tudo o que rola na cidade. Se não é tudo, é quase tudo. Só hoje, terça-feira, tem 12 posts diferentes lá. A minha dica é Mamma Cadela, no Berlin. Já vi. Boa pedida.

O semestre da falência

Primeiro a boa notícia. São Paulo estará inundado de ótimos shows neste segundo semestre. Além dos já aqui citados Stone Temple Pilots e Nine Inch Nails, nos últimos dias saíram confirmações para Madonna, Jesus & Mary Chain, MGMT, Bloc Party, Dave Mathews Band, Bem Harper e o ótimo trio Martin, Medeski & Wood. Sem falar no que se cota para Planeta Terra (talvez com Beck) e TIM Festival (certamente com Leonard Cohen). Ok, a notícia triste é a grana que será despendida para todos esses eventos. Ainda bem que não toquei em frente aquela continha dos gastos com shows no ano. Só a pista da Madonna é R$ 250... De todos, só MMW é R$ 10zão no Sesc. Segura, cartão de crédito!

Animação

Last Time in Clerkenwell - Budovskiy


18/08/2008

Free Jazz

São Paulo nos proporciona uma série de acontecimentos culturais interessantes e gratuitos. Se o VTNZ estivesse instalado em qualquer outra cidade do Brasil, teria muito menos assunto e posts. Nesse fim de semana, na capital paulista rolaram a feira da Vila Madalena, o Bourbon Street Fest e a Bienal do Livro (ok, esta é dez reais, mas ainda é acessível ao grande público). A minha pedida do sábado foi a festa anual e grátis do Bourbon, no Ibirapuera. O show de Dwaine Dopsie e seu acordeom animou o público (majoritariamente hippie) que povoou o parque no sábado de Sol e eclipse da Lua. Ok, o nome pode não ser conhecido, mas fui na certeza de que rolaria um bom som. Imaginado e feito! Domingo tem mais Bourbon Street Fest na rua da casa. Durante a semana também rola, mas só para quem esteja disposto a pagar uma bufunfa para ver os shows lá dentro.

Rouse no Brasil

Por indicação do Henrique, do Sem Opinião, fomos ao show de Josh Rouse na sexta-feira. O cantor trouxe a SP seu som folk-pop-chá-com-pão e mandou muito bem no palco do Sesc Vila Mariana. Em entrevistas antes da apresentação, Rouse se declarou um fã da música brasileira. No show, repetiu a declaração e ratificou o amor “apesar de não entender o que dizem as letras”. O Brasil também recebeu bem o cantor. No Sesc, a platéia demonstrou grande familiaridade com suas músicas e sua biografia. Uma pena que um cantor como ele tenha apenas um CD oficialmente lançado aqui. É uma pena que, na pindaíba que está, a indústria fonográfica brasileira ainda vacile tanto em lançar grandes nomes estrangeiros. Sem falar nos nacionais. Um fã brasileiro de música não consegue manter sua adminiração, senão com meios alternativos para se aproximar de seu ídolo. Como bem observou o próprio Henrique (no blog dele tem um vídeo do cantor), no fim do show a platéia se amotinou em frente ao vendedor dos CDs de Rouse, alguns provavelmente vendidos oficialmente pela primeira vez aqui.

15/08/2008

Full metal jacket


Trailer do documentário Heavy Metal in Baghdad

Aos 60


Domingo passado, dia 10/08, foi a vez de assistir o show do Ney Matogrosso. Eu tinha a imagem de um cara que foi polêmico quando jovem, ao fazer parte de uma das principais bandas de sua época “Secos e Molhados” e depois veio sua fase solo com excelentes interpretações como a que fez ao Cartola. Para resumir como foi o show, foi um dos melhores deste ano. Uma produção excelente com uma presença de palco e banda muito intensa. Honestamente uma boa surpresa.
Para quem pensa em ir, vá que vale a pena.

Sem mais. Zé, desce um engradado que hoje é sexta!

12/08/2008

Não comeu a tia do bateman


Mas o Coringa é o principal personagem do novo filme do Batman. Ainda acho que dos filmes sobre heróis, é de longe o melhor. Porém, acho que o filme se distanciou dos quadrinhos, quando boa parte do filme é rodado durante o dia, ou seja, ainda acho que o Tim Burton conseguiu transmitir nas telas todas as características do personagem nos primeiros filmes, escuro, uma Gothan mais caracterizada como algo que não existe e não uma NY. Mas o cavaleiro das trevas é com certeza um dos melhores filmes da série.

07/08/2008

Quadrinhos

Para quem gosta de quadrinhos, segue uma opção boa e divertida para ler sempre que tiver um tempo no trabalho.



Zé, desce uma Original.

Judas não trai!

Como foi dito em diversos posts anteriores, 2008 continua sendo um bom ano para o metal. Em Novembro no Credcard Hall (dias 15 e 16) Judas Priest traz ao país a turnê do disco "Nostradamus".

Painkiller

Manifesto anti-metalinguagem

Estou aqui em frente ao computador a escrever este manifesto e penso. Por quê tanta gente insiste em falar sobre o que faz, sem que isso seja interessante?
Há quem faça isso bem, não dá para ignorar. João Ubaldo Ribeiro provavelmente seja o maior mestre brasileiro em descrever a elaboração do seu processo de trabalho e suas caminhadas pela praia, principalmente em suas crônicas semanais. Mas eu acho que os demais 99% de textos, reportagens e filmagens sobre o ato de escrever ou filmar são clichês e reflexo de uma falta de criatividade do autor.
Veja, por exemplo, esta matéria que relata que há mais jornalistas do que atletas em Pequim. A entrevista com o jornalista chinês é uma pérola sobre o vazio desses temas. Seria interessante, do ponto de vista jornalístico, se, na China, o Estado controlasse toda a mídia e a liberdade da imprensa estrangeira. Que tem uma galera cobrindo os jogos, todos sabem...
Outro exemplo que costuma me irritar é a crônica em que o cara fala que estava em frente ao computador, sem idéia para a crônica e blablablá. Como jornalista, aprendi que o leitor não tem tempo e paciência para escutar algo que não seja informação objetiva e interessante. Quando leio algo assim, paro na linha seguinte.
O ato de escrever provavelmente é o assunto sobre o qual mais se tenha escrito em todos os tempos. E, ao contrário de estar sentado com uma pena e um papel, ou computador, acredito que existam, no mínimo, centenas de ações mais interessantes do que escrever. Esse tipo de texto com metalinguagem barata tem se popularizado com os blogs e, certamente, com a falta de assunto de muitos. Se não tiver assunto, na minha opinião, é melhor não escrever - ainda mais em um blog em que não há obrigação de rotina.
Bom, o assunto não merece muitas linhas mais. Só escrevo para dizer que acho metalinguagem uma coisa chata pra caramba. Como disse, se eu começasse a ler um texto como eu comecei este, já teria parado.

Fila on line II

A história se repete. Para o tão esperado show de João Gilberto no auditório do Ibirapuera houve colapso no site onde foram vendidos ingressos. O mesmo que o relatado aqui, para a compra de ingressos do Bob Dylan e da final do Paulistão. O tempo passa e ninguém pensa em investir mais nesses sites, para evitar esses problemas. Pelo contrário, desta vez, há provas de que se vendeu ingressos antes da abertura oficial, às 10h de ontem. João merece respeito e admiração, mas a organização desses eventos merece desprezo.

06/08/2008

Até vocês, turma da Mônica

Se você, como eu, sempre teve o sonho de ter assinatura das revistas da Turma da Mônica, lia as histórias do Cascão na esperança que ele tomasse banho, ficava impressionado com a quantidade de alimentos ingeridos pela Magali e detestava as histórias do Horário e daquele fantasma chatinho, pois bem, vem aqui a novidade. Na 20ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo vai ser lançada a revista mensal "Turma da Mônica Jovem". E olha as novidades:

- eles estão oito anos mais velhos, cada personagem passou por transformações individuais.
- Mônica não é mais baixinha ou gorducha
- Magali preocupa-se com a qualidade da sua alimentação
- Cascão toma banho "de vez em quando"
- Cebolinha, após fazer um tratamento com uma fonoaudióloga, não troca mais as letras e prefere ser chamado de Cebola.

05/08/2008

Ding Dong Dennys History of Ireland


Embora com algum atraso, segue um dos melhores curtas do Anima Mundi 2008

Novos tempos modernos

Manufactured landscapes é um filme belo, porém tenso. É um documentário muito premiado de 2006. Uma ode à fotografia e à direção de fotografia. Ele é feito pela diretora Jennifer Baichwal, com o canadense Edward Burtynsky como o protagonista-fotógrafo. O começo do filme já é de forte impacto: um travelling de mais de um quilômetro numa fábrica chinesa que remete ao filme de Chaplin. Depois da abertura e dos créditos, uma seqüência de (belíssimas) imagens de trabalho e de produtos construídos pelo homem, como minas de carvão, navios, a usina hidrelétrica de Três Gargantas na China, lixo reciclado, etc. Plasticamente, o documentário tem cenas impressionantes – inesquecíveis até. São planos com perspectiva muitas vezes infinita (como na foto acima), que mostram a dimensão e as condições de trabalho que proporcionam o acesso a tantos produtos a R$ 1,99 aqui no Ocidente – o filme tem tomadas também em Bangladesh, além da China. As imagens em movimento, de Baichwal, assim como a reprodução das fotos (em filme polaroid, com altíssima definição) tiradas por Burtynsky, chocam repetidas vezes. Se não fossem a trilha sonora densa, com pitadas de horror, e as poucas declarações, o filme poderia suscitar uma visão de que o homem transforma a natureza, mas ainda assim é capaz de fazer imagens bonitas. Mas as músicas e as declarações deixam claro que é um filme com posição política clara, contra a globalização e o consumo degradante do mundo. Aqui, o trailer.

04/08/2008

Il Fasciocomunista

O filme italiano “Meu irmão é filho único”, de Daniele Luchetti, é uma boa história familiar, que resume conflitos e aspirações de diferentes grupos políticos no pós-guerra. A relação entre um irmão fascista e outro comunista no sul da Itália nos anos 60 é muito inteligente ao representar as formas de pensamento de cada linhagem política que seguem. Entre os momentos dramáticos, são repletas de ironia algumas cenas de como os fascistas admiravam palavras sem sentido de Mussolini e de como os comunistas não conseguiam se entender sem um líder – ambos os lados são retratados com suas fraquezas, portanto. O desenvolvimento da história também é bem-sucedido em retratar os fracassos de cada grupo e a transformação de cada personagem, até 68. Como bem disse a Fezoca, o filme é uma espécie de "Os sonhadores", de Bertolucci, na versão light. Mais irônico e mais sutil. "Meu irmão é filho único" é baseado em um livro autobiográfico com o título do post.

Saramago + Fernando Meirelles



Que eu sou fã dos dois, os leitores desse blog já sabem, mas esse vídeo é interessante para qualquer curioso. Mostra a reação de Saramago ao ver o seu livro "Ensaio sobre a Cegueira" no cinema, ao lado de Fernando. Bem bonito. Por sinal, aguardo ansiosamente por um convite para a pré-estréia que será dia 25 desse mês. Alguém consegue pra mim?

Amy cover

São Paulo é a cidade abaixo da linha do Equador em que tudo acontece. E depois de tantos covers surge o de Amy Winehouse, com Miranda Kassin. Aqui vai o vídeo. Diversão garantida. Meninos, podem babar, mas a moça é casada!

Pra alma


01/08/2008

Fotografia na TV, na internet

O Click é um ótimo, quiçá o único, programa que trata exclusivamente de fotografia. Nele, a excelente fotógrafa e grande amiga Brígida Rodrigues costuma entrevistar os melhores profissionais do país - estiveram por lá Klaus Mitteldorf, Thomas Farkas, Rodolfo Sanches, Claudia Andujar, Araquém Alcântara, German Lorka e Tony Genérico, além de diretores de cinema como Carlos Ebert, Lauro Escorel, Christian Perez e Waldemar Lima. O Click rola todos os domingos na AllTV, às 19 horas, ao vivo dos estúdios do Paraíso. Pela AllTv, é possível assistir e comentar o programa ao mesmo tempo. Você pode mandar perguntas que a Brígida faz no ar, diretamente ao entrevistado (o deste domingo, é Fabio Colombini, autor da primeira foto abaixo). No blog do Click, você também pode mandar perguntas. E, as melhores, ganham alguns dos livros dos entrevistados. Abaixo, algumas obras de quem esteve por lá recentemente.

Fabio Colombini

Alexandre Vianna


Rodrigo Baleia


Adi Leite

Amuse

Indie rock remete a algo independente e inovador. Não fazer nada de diferente acho que é o maior defeito do Muse. O show de ontem, no HSBC Brasil, mostrou uma banda “legalzinha”, “competente”, mas pareceu mais um pot-pourri de outras bandas (melhores), como Radiohead, Killers, LCD, até Kasabian e tantas outras (até algumas de metal) em que se inspiram. O show foi bom. A famosa seqüência canta-dança-bate-palma tinha as nuances necessárias para dar eficiência a um show de rock – o telão devia ajudar nisso, mas falhou mais da metade do show. No entanto, eu acho que chamar um show de eficiente provavelmente seja a pior crítica para um grupo que se pretenda a contagiar, emocionar e ser marcado como inesquecível. Quem não foi, relaxa. Guarda a grana para os melhores e mais originais. Se eu tivesse pago mais de R$ 100 pelo ingresso (que pintou de graça ontem, valeu Alta!), estaria arrependido.