13/06/2011

Assim foi o "dia dos namorados"

Depois de algum tempo distante, voltamos um dia após aquele que é considerada uma data fofa e romântica. Para o dia dos namorados, recebemos um belo presente do auditório do ibirapuera, que foi o show de Sharon Jones e a banda Dap-Kings. O show começou com certo atraso, porém a moça fez por merecer cada minuto com uma presença de palco que há tempos não via.

Zé, desce uma gelada que a semana começou.

05/02/2011

Mais um show na fila!

Infelizmente não poderemos comparacer no primeiro "lollapalooza chile", porém nós teremos alguns presentes deste evento. Entre umas das principais atrações, passarão na sequência em terras tupiniquins bandas como Deftones e Cypress Hill. E aqui estamos em busca de conseguir comprar ingressos. O show deles serão em SP, no dia 04.04.11 no Credcard hall.

Zé, precisamos de algo mais forte.

Início de temporada!

Depois de longa data e casados, a equipe retorna ao compromisso. Este fim de semana se inicia a temporada de shows, onde parte do time acompanhará um tributo ao Noel Rosa no auditório do Ibiruapuera comandado por Paulo Miklos e convidados. Mas além dele, outro show confirmado por email hoje é o show do LCD Soundsystem no dia 18/02, para divulgar o cd "This Is Happening".

Zé, voltamos e agora e pra valer! Desce uma Original.


26/01/2011

A literatura do Irã

Tenho uma curiosidade pelos países islâmicos e nessas férias li o meu terceiro livro sobre o tema. Este se chama "Lendo Lolita em Teerã", de Azar Nafisi.
A autora iraniana conta a história de um grupo feminino de leitura que se encontrava semanalmente para discutir literatura inglesa e dividir um pouco das angústias do país que não permite às mulheres sorrir, andar pelas ruas sozinhas, olhar nos olhos dos outros, entre tantas outras privações.
Todos os autores discutidos durante os encontros eram ingleses, entre ele eles James Joyce e Jane Austen. O livro é bem bom, pecando muito pela tradução de Fernando Esteves, que comeu váaaarias bolas...
E a grande sacada de Azar é perceber que em duras realidades a ficção é a melhor maneira de ser feliz, de se transportar para outra realidade, menos dura. 


Ah, os outros livros que li foi Persépolis de Marjane Satrapi e um outro em francês que chama "Je Me Souviens" de Zeina Abirached, todos com olhares femininos de uma realidade tão masculina.

Mundo Cão


Não tem outra maneira de definir o filme "Biutiful" de Iñarritu. MUNDO CÃO...
Mais uma vez ele destaca situações latentes na sociedade atual e coloca o dedo na ferida, pra que quiser ou não ver. Assim como fez em Babel, 21 Gramas e o mais antigo Amores Brutos.
Sem medo, ele fala mais uma vez de fluxos migratório, de dilemas familiares e da doença do século, o câncer. Mais do que isso, ele evidencia que nenhum ser humano é totalmente bom ou totalmente mal. Seus vilões se apaixonam, tem coração e solidariedade. E os bons nem sempre são tão bons assim. E o personagem principal, interpretado por Javier Barden, é a reunião de todas essas qualidades. Valeu, mas confesso que me bateu uma covardia frente a vida quando sai da sala de cinema...

29/10/2010

Não era para ser uma história de amor...

Por que todos os filmes americanos têm que ser filmes de amor? A versão de “Comer Amar Rezar” ficou muito ruim... Eles conseguiram transformar a bacana história de auto-conhecimento de Liz Gilbert e em uma simples história de amor, e nada barata, porque ainda filmaram em três países...


Além disso, Julia Roberts não é atriz suficiente para o papel. O Casamento do Meu Melhor Amigo lhe cai melhor... A feição dela não mudou durante as três etapas do filme. E isso é condição sine qua non para o filme existir.

O mais interessante dessa história é como a vida dela – no sentido mais profundo da palavra – mudou. Ela achou outro sentido em sua vida, em suas ações, na maneira de se relacionar com o mundo e as pessoas e tantas outras coisas. No livro eu consegui imaginar o semblante dela mudando e a felicidade chegando. A presença de um novo amor é só a conseqüência de tudo que ela descobriu... E não foi isso que o filme retratou... Uma pena...

Na foto - a verdadeira Liz

02/10/2010

Fotógrafo de sua esposa

Hoje conheci o trabalho do fotógrafo americano Harry Callahan. Fotos simples, bonitas e com muito signficado. Tem uma exposição bem bacana dele da Fundação Cartier Bresson em Paris.
Ele fez muito fotojornalismo durante sua vida, mas dedicou-se a fazer belos retratos de sua mulher e depois de sua filha. As fotos são lindas, com diversas técnicas e muita sensibilidade. Eleonor, esposa, e Bárbara, filha.
Ainda na Fundação é possível folhear diversos livros com fotografias do Bresson. Simplesmente incrível, o tipo de foto que eu mais gosto, aquelas que tem cheiro e som. Infelizmente o acervo dele está nos EUA. Valeria a ponte aérea.

Para descansar o olhar, algumas das fotos dele:








15/09/2010

5X Favela - O roteirista

Um amigo meu brinca que tem dias que parece que a nossa vida é escrita por um roteirista. Concordo! E hoje foi um desses dias, tudo girou em torno de um mesmo tema, do começo ao fim. O dia começou acompanhando uma palestra sobre a área internacional para uma galera de alunos de escola pública e terminou com uma sessão de 5X Favela. E a reflexão que começou logo pela manhã ainda não terminou, e olha que já passa da meia noite.

Fiquei pensando a angústia na cabeça desses jovens no segundo semestre do terceiro colegial. Que futuro eles conseguem imaginar para eles? Tem gente que imagina ser piloto de avião, outros querem ser jornalistas, engenheiros, médicos. Mas a verdade é que a realidade é bem mais dura, ingressar em uma faculdade pública não é missão simples e fazer essas faculdades duvidosas raramente é a saída para o começo de uma vida profissional. Fiquei imaginando o sufoco dos professores em terem que passar uma esperança que possivelmente nem eles tenham para um grupo de jovens sedentos pelo amanhã.


Coincidentemente, a primeira história do 5X Favela é a de um jovem da comunidade que consegue entrar em uma faculdade pública e faz uma série de esforços para seguir seu sonho e conseguir o diploma de advogado. Sim, a resposta para minhas reflexões veio...

O jornalismo com cheiro, sabor e cor


Entrevistado de costas para a câmera, áudio ruim, repórteres pouco compromissados. O que parece a cobertura do carnaval da Rede TV aconteceu na verdade em 67. Ao ver o filme "Uma Noite em 67" fiquei pensando em como era melhor e mais divertido esse jornalismo descompromissado. Reali Jr e Cidinha Campos improvisavam à vontade, perguntavam o que bem entendiam e nem necessariamente prestavam atenção na resposta.

Esse é o jornalismo em que o telespectador quer mais é se divertir e informar e menos criticar cada cacofonia do jornalista ou eventual erro de conjugação.

O resto do documentário todo mundo já sabe, os festivais da canção da Record foram sim um grande celeiro de grandes cantores que pelo o que se percebe nitidamente, não se orgulham muito de ter participado daquele movimento que impulsonou a carreira de muitos deles. E por fim, bem que minha mãe sempre me diz que o Edu Lobo era um gato. Concordo!

(Na foto, os repórteres entrevistam Chico Buarque)

10/09/2010

Gotan Project



O trio francês citado fará 4 apresentações em nosso país.Para quem conhece e gosta desta banda, 06.10 em Rio, 07.10 em SP, 13.10 em Bahia e 15.10 em Porto Alegre. Caso não conheça, aconselho escutar a música Diferente do álbum Lunático (bem dançante). Por sinal, é possível dar download.

Zé, sexta é dia de ORIGINAL!

E lá vamos nós!

Por alguns motivos, infelizmente o primeiro semestre de 2010 não foi o que mais nos dedicamos em relação aos shows, aqui tão presente. Porém, voltamos a todo vapor. Marcamos presenças em shows como de Jorge Drexler (excelente por sinal) e Sesc Pompéia é segunda casa, com muito show bom, como do Otto e o Tributo ao Adoniran Barbosa e por aí vai. A última aquisição? SWU.
Sim, nada como uma programação de festival digna para ver em um só pacote uma porrada de banda sem ter que gastar 10X a mais. Começa o esquenta:











Zé, bracinho quase zerado e pronto pra voltar. Desce um engradado!

04/09/2010

Estar perto, estar longe - a vovó


Quando a gente sabe que é amado sabe que mesmo estando longe, estamos perto. Mas quando estamos longe vemos os que nos amam de outra maneira. Os vemos como indivíduos e não como papéis familiares que eles preenchem.

Hoje, ao ler alguns blogs, veio a inspiração de falar desses indivíduos. Deixar um registro dessas pessoas para quem as conhece e para quem não as conhece também. E a personagem do dia é a minha vó Maria, que acabou de completar 90 anos e talvez por isso esteja latente na minha memória.

No dia do aniversário da minha vó cheguei mais cedo na casa dela e enquanto ela se arrumava fiquei olhando a casa dela como há muito tempo eu não olhava. Uma casa cheia de lembrança, cheia de história e de História (com H maiúsculo). Quadros na parede, porta-retratos espalhados, livros, muitos livros, bibelôs, objetos da Europa, objetos de outras partes do mundo dado por outras pessoas da família.

No quarto dela, quadros com desenhos infantis feito pelos netos que hoje tem muito mais de 20 anos. Desenhos desbotados, amarelados, com fungo. Sinais do tempo. Na cabeceira foto dos filhos, crucifixos e seu velho e bom radinho de pilha.

Ela surge, linda, penteada, colar de pérolas, blusa de flores. Feliz, com sinais da idade e com a ansiedade de uma criança de 5 anos em seu aniversário. Eis que os convidados surgem, senhoras, senhores, bebês, amigos queridos, amigas do prédio, amigos da rua, o fisioterapeuta, a faxineira.

Lá, olhando a vovó, foi impossível não pensar no vovô. Ele que partiu há 5 anos e não esperou pelos 90 anos da mulherzinha dele. O quarto dele? Depois de 5 anos já está descaracterizado, mas os posteres de música clássica estão lá, o retrato feito à mão da esposa dele também.

Na hora do parabéns, o mais bonito, ela que até então observava tudo silenciosamente, fala: - Desejo que todos tenham a oportunidade de viver 90 anos como eu, pois sou muito feliz!

É, a gente esquece, mas estamos fazendo a nossa história a cada dia e depois tudo isso vira bate-papo em almoço familiar. Quando a gente dá risada, se emociona e se ama!

22/07/2010

Segundo semestre promete

Depois de longa ausência, voltamos a nos pronunciar e dizer que este segundo semestre promete muito festival, cinema, teatro, exposições e muita arte.
Para iniciar, teremos o festival SWU, o qual merece um post destaque, porém este é para informar que foi confirmado shows de Limp Bizkit em outubro. Dizem que mais pro final, porém quem sabe eles não aproveitem o SWU e facilita para nós.

Zé, maneta mas desce uma.

Para aquecer:

16/06/2010

Comer, Rezar, Amar

Uma das melhores coisas de estar de férias é devorar um livro em pouco dias. Foi assim com Comer, Rezar, Amar de Elizabeth Gilbert. Em poucos dias liquidei toda a história da norte-americana que virou best-seller com mais de 4 milhões de exemplares vendidos.
Falar que o livro mudou minha vida seria too much, mas é uma boa maneira de entretenimento e provoca reflexões sim. O classificaria como um Sex& The City para mulheres pouco consumistas.
Vale a leitura para lembrarmos que quem cuida da gente é a gente mesmo.
By the way - teremos o filme acredito que no segundo semestre. Aqui o trailer com Julia Roberts e Javier Barden... apetitoso!

14/06/2010

El Nido Vacio

Quando a gente fica mais velho entende um monte de coisas dentro da nossa própria casa e entende, inclusive, que além de pai e mãe, há um homem e uma mulher em constante descoberta. Assim eu definiria o filme "Ninho Vazio".
Um casal que se vê sozinho, apesar de acompanhado, quando os filhos saem de casa. É o que os psicólogos chamam de Ninho Vazio e que faz com que tantos casais se separem na meia idade.
O filme é muito bonito, diálogos ricos, a fotografia é muito boa e os atores exteriorizam de maneira divina as suas angústias e frustações. Para completar a trilha sonora é do meu cantor favorito na atualidade, Jorge Drexler, o uruguaio vencedor do Oscar de melhor trilha sonora em Diários de Motocicleta. Se você já saiu de casa, veja!
obs - esse é mais um bom exemplo de como fazer um cinema simples, sem verba e com qualidade. Sou fã do cinema argentino! - Cineastas brasileiros, aprendam!

11/06/2010

BFF

Ter amigos é muito bom, ter um monte de "amiga-menininha" é melhor ainda. Voltar à adolescência foi o que fizemos na última quarta-feira, 5 amigas de longa data dispensaram os respectivos e lotaram uma fileira do cinema. Só por isso, eu já AMO o Sex& The City.
O segundo filme baseado na série é uma delícia de ser visto. Roupas lindas, ótimas ideias de maquiagem e dilemas que só quem é "amiga-menininha" entende.
Além disso, passamos o filme inteiro tentando definir quem era quem no filme. Tem coisa mais teenager? Que personagem do Barrados no Baile você queria ser?
Acabei de ver na Folha, Amir Labaki dizendo que o filme é "constrangedor" - Me poupe sr. Amir, cada filme com a sua pretensão, e neste caso era entreter. Deixemos as críticas sociais para os filmes iranianos...

01/06/2010

Estava tudo indo tão bem...

Você já fez essa frase enquanto via algum filme?
Foi isso, exatamente, o que aconteceu com o filme "Proibido Fumar" de Ana Muylaert. Trilha sonora excelente, Paulo Miklos (que deixa todo filme mais divertido), comédia romântica despretensiosa. Quando de repente... um crime... Ah, aí o filme perdeu a graça, se levou muito a sério e perdeu o rumo. Foi nessa hora que liguei o nome a pessoa e lembrei que a diretora é a mesma de Durval Discos - filme que tinha todos os mesmos elementos do de cima, incluso o crime, com a falta de Paulo Miklos. Uma pena....

28/05/2010

Filmes e mais filmes

Nos últimos dias, além de não me dedicar como gostaria a este veículo tão querido e estar impossibilitado de trabalhar, tenho assistido alguns filmes. Entre cinema e locadora, segue uma lista com alguns filmes. Espero que ajude na hora da fila do cinema ou entre de dvds.

Zé, tô igual ao capitão gancho.










24/05/2010

Da minha alma

A minha autora favorita, da vida, é a peruana pero muy chilena, Isabel Allende. Já li quase todos os seus livros e acompanho de perto a sua vida. Qual não foi a minha alegria ao saber que ela é uma das confirmadas para a Flip, feira de literatura em Paraty que vai acontecer entre os dias 04 e 08 de agosto. Agora é rezar para ser no sabadão.
Dessa eu vou ser tiete e correr atrás de um autógrafo. Se você ainda não a conhece leia "A Soma dos Dias" que conta a sua história e "Inês da Minha Alma" que mostra o tipo de literatura que ela domina.
Para os estudantes de espanhol é ótimo lê-la no idioma local. Lindo!

Paraty rules!

Depois da FLIP, Paraty promove mais um evento cultural - faz pelo segundo ano o "Paraty Jazz Festival" que tem apoio do Bourbon Street.
Ou seja, no final de semana que vem quem for até a cidade verá grandes nomes do jazz brasileiro e internacional na deliciosa atmosfera da cidade. Eu quero muito ir!
No sábado, dia 29, tem Stanley Jordan e Armandinho - o que será no mínimo divertido! Bóra?

19/04/2010

Pantera

Para quebrar a ranzinzice, destaco apenas que, há uns dias tirei na locadora (sem TV e sem saco para piratear, voltei às boas e velhas locadoras) a caixa de A Pantera cor-de-rosa. Foram alguns dos momentos mais engraçados dos meus últimos meses. Não lembrava que o inspetor Closeau era capaz de fazer tanta merda. Aliás, outro dia compramos o DVD do ótimo Um convidado bem trapalhão. Memorável, com cenas que acho que jamais esquecerei.

sem mais

Outro show

E semana passada rolou aqui em Brasília um show da Vanessa da Mata, em um projeto da Sky (tá parecendo aqueles blogs que tem de citar quem dá o jabá!). Show muito bom com direito a participações nada especiais de Fernanda Takai e Mariana Aydar (acho que era esta mesma, são tantas as meninas-revelação. bom, é aquela com um narigão que canta Zé do Caroço). O legal foi que eu não imaginava que conhecia tantas músicas da Vanessa da Mata. Triste foi ter acabado com um à capela de Legião. A cidade está tomada pelo clima de 50 anos da cidade e do poeta...

Zé, muita saudade!

Moby Free

Mais de quatro anos depois, voltei a um show do Moby. E que show!! Ele tocou de graça aqui em Brasília no sábado, como parte da comemoração dos 50 anos da cidade - tudo bem que foram cotados U2 e Paul McCartney para fazer essa mesma festa antes... Mas o show foi demais, com os grandes clássicos, como Porcelain e We Are All Made of Stars, e bons covers como Lou Reed e Led Zeppelin. Do show do passado, melhorou o visual - com direito a um lindo telão projetado na parede (dá pra chamar de parede???) - mas pioraram as vozes. A dele, com todos os efeitos, parece mais rouca e a da backing vocal era bem pior do que a anterior, que se destacava - não sei se era uma cantora nova ou se era a antiga já mais judiada.

13/04/2010

Mafaro? Alegria?



Há duas semanas atrás, tive a oportunidade de ganhar de presente, ingressos para assistir ao novo show de André Abujamra, chamado de Mafaro (que significa alegria).
Eu, que já gostava de seus trabalho com Karnak, achei o conceito do showfilme fora de padrão. Um show que durou cerca de 1h que mais parece um Frankenstein, já que em uma hora você ouve músicas tribais, russa, africana. Além da ironia conhecida do figura Abjumra, o show teve participações digitais de Zec Baleiro, Evandro Mesquita, Luiz Caldas, Xis, Curumim, Marisa Orth e a banda que acompanha são os integrantes do Funk Como Le Gusta.

10/04/2010

A história da Carruagem


Colonizados que somos, poucas são as chances que temos ver os objetos reais na nossa terrinha. Tem o Museu do Ipiranga - caidinho, o Museu de Petrópolis que apesar das minhas boas recordações de infância ao andar de pantufas por lá me disseram que anda bem capenga. E uma ou outra obra perdida pelos museus do país, mas objetos mesmo são muito poucos...

Aproveitando a vinda a Lisboa decidi conhecer o Museu Nacional dos Coches (sim, nome do meio de transporte anterior à carruagem que descobri hoje foi inventada pelos ingleses).

E olha que o passeio foi um belo túnel do tempo. Vi o coche de Carlota Joaquina, os coches que foram construídos para diversos eventos especiais e até um para quando houve a troca de rainhas entre a Espanha e Portugal. Mas a que mais me chamou atenção foram os coches para os papas que você vê na foto. Olha a quantidade de ouro, e além disso todos tem mensões a deuses gregos, signos do zodíaco e quadros pintados com as imagens dos passageiros. Muita influência de Luiz XIV, aquele que nem precisamos dizer - era chegado numa ostentação!

09/04/2010

Alice in Underland

Estava ansiosa pelo dia 23, quando finalmente Alice vai estrear no Brasil. Esqueci, no entanto, que cairia na Europa antes disso. E sim, aqui já está passando o filme e mais do que isso, a sala é 3D, não tem fila pra entrar e custa 8 euros. Achei tudo tão a calhar que não resisti e esse foi meu programa de sexta-feira à noite, sem marido... nem tudo é perfeito.
O filme é incrível! As imagens são lindas, parece mais do que nunca que estamos em um conto de fadas, a estilo Tim Burton, é claro! As imagens em 3D fazem mesmo diferença, apesar de dar uma leve dor de cabeça...
Os personagens estão muito bem caracterizados, Johnny Depp brilha como o Chapeleiro Maluco, a Rainha Vermelha e a Alice também tem uns trejeitos típicos da nova versão que são demais. A história é a de sempre e com um olhar absurdo que deixa tudo mais divertido. No dia 23, vai lá! Sim, esnobei os sulamericanos.

10/03/2010

Pompeia 100 anos

A nossa querida Pompeia, onde nos conhecemos e vivemos, faz 100 anos. Vai aqui um videozinho de alguns de seus bares mais tradicionais, mas com a imperdoável ausência do Bar do Zé Ladrão

03/03/2010

Colômbia

O país da vez foi a Colômbia. O que mais me chamou a atenção por lá foi a educação do povo e a vontade de não ser mais lembrado como povo do crime organizando e da cocaína. Eles são um povo com belas paisagens, melhor esmeralda do mundo e um café delicioso. Isso sim!
Ouvi de muitos bogotanos o mesmo pedido – Se puder contar aos seus amigos que somos hospitaleiros, seria muito amável.
Pedido aceito. Aqui vai.

Bogotá é uma cidade com ótimos restaurantes, construções no estilo espanhol e um centro muito charmoso. O Museo do Ouro é imperdível, conta toda a história da extração do mineral e a sua forte ligação com o povo indígena. Destaque para a Barca das Oferendas. Segundo conta a lenda em lagos como o Guatavita, o cacique-rei embarcava nu coberto de ouro e pó num barco junto com seus sacerdotes. No meio da lagoa promovia uma dança ritual e ao mesmo tempo ia jogando jóias de ouro e esmeralda que os mais finos artesãos tinham demorado o ano todo para elaborar: "Da terra tiramos, da terra transformamos e à terra devolvemos como oferenda".
Tão simples e tão lindo.

Jogada fria,

Eles nem eram tão românticos assim.
Mas tinham combinado que iriam para ficar juntos,
para namorar, para aproveitar a noite fria da cidade.
Planos feitos com antecedência.
Presentes trocados.
O dia chega.
E a telefonia impede o combinado.
O show os separou.
Mas só o show...

01/03/2010

A ver

"O segredo dos seus olhos" é mais um ótimo filme de Juan José Campanella. É daqueles filmes que misturam com maestria crimes, amor e suspense e, como é típico do diretor e do seu ator preferido, Ricardo Darin, tem muitas tiradas inteligentes e engraçadas. O filme resgata aquilo que de melhor havia no já clássico "O filho da noiva", incluindo as citações futebolísticas. Não falta até uma boa menção aos bêbados que ficam mais inteligentes no bar - como costumamos nos julgar.

17/02/2010

A vila


Fita Branca é um filme para entender o nazismo alemão, apesar de se passar antes até da 1ª. Guerra. É um filme artístico, talvez pesado demais para os corações mais sentimentais, mas carregado de elementos que fazem um bom filme. As luzes e as câmeras, que passam longos minutos paradas, dão ao telespectador uma sensação de grande proximidade da vila onde as tragédias acontecem. São, principalmente, agressões físicas a crianças. Mas, em vez de facilmente se deixar levar pelos apelos emocionais do tema, o diretor Michael Haneke mantém um clima de suspense que –sem querer contar o final – subverte essa visão das crianças como vítimas no fim. O filme deve ganhar o Oscar de melhor estrangeiro. Mais sobre ele, aqui.

12/02/2010

500 dias com ela


“Na história, que abrange os quinhentos dias do título, Joseph Gordon-Levitt vive Tom, um criador de cartões comemorativos, em busca do amor de sua vida. No escritório ele conhece a bela Summer (daí o nome original intraduzível do filme, (500) Dias de Summer ou "Verão"), interpretada pela überadorável Zooey Deschanel. Os dois desenvolvem um relação, mas há um problema: ela não acredita no amor.”
Essa é a descrição do filme que conta a melhor história de amor dos últimos tempos. A história verdadeira. Sabe aquela coisa que o cara não namora com você porque ele diz que quer ficar sozinho, e um mês depois você encontra ele com a primeira baranga que apareceu? Ou seja, vida real! O filme ganha pelos diálogos, pelos figurinos e principalmente pelo karaokê deprê que eles sempre freqüentam. Vai lá, mais um filme gostoso de ver e que você gosta ainda mais quando sai do cinema. VTNZ – muito bom!

09/02/2010

Is this it?


O musical do Michael Jackson que tanto tempo ficou no ar nos cinemas é muito melhor do que o pintaram. O filme é incrível, o legítimo show do Michael, quase com o figurino completo. Eu não tinha noção de que o show estava tão pronto assim, estava todo mundo ensaiado, coreografado e quase que maquiado. No documentário dá para ver perfeitamente o talento e o profissionalismo do astro. Em uma cena do filme ele tem que esperar uma “deixa” para começar a cantar e quando o diretor pergunta – Michael, você quer que seja qual "deixa"? Ele responde – Não precisa de deixa, eu sinto a hora de começar a cantar. E nem preciso dizer que ele acerta e entra na hora certa e no tom. A sensibilidade dele com os dançarinos, com os arranjos, com as performances é incrível. Uma pena para o mundo da fama. A dica do VTNZ vale – alugue o DVD, baixe na internet, se vira. O show do rei merece! Avaliação VTNZ – muito bom!

08/02/2010

Será? O VTNZ vai abaixo

Rondam boatos de que David Bowie passa pelo Brasil esse ano... Se assim o for, cometerei um crime e pela primeira vez comprarei uma pista VIP!

Invictus


Eu adoro o Nelson Mandela, tenho até um pôster dele na minha casa. Admiro pessoas que acima de tudo gostam de viver. E ele só pode ser um desses. Depois de 27 anos na prisão, o homem governa um país absolutamente segregado com uma calma e uma sabedoria que poucas pessoas têm. Tudo isso para dizer que ontem foi o dia de ver o filme “Invictus” – fazendo parte do roteiro pré-Oscar. E a história é linda. Morgan Freeman está impecável, e Matt Damon faz muito bem o papel do branco sul-africano.

Além das frases de Mandela, ou Mandiba como ele é chamado em sua língua de origem, o filme explora muito a força que o esporte tem para unir os povos. E olha que nem estamos falando de futebol e sim de rugby (que é um dos jogos mais grotescos que eu já vi). Em alguns momentos pensei que Clint Eastwood pesou a mão no“melodrama”, mas tudo justifica levando em conta a ótima história que ele tem pra contar. Avaliação VTNZ – muito bom!

26/01/2010

Esquenta!

Sábado começa oficialmente o ano com os shows grande, sendo que eu não levo a sério o projeto do rock in rio da bahia chamado de "Festival de verão". Metallica toca por aqui no sábado e domingo próximo (30 e 31).

Zé, e lá vamos nós!

23/01/2010

A bomba A


Tomiko Matsumoto
Testemunho feito a mim hoje, transcrito na íntegra.

Eu tinha 13 anos naquela data. Eu estava a 1,4 km do epicentro. Estava chegando na escola. Mas antes de contar o que aconteceu naquele dia 6 de agosto de 1945, eu vou contar um pouco como era a vida no Japão durante a guerra. A quantidade de arroz era cada vez mais reduzida. O governo distribuía às famílias cupons, que poderiam ser trocados por arroz. Também a roupa era dada por esses carnês. Até a roupa íntima. Por causa da falta de comida, até plantávamos arroz no pátio da escola.

Nós íamos à escola, mas não havia mais aulas nem fins de semana de folga. Nós fazíamos treinamentos de guerra e também ajudávamos a demolir casas e reconstruir abrigos. Faziam isso tanto as crianças do primário como do ginásio. Era um trabalho muito pesado. Até então, Hiroshima não tinha recebido nenhum ataque aéreo durante a guerra. Todas as outras grandes cidades do Japão tinham sido bombardeadas. Como a cidade sempre teve uma base militar e o porto foi local de partida da marinha, pensávamos que a presença deles protegia a cidade.

No dia 6 de agosto, eu terminei de me aprontar para o colégio e estava saindo de casa. Eu morava a cerca de 600 metros da ponte em forma de T (local onde a bomba deveria ser jogada). Todos os dias eu passava por aquela ponte para ir à escola. Na época, quem era mais saudável, não podia pegar ônibus ou metrô. Tinha de ir a pé. Naquele dia eu estava atrasada para encontrar meus outros 319 colegas na escola. Às 8h15, exatamente quando eu lá cheguei, eu passava ao lado do grupo, que estava com o professor, e aconteceu uma grande iluminação. Eu tive a impressão de que o Sol caía sobre nós. Depois veio um vento muito forte.

Fiquei debaixo dos escombros da escola. Quando eu consegui sair dali, estava tudo escuro. Eu não achava ninguém. Eu fiquei bastante apreensiva porque não achava minhas colegas. Para todas as direções que eu olhava, eu via focos de incêndio.

Eu decidi sair rapidamente pelo portão da escola. As casas ao lado que antes existiam enfileiradas estavam destroçadas. Eu não via ninguém e não sabia para que lado ir. Então pensei em ir para a montanha Hidiana, porque sabia que lá havia abrigos antiaéreos.

No caminho, sob os escombros ao meu redor, eu ouvia vários tipos de vozes. Eu ouvia: “socorro”, gemidos, crianças chorando. Consegui chegar à ponte Tsurumi. Quando cheguei lá, o céu ficou mais claro e eu consegui ver alguma coisa. Havia pessoas nuas, com a pele descascando, o rosto inchado. Não se percebia se eram homens ou mulheres. Aí eu pensei em ver como eu estava.

Coloquei a mão na minha cabeça e senti meu cabelo cheio de cacos. Desci a mão para o meu pescoço e parecia que um pedaço da minha pele caíra. Nas pontas dos meus dedos parecia estar toda a pele das minhas mãos. Como recebi a radiação de costas, parecia que havia uma grande pelanca na parte de trás. As minhas roupas eram como trapos. Nisso eu me agachei, com medo de ser queimada pelo fogo que estava em toda parte.

Vi muitas pessoas pulando no rio. Com a luz, o Sol começava a queimar a pele das pessoas. Eu pensei em saltar também no rio, mas era muito alto onde eu estava. Continuei andando pela ponte. As pessoas que passavam por mim pareciam um grupo de monstros. No rio, eram muitos os corpos levados pela correnteza.

Vendo tudo isso, resolvi que ia continuar até subir à montanha, onde havia buracos de refúgio. Entrei em um e lá dentro era um inferno. Gemidos e gritos por todos os lados. Vi uma pessoa que tentava colocar o olho de volta no lugar. Havia gente também com as tripas de fora. Ninguém sabia ainda o que tinha ocorrido.

Depois da hora do almoço, finalmente chegou um trator militar. Eu consegui entrar nele e fui para Fuchucho, que é bem longe. Nesse local, encontrei cinco colegas e um professor da minha escola. As minhas colegas estavam com os rostos manchados e não enxergavam. Eu as reconheci apenas pela voz. Lá deitávamos sobre colchonetes de palha. Uma amiga minha gemia sem parar e faleceu ao meu lado. Transportaram-na sobre o colchão até o pátio, onde havia uma montanha de corpos mortos.

No fim do dia, eu recebi um tratamento. Mas como não há remédio para o que tínhamos, eles simplesmente colocavam óleo de soja sobre as queimaduras. Nos dias seguintes, as quatro outras colegas e o professor morreram. Eu sempre chorava. E depois de algum dia, o quarto onde eu estava ficou muito desagradável.

Havia muitos insetos onde eu estava. Eles colocavam ovos sobre as queimaduras. Depois esses ovos viram uns vermes que ficam andando pelo seu corpo. Eu tinha muita febre. Mas depois de vários dias, alguém do meu bairro veio e cuidou de mim. Tirou os vermes do meu corpo. Essa pessoa disse que era impossível retornar a Hiroshima. Aí eu pensei em minha família. Mas eu não podia fazer nada.

Minha avó estava no interior. Era bem longe, mas essa pessoa do meu bairro me levou até lá. Lá encontrei uma tia, minha vó e muitos outros refugiados. Não havia mais gaze para todos. A minha avó raspava pepino e colocava esse caldo sobre as queimaduras. Um dia, depois de eu perguntar, minha avó me trouxe uma caixa onde estavam os ossos de minha mãe e do meu irmãozinho de 3 anos. O meu outro irmão de 5 anos tinha saído para brincar e nunca foi encontrado.

O meu pai estava em outra cidade, onde ele recebeu a chuva negra. Mesmo assim, ele foi procurar pela família e me encontrou na minha avó. Quando ele chegou, ele não conseguiu mais se levantar da cama. As minhas queimaduras, graças ao pepino, melhoraram. Mas ficaram quelóides. A minha unha fica escura e sempre cai.

Meu pai aos poucos recuperou um pouco da saúde e voltamos para Hiroshima, onde fizemos um barraco. Ele era suficiente apenas para nos proteger da chuva. Isso já era novembro e ele ainda não andava. A cidade estava destruída. Eu pensava que tipo de vida nós iríamos ter. Meu pai com o tempo não se mexia mais. A distribuição do arroz atrasava e nós comíamos caules de batata e beterraba, apesar das previsões de que nunca mais surgiriam plantações novamente na cidade.

Terminou a guerra, mas a vida não melhorou. No ano seguinte, eu voltei à escola, mas a minha classe era muito pequena. Todas as alunas tinham seqüelas. Nós nos perguntávamos por quanto tempo mais viveríamos. Eu fui levada para fazer testes por um comitê de estudos dos afetados pela bomba. Nós éramos mais uma vez cobaias. Ninguém nos tratou.

Meu pai dizia: quero morrer! Em maio de 47, ele se suicidou.

Em 49, eu me formei no ginásio, mas não encontrava emprego. Mesmo com o calor, eu sempre usava manga comprida. Depois de dois anos, eu consegui trabalhar em uma doceria, mas fiquei lá só 6 meses. Porque um dia eu tossi e saiu sangue. Eu estava com uma gastrite aguda. Fui ao hospital. Eu tinha doença física e espiritual. Tirei um terço do estômago e fiz muita transfusão, onde peguei uma doença sanguinea.

Ainda hoje, com a mão direita, eu só consigo escrever e segurar o hashi. Eu uso facas e tesouras com a esquerda. É incômodo, mas eu ainda vivo.

No hospital, eu sempre procurava a morte, mas com o tratamento médico e com o apoio da minha avó, eu segui vivendo. Mas perdi o emprego. Quando eu me recuperei da saúde, minha avó morreu. Com isso, todos os meus parentes morreram. O sentimento que tenho é de que a guerra é muito triste. Não podemos fazer guerras. Eu levei 50 anos até consegui contar essa experiência. Até então, falar ou ouvir sobre a bomba era muito triste.

A bomba atômica não destrói só os seres humanos, mas tudo que tem vida. Nunca mais podemos usá-la. A radiação retida também influencia a vida futura. Ainda muitas pessoas continuam morrendo por causa dela. A minha força é muito pequena.

Eu preciso transmitir o que passei. Acho que é por isso que ainda estou viva. Meu trabalho e minha função são evitar novas bombas assim no mundo. Hiroshima tem obrigação de se unir ao mundo pela paz. Jovens, não se esqueçam de Hiroshima, Nagasaki e Okinawa! Mantenham este planeta.