30/07/2008

Cafoooooooooooooooona

Eu tenho um raciocínio. Meu grau de tolerância para a qualidade das atrações culturais varia de acordo com o dia da semana. Isso quer dizer, sábado é o dia mais nobre, quando a balada tem que ser boa, o filme tem que ser bom e a peça tem que ser boa. Durante a semana tolero atrações nem tão boas assim e segunda-feira até vale uma tranqueira. Pois bem, sorte que vi o filme Ao entardecer no segundo dia da semana, porque PELOAMORDEDEUS que filme ruim. Cafona até o último... Puro clichê. O filme funciona em flash back... Assim, toda vez que eles iam do tempo atual para o passado esse senhora da foto, de cabelo oleoso, fechava os olhos... E isso aconteceu mais de 8 vezes. Quis sair do cinema várias vezes, sorte que era segunda-feira, ou seja, grau de tolerância maior... Ai ai ai

O padrinho

O VTNZ tem dois padrinhos. Um etílico e outro artístico. Estamos em falta com os dois, é verdade. Mas uma injustiça tem que ser reparada já. Ainda não falamos sobre o disco novo "Danç-Êh-Sá Ao Vivo: O Fim Da Canção" que é uma versão ao vivo de "Dança-Êh-Sá: Dança dos Herdeiros do Sacrifício" (2006) e inaugura oficialmente o Álbum Virtual da Trama, onde os internautas poderão baixar gratuitamente obras musicais por tempo limitado no site oficial do novo projeto do selo. Não é à toa que ele é o nosso padrinho! Que orgulho! Viva os Zés!

Mais uma opção


De referência musical para nós. Uma fonte bem interessante para se conhecer novos sons, breves comentários das bandas e o melhor, baixar os cds divulgados. Falo do blog F de Fubeca. Entre lá e conheça, vale a pena.

Em agosto.


Depois do FLIP, agora será a vez de mais uma edição, a 20ª da Bienal Internacional do Livro em SP. Entre os dias 14 a 24 de agosto, no Pavilhão de Exposições do Anhembi.

29/07/2008

Thanks Bill

Titio Gates nos oferece uma série de novos shows periodicamente e de graça no portal MSN in concert. Por lá, é possível encontrar bons vídeos de lançamentos como o novo show da Madonna, Gnarls Barkley, Alanis, Foo Fighters, Smashing Pumpkins, Michael Jackson, outros pops menos interessantes e outros desprezíveis. Mas o mais interessante é que tudo é bem filmado, tem bom som e é free. Você só precisa ter uma boa banda de internet para abrir os vídeos (e isso não é um trocadilho).

Saga infantil milharesca

O verão do Chibo (Alfaguara) é a história de um narrador confuso numa plantação de milho onde vivem homens barbudos de galochas, procissões de formigas suspeitas e besouros de personalidade forte. Foi escrito em parceria com o Emilio Fraia, que não tem apêndice, e já está à venda nos melhores estabelecimentos comerciais ao sul do Mandaqui. Nesta edição, foram reunidos os trechos mais significativos dessa epopéia milharesca. Antes de começar, queiram por favor pensar em coisas cada vez maiores, na ordem, até que elas sejam tão grandes que não caibam mais nas idéias.

Este acima é um texto extraído do fantástico fanzine A hortaliça, de Vanessa Barbara, uma das autoras desse romance a quatro mãos de 25 anos cada, que resulta em um texto maduro e exaustivamente trabalhado. Ler O verão de Chibo me remeteu à música Construção, de Chico Buarque, pelo trabalho conforme cada palavra é redigida e encaixada, para compor um todo que, de beirar o nonsense, acaba resultando em uma ótima alegoria do pensamento infantil. A dupla coloca no papel de forma extremamente sofisticada os anseios e alucinações naturais de uma criança, no limiar da adolescência. O livro, de pouco mais de cem páginas, remete à infância de cada um, quando viajávamos com coisas prosaicas como um caminho de formigas, uma plantação ou mesmo uma galocha. Para quem quer uma prévia do brilhantismo da Vanessa, basta um passeio (com a mente aberta e o coração puro) pelos seus fanzines no site hortifruti.

28/07/2008

A primeira dama


Geralmente mulher de político nada mais é do que mulher de político, exceto Dona Ruth. E se você já está cansado de ler as críticas sobre Carla Bruni, primeira-dama da França, dispa-se de preconceitos e escute o som dela. Eu já a conhecia por conta das minhas aulas de francês, mas agora com tanta polêmica "revisitei" a moça e te digo, o som é bom. É uma chanson francesa mais moderna, ela tem uma voz doce que me lembram bons clássicos solos femininos de violão. Escuta lá, no Deezer de preferência - esse site é um vício - viva o marido-rô!

Sugestão cultural

Se a ida no Parque do Ibirapuera já se fazia necessária por conta da exposição da Bossa Nova, agora ela recebeu um complemento ainda melhor - Marcel Duchamp. Quem gosta de arte contemporânea não pode perder. O cara é o pai do ready made, descontruiu objetos para transformá-los em obra de arte. Afinal, o que é obra de arte? Eu adoro!

E o mundo ficou animado

Sábado, dois integrantes desse blog que vos fala esteve no Anima Mundi, para três sessões consecutivas - 18h, 19h, 20h. Balanço da empreitada: bons e péssimos momentos.
Os bons momentos ficaram por conta da animação internacional, muita coisa boa e simples, vindo dos mais diversos cantos do mundo, Japão, Canadá, Irlanda, Colômbia... Todos com boas doses de humor e comédia e outros mais densos. As diferentes técnicas também chamaram a atenção, cada vez mais modernas e cuidadosas. Já a parte ruim, foi bem ruim, foi um longa brasileiro chamado Belowar. E pelo visto não fomos só nós que não gostamos. Olha o que eu achei no blog deles. Hahahaha


Anônimo disse...
Olá.Fui ao AnimaMundi, edição SP, e vi Belowar.Parabenizo a todos os animadores, certamente os mesmos tiveram muito trabalho.Já em relação ao idealizador, seu longa é MUITO FRACO. Diálogos ininteligíveis em um idioma besta inventado por sua cabecinha estragaram a animação, que até poderia ter sido melhor.Pupe-nos de mais filmes como este, por favor.Desculpe a sinceridade, mas nossa turma de 12 pessoas foi unânime: Belowar é horrível.

24/07/2008

O maior espetáculo no café


A fotógrafa Fernanda Prado viajou em 2001 com o Circo Garcia e, sem saber, acabou fotografando o que viria a ser o último ano de vida daquele circo. No ano seguinte, o Garcia – que era o maior do Brasil - faliu por conta de uma dívida de R$ 1 milhão. As fotos nunca foram expostas publicamente antes e estarão à venda no Café Suplicy.

23/07/2008

Mundo folk


Segue vídeo gravado pela queridíssima Stela Campos esta semana, no Popload, do Fabio Massari e do Lúcio Ribeiro. A Stela é uma cantora e compositora de folk brasileiro com uma longa história, que passa pelo cenário manguebeat de Recife. No vídeo acima, ela faz um cover de Vasthi Bunyan, cantora underground das antigas recém-elevada aos maiores postos do mundo folk. A Stela prepara um novo CD para breve que, segundo ela, é o melhor que já produziu.

21/07/2008

Blogs queridos

Ao lado, ali embaixo, você encontra dois novos links de blogs interessantes.

O primeiro é o Groove is in the Rahal (ou "pau no seu cult!"), da nossa querida Manuela. Entre seus últimos temas estão vídeos de Hunter S. Thompson, comentários sobre Obama, NIN e muito mais. Manu compõe, com a Bel Nassif, o duo de DJs rassif - que, por sinal, toca quinta no Vegas.

O segundo é os jones, blog que se assemelha ao Zé tanto pela criação coletiva de amigos, quanto pelos temas. Destaque por lá são os posts sobre arquitetura e design da também querida tangerine, além de notícias sobre música e vídeos interessantes.

Darwinismo musical

Se Darwin dedicasse seus estudos à musica deste século em vez da biologia, talvez se animasse a compor a teoria da Seleção Natural das Bandas. A lei do mais forte poderia, facilmente, ser citada neste momento em que o lucro no setor ficou mais complexo. Não sei se é unicamente por causa de grana, mas o fato é que nunca tanta banda ruim sumiu e nunca tanta banda boa retornou. Algumas boas que voltaram já foram citadas por nós aqui. E foram muitas as ruins que também desplugaram seus equipamentos para sempre. Depois de Sandy e Júnior e Los Hermanos, a notícia do dia foi que, finalmente, o Engenheiros do Hawaí, desistiu de tentar fazer música. Detalhe cômico da notícia é que Humberto Gessinger anuncia a pausa, mas diz que a banda pode retornar em breve (sendo que ele é o único membro original e que agüentou aquilo ao longo de quase 25 anos).

Vamos animar o Mundi

Começa nessa quarta-feira o Anima Mundi. E se o festival for tão inovador quanto o seu site, há uma forte chance de diversão na próxima semana. No site tem um monte de links curiosos, como Anima Mundi celular que exibe vídeos feitos para essa mídia, fórum de discussão, possibilidade de falar com o autor do vídeo, entre outros. Se você nunca foi, levante essa bunda - gorda ou magra - da cadeira e vá lá. Garanto que você não vai se arrepender. Pode ser no CCBB ou no Memorial da América Latina. (Não consegui achar imagem do cartaz deste ano...)

Show é como sexo

São quase dez anos em pesquisas relacionadas a esses dois temas: show e sexo. E infinitas são as relações que, neste período em campo, sou capaz de listar. Além de começarem com S e terem quatro letras, a relação fundamental entre os dois assuntos é que, quase sempre, são bons. Sempre envolvem a relação entre, no mínimo, você e mais uma pessoa. E sempre se espera o máximo, o inesperado, o sensacional do outro lado.

Mas a semelhança fundamental entre sexo e show está no fato de que coroam o ápice de uma relação - tá, quase sempre, é verdade. No caminho normal, você paquera uma moça, começa a conhecê-la melhor para, se rolar, fazer sexo com ela. Na música, a seqüência é parecida - ouve, compra um cedê e vai no show.

Você conhece-as, a música e a garota, em algum lugar comum: festa, rua, é apresentado por algum amigo ou simplesmente descobre por aí em qualquer ambiente, tipo consultório médico e elevador.

Depois dessa introdução agradável, você começa a querer conhecer melhor a outra. Vai a lugares onde ela está. Fica mais atento quando ela se apresenta e, de uma hora para outra, não pára de pensar naquilo. Quando se percebe, está no lugar e no momento menos esperado, pensando. cantarolando...

Mas o que mais põe no mesmo ritmo sexo e show (e a mulher e a música) é o fato de que você sempre vai depositar suas maiores expectativas nesse momento de clímax (não haveria palavra melhor). E, sim, na hora do vâmosver, pode ser tudo aquilo que você sonhou, mais, ou menos. É nesta hora que a sua relação é revelada em seu todo mais real e evidente. É quando o etéreo vira real.

Ok, pera lá! Não quero ser considerado machista e sexista por achar que o sexo é tudo numa relação ou que o cara não pode ser um bom artista de estúdio e ruim de show, mas é no tête-à-tête que sempre se espera mais. Se o show do qual se esperava muito não é bom, fica aquele sentimento de que se foi enganado por um bom produtor ou uma mixagem especial no cedê (ou um sutiã mágico, no paralelo). Todo mundo sabe que é nessa hora que se tira a prova.

Vamos lá. É só me acompanhar numas relações paralelas a partir daqui, que você vai concluir que já viveu algum relacionamento que pode virar metáforas musicais. Seguem alguns exemplos:

- Tem aquele show que você esperou por anos para acontecer e finalmente rolou. Você tinha a discografia toda do grupo, sabia toda letra de cor, o nome e a biografia dos integrantes e pagou aquela bolada no ingresso. Chegando lá, você percebe que não havia nada de especial. Nem um timbre diferente, nem uma palavra de carinho a mais, nem um rojão no palco...
- Pelo outro lado, você já deve ter ido a um daqueles shows de alguém que você já ouviu falar que é bom, mas nunca se apegou. Escutou algumas vezes aqui e ali (não se esqueça de relacionar isso com as mulheres), mas nunca deu muita bola. Aí acontece de você ir ao show desse alguém. E descobre uma experiência transcedental que nunca mais vai esquecer. E aí vai querer ir ao mesmo show quantas vezes for possível.
- Tem aquele show que é uma grana e depois você chega à conclusão de que não valeu metade do esforço.
- Tem aquele outro que você topou porque era perto de casa, barato e não tinha muito a perder. E depois se apaixona!
- Tem aquele show que você aparece sem querer e que adora.
- Tem aquele show que você não consegue entrar e fica na porta ouvindo e imaginando como seria estar dentro.
- Tem o show que é mais calmo, mas que te emociona profundamente.
- E tem aquele que é só para se movimentar sem parar e suar mesmo.
- Tem o que você sempre quis, desde pequeno, e finalmente consegue ir.
- E há outro que você descobriu ontem, mas que foi, curtiu e quer mais.


Bom, como disse, as semelhanças são inúmeras. Aqui foram só dez e é fácil ir além, mas fica isso só para eu defender a minha tese.
Desejo a todos muitos e bons shows!!!


20/07/2008

Deezer


Isso mesmo, é a descoberta mais interessante da semana passada. Se trata de uma rádio online em que você pode ouvir o que rola pelo mundo ou melhor, selecionar o que deseja ouvir. Não explorei muito ainda desta nova ferramenta, mas já consegui ouvir o novo álbum do Beck, entre outros cds que ainda não tinha ouvido.

Em tempos de férias escolares, um refresco


Mortes impensáveis

Depois de Beto Carreiro, Dercy Gonçalves. É cada uma... Logo ela que depois de 101 anos se prepara para implorar um emprego no SBT. Segundo ela, o Sr. Silvio só a enrolava e nunca lhe dava um papel... Eu vi tudo isso no TV Fama. Aqui uma bela dica de humor diariamente na televisão. A partir das 20h40, acho, na Rede TV!

15/07/2008

Drummond usa lentes


Nossos amigos cariocas nos contaram que cada vez que roubam as lentes de Drummond tem que se desembolsar R$ 3 mil. Assim, ele agora usa lentes! E por ironia do destino, nesta foto as lentes ficaram por conta dos turistas.

O outro filho de Francisco

Descobri o que é o olhar sensível de um diretor. E não só pela tela, mas pela maneira com que ele conta uma história. Foi assim, estive na coletiva de lançamento do filme Era Uma Vez... do diretor Breno da Silveira. Ele é o cara. O processo criativo que ele descreveu foi comprovado horas mais tarde quando fui à pré-estréia do filme. Um belo filme que tinha grandes chances de ser uma droga já que reune um monte de histórias comuns. Mas não foi assim, o filme toca, emociona, prende a atenção e faz refletir. Como eles mesmos dizem, é a arte de olhar para o outro que está tão perto da gente e tem uma bela história para nos contar. É o exercício diário de respeito e compreensão que faz bem à alma. Não entendeu nada? Vai ver o filme, estréia dia 25 de julho nos melhores cinemas. Sim, ele é o diretor de Dois Filhos de Francisco. Se você como eu não queria ver o filme por se tratar do universo sertanejo, dispa-se dos preconceitos e emocione-se. Ui!

Emergência!

Dan: Como é isso?
Staff 1: Você fica aqui, mexe nesse cano e a imagem sai ali, naquela tela
Dan: certo (mexendo no cano)
Staff 1: Mais rápido, senão não vai dar certo.
Dan: OK! (mexendo mais rápido numa parada menos divertida que o wii)
Nesse instante, a imagem da tela 1, na esquerda, pula para a direita, com efeitos especiais mais bizarros
Staff 1: Parabéns!
Staff 2 ri por trás do Dan
Dan: Por que a risada?
Staff 2 (mina, claro): Você conseguiu!
Dan: Consegui, mas não entendi.
Staff 2: São duas esferas de metal espelhadas (até aí ok). Esse cano de metal tem uma câmera na ponta e a imagem é projetada naquela tela da esquerda (acompanhando ainda). Se você mexer direito, a imagem virará uma espécie de 4ª dimensão (hein?). E, parabéns, você conseguiu atingir essa quarta dimensão!!! São poucos que conseguem
Dan, orgulhoso de si: Uau!!!

A cena acima ocorreu hoje, na exposição emoção art.ficial 4.0 – emergência!, que rola no Itaú Cultural. Como o nome já sugere, tudo ali é complicado e difícil de entender. Tudo bem que tentei ver a exposição (que não é grande), com fome e em 20 minutos, mas tudo parecia tão complexo... Praticamente todas as obras tinham uma telinha que tentava explicar o seu funcionamento, mas, mesmo assim, poucas eu consegui apreender. Pareceu mais uma coisa de nerd tentando ser arte do que arte chegando ao mundo da tecnologia. Os mais legais eram uma obra que tinha sensor de movimento e câmeras que projetavam imagens na outra sala e outra que tocava música para peixes e via-se como reagiam. Ou seja, nada sensacional.

14/07/2008

O maior espetáculo da Barra Funda

Sábado, toquei com minha afilhada para o circo. Foi sua primeira vez. No Memorial da América Latina está montado o picadeiro do espetáculo Oceano, do Circo Roda Brasil. Eles são uma espécie de Cirque de Soleil tupiniquim. A estrutura é acoxambrada e os profissionais mais limitados, mas isso não é demérito. Acho que a magia do circo está um pouco nas falhas, na encenação descarada e pouco elaborada e na percepção dos truques. É muito interessante, por exemplo, ver como pessoas segurando simples bichos de pelúcia podem simular o navegar de peixes e suscitar a emoção daquelas crianças. O preço do circo nacional (R$ 15 a meia) é muitas vezes menor que o da trupe internacional e, óbvio, motivo de piada deles. O fraco foi a história. Tudo bem que não precisa ser algo tão elaborado para dar vazão a palhaços, trapezistas e malabaristas (não tinha mágico), mas fazer um criança sair de sua banheira direto para o alto mar à La Alice é forçado demais.

Selo literário

Não pela capa, nem pelo título e nem pelo tema eu leria o livro A esperança é uma travessia, de Laila Lalami. Mas, pela primeira vez, um fato me levou a pegar o livro: um selo. O romance faz parte da coleção Safra XXI, da Rocco, que conta com autores como Benjamin Kunkel (Indecisão), Jonathan Safran Froer (Extremamente Alto & Incrivelmente Perto) e Martin Page (Como me tornei estúpido - sobre este eu nunca escrevi nada, mas também é ótimo). Não me lembro de ter escolhido um livro por conta da editora antes disso. Sei, por exemplo, que os da Cia das Letras costumam ser bons e os da CosacNaify têm o melhor acabamento, mas são caros. Mas, a respeito de conteúdo e seleção de estilo, tornei-me fã mesmo da Safra XXI (que, por sinal, tem um ótimo logo, acima).

Sim, o livro de Laila Lalami é bom. Daqueles que se lê em um dia (se inspirado). Ela é marroquina e trata da travessia de um bote de emigrantes para a Espanha, cruzando o estreito de Gibraltar. Alguns conseguem, outros não. O interessante é que, depois de retratar a travessia, ela volta para contar a história de quatro daqueles que ali estavam, antes e depois do trajeto. Seu texto também tem interessantes relatos sobre o way of life muçulmano, num estilo que lembra até o Nobel Orham Pamuk, embora ela seja muito mais econômica. É um livro total Século XXI, com críticas ocultas sobre estilos retrógrados, mas cética quanto à idéia de transformação total da vida por um fato redentor,

10/07/2008

Imagem é tudo

Descobertas interessantes do dia, que confluem para a percepção de que a imagem, principalmente a foto, pode informar qualquer coisa - verdadeira ou nem tanto.


sugestões de links

A visão do inferno

As melhores de sempre

Revelações do photoshop

Mariah Carey magra?

O Escafandro e a Borboleta

Nada como ver um bom filme. Valorizo filmes que me fazem "embarcar" na história e não ficar pensando nos compromissos que terei quando sair do cinema ou nas técnicas de filmagem usadas pelo diretor. E assim foi com a obra citada acima. Que filme! Que direção de fotografia e que história. Os não limites da nossa imaginação e a fragilidade da nossa vida são abordados de maneira muito caprichosa. Ainda não entendeu? O filme, baseado no livro de Baulby, conta a história de um homem (ele mesmo) que tem uma paralisia e fica aprisionado dentro de seu próprio corpo, só conseguindo mexer um dos olhos. E é assim que ele começa a se comunicar, de maneira silenciosa e não menos bela e sensível e o resultado final é o livro contando todas essas emoções. A representação de todos os personagens é muito cuidadosa, deixando alguns charmosos mistérios no ar. Vai lá! Dica - fui no novo cinema do Shopping Bourbon, o Espaço Unibanco, e apesar de "bombado"as salas de filme de arte são bem tranquilas.

Essas chinesinhas

Quero lançar uma enquete. QUANTAS MÚSICAS VOCÊ CONHECE QUE FALAM DE CHINESA? CHINÊS E CHINESINHOS? Essa é a primeira parte da enquete. A segunda é - por que tanta música com essa temática? Alguma fixação sexual?

China Girl - David Bowie
Chinese Children - Devendra
Green Hair (China Girl) - Supla (em homenagem a David Bowie)

PARTICIPE E GANHE ENGRADADOS DE ORIGINAL NO ZÉ, ALÉM DE TÁXI IDA E VOLTA!

09/07/2008

20 dias com uma perua grande e velha

Vantagens

- ouvir que é carro de quem tem “personalidade”
- poder colocar mais cinco caras no carro e partir para uma festa no interior
- seu carro ser aquele que fica mais aparente para a rua no estacionamento da balada. (Por que é bonito? Não, porque é difícil de manobrar!)
- poder transportar uma cama de casal sem chamar carreto
- ter um toca-fitas original que ninguém rouba, porque não cabe em nenhum outro
- não precisar fazer seguro
- a emoção de não saber se vai chegar onde quer, na hora que previu.

Desvantagens

- ouvir que é carro de quem é mal-dotado
- ser o escolhido para levar cinco caras para uma festa no interior (e não beber, com a lei seca)
- baliza
- ser chamado para transportar qualquer coisa, por muitos
- não poder trocar o toca-fitas original por um som com CD, porque nenhum cabe
- não achar seguro que custe menos de 60% do valor do carro
- a emoção de não saber se vai chegar onde quer, na hora que previu.

Rádio de taxista

O meu entretenimento favorito quando ando de táxi é ouvir as rádios dos taxistas. Tem os que ouvem notícias na Bandeirante, Jovem Pan ou CBN, mas o que eu gosto mesmo é das estações de música - Tropical e Nativa são as minhas favoritas. Maior festival de música cafona, é sertanejo, é axé, é Banda Calypso, é música de Jesus e quando eu menos vejo me pego cantando. "E nessa loucura de dizer que não te quero, vou negando as aparências, disfarçando as evidências..."

Tempo, tempo, tempo, tempo


Coincidências da vida. Eu e meu querido irmão conversamos bastante sobre a duração do tempo e caiu esse texto na minha caixa postal. Aqui vai... Parafraseando Cazuza, O Tempo Não Para...

Por Airton Luiz Mendonça
Artigo do jornal o Estado de São Paulo.

"O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos.Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio... você começará a perder anoção do tempo. Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea.

Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol. Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar: nosso cérebro é extremamente otimizado. Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho.

Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia. Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade. Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo.É quando você se sente mais vivo. Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e 'apagando' as experiências duplicadas.

Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente. Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo. Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo. Como acontece? Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente); o cérebro já sabe qual marcha trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa, no lugar de repetir realmente a experiência).

Em outras palavras, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente. Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa... São apagados de sua noção de passagem do tempo...

Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida. Conforme envelhecemos, as coisas começam a se repetir: as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações... enfim... as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo.

Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década. Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a... r-o-t-i-n-a.Não me entenda mal. A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos.

Felizmente há um antídoto para a aceleraçãodo tempo: M & M ( Mude e Marque )

Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou registros com fotos. Mude de paisagem, tire férias com a família sugiro que você tire férias sempre e, preferencialmente, para um lugar quente, um ano, e frio no seguinte e marque com fotos, cartões postais e cartas. Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de aniversário para eles, e para você (marcando o evento e diferenciando o dia).Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais. Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo, bota-foras, participe do aniversário de formatura de sua turma,visite parentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no Natal, vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo.

Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente.Beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes. Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque experiências diferentes. Seja diferente. Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos... em outras palavras...V-I-V-A.

Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo. E se tiver a sorte de estar casado(a) com alguém disposto(a) a viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais interessante e muito mais v-i-v-o... do que a maioria dos livros da vida que existem por aí.Cerque-se de amigos. Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com religiões diferentes e que gostam de comidas diferentes.Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo, com qualidade, emoção, rituais e vida."
(não sei se esse texto é mais um daqueles spans com autoria equivocada, mas o material é bom)

Bendito feriado

Estou me sentindo aquelas dondocas que não trabalham e só vivem da renda do marido, no meu caso dois maridos, o que significa ainda mais dinheiro... Isto porque hoje é feriado aqui em SP e enquanto Rô e Dan ralam, eu assisto os "Reis do Iê, Iê, Iê" no Canal Brasil. Mas o post não é sobre essa atração cultural imperdível e irritante, mas sim sobre o show que vimos ontem. Mais uma vez fomos à apresentação do Heroes - banda cover do David Bowie - e mais uma vez foi sensacional. Ou melhor, foi a vez que eu mais me diverti. Como foi bom, fico só imaginando o dia em que o David Bowie original os assistirá. André Frateschi, o DB brasileiro, não faz por menos e usa make up, botas vermelhas e toda a performance que o Ziggy Stardust. Não achei nenhuma foto na internet, assim vamos com uma velha e boa capa do rei da mutação!

08/07/2008

Por dentro do Newseum

Por Flávia Tavares, de Washington*



Meu amor pelo jornalismo é bandido. É de segunda mão. Não tem aquela inocência do primeiro amor, sabe? Tive outras duas tentativas de carreira antes de fazer faculdade na Cásper Líbero. Fiz jornalismo pra ver no que ia dar, não tinha vontade de mudar o mundo nem nada. Aí, quando fui ver, já era tarde. Entrei na faculdade, me apaixonei por essa coisa de lide e pirâmide invertida (tudo que é invertido me atrai) e comecei a trabalhar que nem uma louca... Acho que é assim mesmo com amores mais maduros, sem a afetação da adolescência, né? Vêm aos poucos, mas vêm com força.

Bom, tudo isso é pra dizer que o que vou relatar não é fruto de deslumbre.

Vamos começar com uma frase que poderia sair daqui direto pra uma camiseta do Gift Shop: eu visitei o Newseum e tive orgulho de ser jornalista. Pra quem não sabe, o Newseum é o museu da imprensa de Washington D.C., nos EUA. Claro que temos de levar em conta que ninguém tem o dom de apresentar qualquer assunto com imagens e recursos tão fantásticos como os americanos. Eles são os reis do display. Mas nada disso adiantaria se não houvesse um conteúdo consistente a ser mostrado. E eles têm conteúdo, isso têm.

O prédio do Newseum fica na Pennsylvania Avenue, a alguns metros do Capitólio, o que já é uma vitória. Você conseguir deixar um monumento ao jornalismo perto do centro do poder político e evitar a contaminação é uma conquista que poucos países no mundo podem exibir como troféu democrático. A primeira galeria que o visitante vê é de fotografia. São imagens ganhadoras de Pulitzer de vários anos. Só as fotos já seriam suficientes pra arrepiar, mas aí, no meio da galeria, tem uma salinha com um filme sendo exibido. Os fotógrafos contam como conseguiram a tal fotografia premiada. Depoimentos emocionantes, esclarecedores, inspiradores. Um deles – se não me engano era de um fotógrafo chamado John White – falou frases simples, mas que abriram meus olhos. Algo como “a função da fotografia é revelar ‘a glimpse of life’”. Não precisa mais do que isso. Não seria essa a função de todos os jornalistas? Eu gosto de crer que sim. Obrigada, White.

Acho que essa foi a galeria que mais me impressionou. Tanto que comprei um livro bárbaro das fotos expostas e trouxe na bagagem. O Gift Shop do Newseum, por sinal, é um capítulo à parte. Se for lá, separe algumas horas e alguns vários dólares pra gastar ali, que compensa.

Em seguida, a gente passa pela galeria da história da imprensa (acima) – com jornais que têm até 500 anos, passando pelos maiores escândalos cobertos pela mídia. Para se ter uma idéia da precisão dos caras, eles colocaram a porta grampeada do caso Watergate em exposição. Tá lá a porta, com o lacre do FBI, vê se pode. Tem também o bloquinho do jornalista que deu o furo das peripécias de Bill Clinton, com anotações do tipo: Monica Lewinski, intern???? Era ela mesma, coleguinha. Parabéns!


Mas a TV americana é mesmo o grande foco do museu. Uma tela gigantesca passa um filminho de uns 15 minutos só com imagens bombásticas de coberturas dos momentos mais importantes da história recente. Ou da história desde que a TV existe. Tem do assassinato do Kennedy ao 11 de setembro à Guerra do Iraque à morte da Lady Di ao homem pisando na lua ao movimento de luta pelos direitos civis ao John Lennon. Tá tudo lá. E num clipezinho bacana demais, que não poupa nem a eleição fraudulenta do Bush filho – e olha que ele está hospedado ali na Casa Branca, a poucos quarteirões do museu. Depois de assistir ao filme, você pode sentar numa cabinezinha interativa em que você escolhe qual daquelas reportagens históricas quer ver. Eu vi quase todas. Ficaria mais horas ali, revendo e aprendendo – o que fazer e o que não fazer também, porque, afinal, quem tem Fox News não pode se orgulhar muito, vamos combinar.

Aliás, isso é um defeito do Newseum. Vamos parar de babar ovo. Falta uma boa seção de autocrítica.


O que não falta, em compensação, é uma galeria inteira dedicada ao assunto de maior devoção dos americanos, o 11 de setembro (a terceira foto). A torre metálica de um dos prédios está lá. Dezenas de capas do dia 12 de jornais do mundo inteiro, também (O Estadão é o representante brasileiro nesse display, como também o é na seção “Today’s Front Page”, em que capas de jornais de todo o mundo estão expostas - seção na segunda foto). E tem caixinhas de lenço de papel na entrada da salinha em que um filme sobre a cobertura do episódio é exibido. Eu peguei lencinhos, mas não chorei.

Cartoons, rádio e internet também são contemplados no museu. Um pedacinho da galeria do rádio, na divisão com a galeria de TV, é em homenagem a Edward Murrow, aquele do Boa Noite, Boa Sorte. Vale a pena gastar um tempinho ali.

Pra encerrar, uma parede com nomes e fotos de 1.800 jornalistas mortos em serviço. Muitos deles americanos. Esse memorial, inclusive, dá para checar na internet: aqui.

Esses são apenas alguns atrativos do museu, que ainda tem, por exemplo, um espaço em que o visitante pode brincar de apresentador de TV (o preço desta seção, diga-se, é pago à parte e é de US$ 5. Para entrar no museu, paga-se US$ 20).

Eu sei que o jornalismo americano tem problemas. E muitos. Como o nosso. Como todos. Mas posso dizer que o que eu vi ali foram os pontos altos de um jornalismo que só contribui com a democracia. Que dá voz a quem não a teria de outra maneira. Que enche de orgulho uma repórter que não imaginava que poderia se sentir assim.


* Flávia foi uma das cinco repórteres selecionadas para um programa especial para jornalistas latino-americanos no Washington Post

Flip por outro ângulo


Como foi citado no post abaixo, é bem verdade que é um festival bem amplo e que vai muito além de oratórias e afins. Você respira literatura de todas as formas imagináveis. Desde as canções infantis, como personagens espalhado pela praça de Paraty, e algumas exposições espalhadas. A exposição “RIO – fotografias de Cláudio Edinger, foi uma excelente surpresa. Seu olhar frio, distorcido, movimentado retratando a cidade maravilhosa, é demais. Além livro que gerou a exposição, existe outro chamado “Madness” que me impressionou pelo peso dos cliques.


Zé, a correria do trabalho me afasta, porem separa as Originais que estou chegando!

07/07/2008

Festival de rock and roll da academia


Essa foi a minha terceira visita ao FLIP e com certeza foi a vez que eu mais aproveitei. Ubatuba ficou ali pertinho, nada que 50 minutos de bom papo não resolvam. A cidade fica com um clima bom, pessoas interessantes por todos os cantos, manifestações culturais das mais distintas e é claro, a literatura. Assistimos dois módulos, o primeiro um tanto quanto confuso - Tom Stoppard e Veríssimo. Já o segundo painel no domingão discutiu brilhantemente o velho dilema de Dom Casmurro, a traição de Capitu sem apresentar lados que eu não conhecia de Machado de Assis. Mas olha só, se você não se interessa por esse festival porque não é muito amigo dos livros, vá mesmo assim, pelo menos para saber quem gosta de lê se comporta. É o festival de rock and roll da academia!

Só vai dar pra assistir Babá Baby...

O VTNZ é um defensor da cultura, mas está ficando cada vez mais difícil ouvir boa música por aí - salvando é claro nosso querido SESC. Ingressos do Ney Matogrosso na mão, mas o lugar é aquele lá no fundo, junto com o staff, e custou R$ 80. Lá na frente era R$ 150... Fiz uma breve pesquisa de preços e vi que o único show ainda acessível é da Kelly Key que tem ingressos de R$ 25, mas olha que o camarote custa R$ 80...

O fino da Bossa

A semana está só começando, mas nada como fazer planos para que ela corra rapidinho. E a dica do momento é a exposição "Bossa na Oca"que tem direção de Marcello Dantas que é também do Museu da Língua Portuguesa. A exposição promete ser tecnologica e falar da Bossa Nova sem copo de bebida na mão. Achei interessante. Vai até dia 7 de setembro. E as entradas são gratuitas às terças-feiras. FANTÁSTICO. Ou se preferir desembolse R$ 20. Ficam aqui as dicas de horário da esposa-fê-vio - o horário mais tranquilo de visitar a Oca é domingão umas 19h30. Vai lá! Mas em tempos de verba orçamentária restrita acho que vou na terça-feira mesmo!

Nepotismo II e III

Literatura em Paraty? Cinema em Paulínia? Música clássica em Campos do Jordão? Não!
O meu fim de semana foi de teatro aqui no Bixiga mesmo.

- Apareceu a Margarida. Eu fui ver o primo lá e recomendo a todos. Uma professora excêntrica em uma aula para seus alunos da quinta série. As piadas e trejeitos do Carlinhos são hilariantes, assim como seu figurino. Matemática, português, geografia e, principalmente, biologia, numa abordagem bem adulta. E você nunca mais vai cantar o hino nacional do mesmo jeito. Acredite.

- Dezesseis. Também foi prestígio a um familiar. A peça juvenil é dirigida pelo nosso querido Julianus Popoulus (comentador do blog). Ela está em cartaz no Teatro Brigadeiro (884 da Brigadeiro, todos os sábados até a segunda quinzena de agosto). Vale a pena para relembrar algumas passagens da adolescência.

A melhor do fim de semana? o bordão do restaurante Matriz, na Aclimação - “Pra quê filial?”

Zé, ainda bem que a gente tem crédito aí, porque a semana promete

03/07/2008

Ih, errei

Ia escrever o seguinte post:

A Folha de São Paulo é chata pra caramba, viaja nas pautas pra caramba e é taxativa pra caramba. Mas devo reconhecer que as promoções que eles fazem são muito boas. Tem sempre uma nova rolando, agora é a dos posters de destaques do cinema antigo, já teve a do Jazz, e agora como disse nosso amigo-dan tem o guia especial com várias dicas. Um aplauso ao departamento de marketing! Estadão, acorda...

Aí lembrei que o Estadão está com uma promoção em que o leitor pode ganhar um carrão, desses importados e que minha querida mãe está concorrendo... Desculpa srs Mesquitas!

02/07/2008

Nepotismo

Sábado, dia 05 de julho, à meia noite, estréia o espetáculo APARECEU A MARGARIDA, com Carlos Fariello.

Apareceu a Margarida foi escrita no início dos anos setenta e rompeu a cena brasileira alcançando um sucesso avassalador. Chave de entrada para o universo de seu autor, Roberto Athayde, tornou-se uma das obras teatrais brasileiras mais encenadas no mundo todo, com montagens em mais de vinte países: mais de quarenta produções na Alemanha, quase trinta na França, foi encenada até na Broadway sob a direção do próprio autor. Hoje, além desta montagem e de outras nacionais, uma versão está sendo preparada na Romênia, com a primeira-dama de seu show-business: a atriz Maia Morgenstern, que interpretou a Virgem Maria em aramaico, no filme “A Paixão de Cristo” de Mel Gibson. (do press release)

Espaço Parlapatões (96 lugares) Praça Franklin Roosevelt, 158 – Centro. Ingressos: R$ 20 Duração: 80 minutos Recomendação: 14 anos Temporada: até 23 de agosto

Agora tem que ser

Ney Matogrosso está de volta a São Paulo com um dos espetáculos de maiores sucessos de crítica e público, depois do lançamento do DVD “Inclassificáveis”, gravado em janeiro no Rio de Janeiro. As apresentações acontecem no HSBC Brasil, dias 08, 09 e 10 de agosto. Dessa vez não vou perder por nada nessa vida. Marido-rô, falei o lugar errado, devolve as carteirinhas que eu vou tentar comprar!

Girls just wanna have fun


Todo mundo envelhece e agora é a vez de Cindy Lauper. Ela tem 55 anos e diz que vem pro Brasil no ano que vem para uma turnê... As meninas que ouviam "Girls just wanna have fun" já devem estar com filhos adolescentes, mas esse é o preço de viver abaixo da linha do Equador. Eu tenho uma seguinte suspeita - acho que os pop stars se encontram em festas badaladas no circuito Londres-NY-Tokio e comentam que aqui no Brasil todo mundo adora show de gente que já não faz mais sucesso. E nessa reunião com certeza estão Billy Paul, Abba, Bee Gees, Village People e agora Cindy Lauper... Só rindo!

01/07/2008

Rápidas

Boa iniciativa da Folha em lançar, na sexta, o primeiro guia só de CDs, DVDs e livros. A edição do guia será mensal e espero que nas próximas tenha mais coisas novas, porque essa tinha lançamento do começo do ano. Ponto ruim também é que, das 95 indicações, só uma ou duas levavam a classificação “ruim”. O resto é lindo, é maravilhoso

Há uma versão do Zé mais profunda, mais literária e mais cuidadosa. Claro que sem o nosso charme, mas pode ler que não teremos ciúme (já que a coisa aqui anda devagar mesmo). O blog é o Fundo do Poço.

Estamos irritantemente felizes com as últimas confirmações de shows em São Paulo. NIN e Dandy Warhols são as últimas boas novidades. Aqui, uma matéria que dá uma idéia do que vem por aí.

AGORA VAI!


Depois de um primeiro semestre meia bomba em relação a shows bons, iniciamos o segundo semestre com boas promessas para os já conhecidos festivais e shows confirmados. Em outubro (dia 7 em SP) iremos ter NIN, com a turnê "Lights in The Sky".

O zé, voltei e agora sem mocice!

Mais do mesmo

Hoje à noite tem a 15ª edição do Prêmio Multishow. É uma bela iniciativa que reune os principais músicos e personalidades brasileiras. Será? Com os concorrentes de hoje fica difícil de acreditar. Segue uma listinha rápida - Capital Inicial, Charlie Brown Jr., Maria Rita, NX Zero e Vanessa da Mata. A apresentação é do Lázaro Ramos e talvez seja o ponto alto do evento... Que tempos...

Melhor música - concorrentes

“Tá perdoado” – Maria Rita
“Pela última vez” – NX Zero
“Exttravasa” – Babado Novo
“Boa sorte/Good luck” – Vanessa da Mata
“Não precisa mudar” – Ivete Sangalo e Saulo Fernandes

Sorte

Aposto que você, assim como eu, teve longas discussões à respeito da nova lei federal que acaba com a combinação beber + dirigir. E reza a lenda que não vale nem bombom de licor, nem remédio homeopático. Não desconsidero, por nenhum minuto, a sua importância - tem muita gente se matando por aí. Mas vetar assim, desta maneira, e deixar como única opção o caro do táxi é complicado. Em países em que o metrô funciona 24 horas e temos ônibus por todos os lados, além de cidades pouco perigosas, a coisa fica mais fácil. Aqui, vai ser difícil. Vamos fazer um rodízio de amigos? Tem outra, o consumo da outra droga já ilícita vai aumentar, ah vai... Sorte que o Zé é na rua de casa e podemos ir apé. Conte aqui o seu relato e dê a sua opinião. O VTNZ agradece. E como diz meu tio carioca - Os biriteiros estão nervosos!

Motomix 2008


Por Jeferson Cocate, novo colaborador do VTNZ e que já colocou os links pra ouvir o som!

Contido no ponto.

Ponto baixo: palco careta.

Ponto alto: disk-mobilidade.

Os shows nacionais, as usual, ainda não foram valorizados como merecem.
Tudo bem, desconto natural pq às 15h00 de um sábado a galera ainda tava acabando de almoçar.
E que galera, super-variada: atletas, cybers, famílias, jovenzinhos, senhores/as, descoladaços, pessoas sozinhas (como eu), com namorados/as, de tudo.

Venus Volts – não vi (tava almoçando), mas, apesar de não gostar mto do tipo de música, alá

Pitty mal-educadinha in english, acho o www.myspace.com/venusvolts interessante e ouvi falar relativamente bem da apresentação.

Stop Play Moon – tb não vi (tava indo pra lá), mas é o www.myspace.com/stopplaymoon que mais gosto entre os brazucas, pois vai na linha do que acho que tem mais a ver inclusive com o evento, fora que tb ouvi falar mto bem da apresentação. Show.

Nancy – esse, finalmente eu vi, mas achei só razoável, pois na minha mais ignorante opinião é um 10.000 Maniacs moderninho. Veja por si no www.myspace.com/lixorama.
Desculpe-me pelas pobre-comparações acima, mas, sem julgamentos ou expressões, quase impossível não fazê-las.

Às 17h15, mais ou menos, atraso de boa de segurar, sobe a primeira atração gringa.
O gigantesco cubo-de-imagens é ligado e o lugar começa a encher, com o início do fim do dia.
Aí o estacionamento fica com mais cara de balada e o Ibira segura a onda de boa. Banheiros OK, comes-e-bebes nem tão OK.

Fujiya & Miyagi – demais, na verdade, pra mim, uma das melhores combinações light electro-rock que já ouvi. Ah, www.myspace.com/fujiyaandmiyagi. Apesar da discretude no palco, show.

The Go! Team – como o Nancy, só razoável, pois músicas mto boas foram seguidas por umas bem chatinhas, histéricas, desconexas e mono-tônicas. E, www.myspace.com/thegoteam pra comprovar. Menos mal pela boa presença de palco e simpatia com o público.

Metric – esse, infelizmente, tb não vi pois já tinha vazado (estava sozinho, lembra?), mas li que foi bacanérrimo, assim como acho o www.myspace.com/metricband. Só não chega no F&M pois a proporção eletrônico x rock pesa mais pro segundo.

Enfim, além de dar pra perceber que curto um electro-rock de pegada leve e de rock mais cru, creio que foi um passo interessante pro universo da música independente. Mais, do universo independente como um todo, pois mesclou uma série de iniciativas culturais. E foi gratuito, dando um tom mainstream sem perder o charme de 'cauda' (vide pág. 62, Trip junho 08, Salada Politicar, coluna Alê Youssef).