23/06/2009

Outra história sem fim?


Definitivamente, outro Arcade Fire.

Por falar em cinema e avião


Spike Jonze e Michel Gondry já tiveram boas incursões pelos filmes patrocinados. Quem não se surpreendeu com o delirante comercial da Smirnoff feito pelo Gondry? Agora foi a vez de Marc Foster, que fez o último James Bond e Mais estranho do que ficção, enveredar por esse caminho. Fez um bom filme autoral e cheio de badulaques tecnológicos para a Swiss Air (que, aliás, está fazendo voos pra Europa por US$ 695 apenas). Acesse o filme LX Forty neste link.

22/06/2009

Bollywood X Hollywood


Aqui vai a dica, de tempos em tempos a Casa do Saber promove palestras gratuitas em suas unidades. É só se cadastrar no site, receber a newletter e ficar esperto, porque as inscrições costumam acabar rapidinho.
Dessa vez fui esperta e me cadastrei na palestra Hollywood X Bollywood, apresentada por Wagner Pinheiro Pereira, doutor em História Social pela USP. Por sinal, alguém conhece esse cara? Um moleque brilhante, a aula foi incrível.
Além de fazer uma retrospectiva da importância da imagem através dos tempos, ele traçou um panorama entre o cinema hegemônico de Hollywood, ameaçado pelo cinema oriental de Bollywood. Abaixo enumero algumas das características desse cinema que só foi descoberto pelo ocidente no ano passado e que pode dominar o mundo - considerando que a China e a Índia tem um bilhão de pessoas cada...

- os filmes costumam durar entre 3 e 4 horas e tem um intervalo no meio
- os indianos vão no cinema 3 vezes por semana
- o ingresso do cinema custa R$ 0,50
- os cinemas tem capacidade para 1.000 pessoas
- eles produzem 100 filmes/dia
- os atores não são considerados estrelas, mas deuses, com direito a templos e tudo
- os filmes quase não tem diálogos, a história é contada por meio de música
- os filmes têm todos os gêneros em um só - drama, comédia, suspense, ficção
- os filmes não falam das desigualdades sociais no país
- os indianos detestaram 'Quem quer ser um Milionário' - dizem que a Índia não é daquele jeito

Que tal? E o ocidente se achando o dono do mundo... Dá até pena!

O cinema e o avião

Hoje ouvi que o cinema e o avião tem muita semelhança, pois ambos te fazem viajar e conhecer outras culturas. Ok, mini-cafona, mas achei muito pertinente! Afinal de contas o cinema nos ajuda a construir a imagem de lugares que não fomos, períodos que não vivemos, sentimentos que não temos! Concorda?

21/06/2009

Retrato de um final de semana cultural


legenda: Museu da Língua Portuguesa

20/06/2009

Finalmente

Estreia hoje o filme do Arnaldo Baptista, que rolou no É tudo verdade! do ano passado. Veja como foi a avaliação aqui.

15/06/2009

SMS e MSN já eram...

Pra quê conversar por telefone? Pra quê comprar uma revista? Pra quê? Pelo menos essa é a sensação que se tem ao andar por Nova York. As pessoas teclam freneticamente em seus Iphones, Blackberrys e genéricos. Em todos os cantos, enquanto esperam o farol abrir, enquanto estão no metrô, então tomam o seu café. É chocante. Fiquei me questionando qual será o assunto? Será que paqueram? Traem? Pesquisam alguma coisa interessante no buraco negro da internet? Senti falta de pessoas lendo pocket books por todos os lados – algo que eu espirava para o nosso terceiro mundo!

obs - esse post foi escrito antes de ganhar meu Iphone... Confesso que estou entendendo melhor o momento deles - é viciante!

14/06/2009

Jeneci

Sim, estou relapso. Faltou este outro post de duas semanas atrás. O novo compositor de som melosos da MPB. Por sinal, seus melhores sons são os chá-com-pão. Quando ele tenta fazer rock, fica igual a tudo que vc já ouviu... O Marcelo Jeneci tem feito música com Vanessa da Mata, Arnaldo Ant... Whatever! Você já deve ter lido sobre ele. Ouve o pot-pourri aqui em cima e avalia - detalhe na voz da mina que canta com ele. Ele tocou no Grazie a Dio! O vídeo é do dia que fui, 2;6. Ele volta lá dia 29, com Tulipa Ruiz.

TEATRO quando puder

Pois é, faltou tempo e dedicação para escrever este post, o que pode fazer com que você provavelmente não consiga mais ingressos para esta temporada em SP, mas outra estará por voltar, ah estará... Fui com a Nanda assistir a "Viver sem tempos mortos", o monólogo em que Fernanda Montenegro incorpora a escritora Simone de Beauvoir - que, quem diria, teve o apelido infantil e besta de "castor", porque Sartre e cia. acharam que o sobrenome dela lembrava beaver, em inglês. É 1 hora de interpretação nua e crua, com a atriz sentada em uma cadeira, falando sem parar. Não se ouviu um pio durante a apresentação (exceto a Fê abrindo seu escandaloso chiclete). A peça, que está em cartaz no Sesc Consolação, é, no mínimo, intensa. No máximo, é um show de encenação e alguma lição de vida que se tira da permissividade e culto à liberdade que se extrai das histórias do casal mais famoso da Literatura. Mas eu achei que a Fernanda Montenegro foi muito além das (picantes) histórias de alcova do casal Sartre e do feminismo simplista que costuma ser atribuído a Simone de Beauvoir. A atriz, que declama cartas de Simone ao marido - ao qual chama, mesmo depois de casada, de "senhor" -, mostra uma intimidade e clareza de pensamento dificilmente atingidas por quem as lesse no papel. Mesmo para quem não conhece a história ou não leu nada do casal (eu adoro ele, mas tenho pouco conhecimento do que ela escreveu), a peça vale muito a pena. Tenta a sorte pelo ingresso. Os cariocas podem tê-la, porque parece que a peça está indo para lá. Mas volta pra cá, certeza. E em tempos vivos...

JAZZ em plena terça

Com atraso, mas atendendo a pedidos, seguem considerações sobre o show da banda The Bad Plus, no Bourbon St. na terça. Um show ótimo do trio piano-baixo-bateria, excepcional para quem curte um bom jazz. O grupo, que retornou ao Brasil depois de uma vinda no ano passado foi muito bem recebido pela plateia playboy que pagou R$ 75 para assistir a um show bem vazio na terça. O grande destaque da banda é o guitarrista, que faz evoluções que pareceriam difíceis até aos mais experientes. The Bad Plus pode ser considerado uma banda de jazz indie e são duas as principais evidências disso: a primeira é a plateia jovem e animada, que distoa do público cativo do Bourbon. A segunda é a incorporação de uma cantora boa, Wendi Lewis, mas que trouxe consigo um repertório bem pop. Ela cantou (mau) um cover do Nirvana, mas também (muito bem) outros sons de U2 e (ótimo) Neil Young, entre outros. É bom ver o Bourbon e o jazz mais acessíveis a um novo e jovem público, embora o preço ainda seja só para jovens mauricinhos que ficam gritando merdas no meio das músicas.

10/06/2009

JAZZ em plena segunda




Iniciamos a semana que antecede o dia dos namorados na mais alta qualidade sonora. Se você perguntar se foi romântico, tenho que admitir que sim! O show foi iniciado com uma bela apresentação de Esperanza Spalding, cantora e baixista contagiante. Em seguida uma orquestra toma conta do palco a espera do glorioso George Benson, que fez um tributo a nada mais nada menos que o mestre Nat King Cole! Clássicos como Mona Lisa, Walking My Baby Back Home, Route 66, That Sunday e é claro que teve Unforgettable. Para os casais entrarem no clima de bailão, veio uma sequência de músicas de sua longa carreira como Nature Boy, Turn Your Love Around e Nothing Is Gonna Change My Love For You.

Zé, desce o conhaque que o fim de semana promete!!

Chorar em exposição é normal?

Foi o pensamento que eu tive quando me vi chorando ao ver um vídeoclipe na exposição de John Lennon, no Rock & Roll Hall Fame, Annex em Nova York. E quando olhei para os lados, não foi só o meu coração latino que se emocionou. Todo mundo, loiros e ruivos, com o seu lenço de papel, e com os olhos mareados. O vídeoclipe da música que John Lennon compôs para o Natal é uma das seleções de imagem mais fortes que eu já vi. Corpos mutilados, gente pedindo paz, gente pedindo socorro, gente pedindo colo.

O mais lindo da exposição é ver o engajamento dele e de Yoko Ono pela a paz. Em um dos vídeos é exibida a campanha deles ‘THE WAR IS OVER’ – onde eles espalharam outdoors por diversos países do mundo, dizendo que a paz pode começar a qualquer momento, é só querer. Tive inveja daqueles que puderam viver esse momento, que apesar de tenso, tinha mais sentido e mais ideais.

E se fosse só essa reflexão a exposição já teria valido a pena. A mínima seleção feita pelo museu – em uma única e pequena sala – fascina o visitante por mais de 1 hora. Lá você pode ver o piano que ele compôs algumas de suas músicas, o seu óculos, alguns bilhetes que ele trocou com a Yoko. E a letra de “Imagine” escrita em um guardanapo do Hotel Hilton.

Eu que nunca tinha me dedicado a história de John soube que ele morou em NY por quase 10 anos. E durante esse tempo teve Yoko na sua cola. Isso fica muito evidente em todos os vídeos e documentos que são exibidos. Ela sempre estava por perto. E quando eles se separaram – por uma estação do ano, como ele mesmo diz –, Lennon diz que foi uma época em que ele hibernou e não existiu. Em clima de Dia dos Namorados, achei essa frase linda!

Sendo ou não a sombra de John, com certeza a mulherada deve ter morrido de ciúmes ao ver o grande ídolo do rock and roll ser arrebatado por uma japonesa-artista-nova-yorkina.

E por fim, antes da saída, ao som de Imagine, o visitante é convidado a participar de um abaixo-assinado que será entregue ao Obama pedindo o fim do livre uso de armas nos Estados Unidos, pois foram ela que acabaram com uma das grandes lendas do rock and roll. Só chorando...

09/06/2009

O rock and roll nunca vai morrer

Além da exposição de John Lennon (post a caminho), o Rock and Roll Hall of Fame, apesar do preço salgado (26 dólares com as taxas), vale muito a pena. Se tem uma coisa que americano é mestre é em criar ferramentas inovadoras que entretenham todos os visitantes.

A brincadeira começa em uma grande sala com autógrafo de todos os ícones do rock and roll pelas paredes. Logo depois, você entra numa espécie de sala de cinema em que a história do rock and roll é contada como todo roqueiro gosta – com ótimas imagens e o som nas alturas com a melhor qualidade. Cenas certamente emblemáticas e até então inéditas para mim aparecem em todos os cantos. Shows que não chegaram no Hemisfério Sul, cartazes de show realizados em pequenas cidades dos EUA.

A partir daí, it’s time to have fun! Cada visitante recebe o seu fone de ouvido e pode ouvir a música que quiser, na hora que quiser. O macacão do Elvis, a bateria dos Beatles, a jaqueta do Michael Jackson, o violão de Eric Clapton e até mesmo a fachada do CBGB está lá. Por sinal, eles levaram diversos objetos do bar como a mesa de som, as paredes, o ar condicionado, o toldo e fizeram uma réplica do bar.

Tem ainda uma maquete de Manhattan com todos os pontos turísticos para os entendedores de rock – lojas de disco, baladas que fizeram história. Tem coisa melhor? Dancei com o Talking Heads, cantei Layla com o Eric Clapton e pirei com o figurino da Madonna – sim, aquele dos peitos. Uma crítica, só porque jornalista é chato pra c..., senti falta do muso inspirador do blog – David Bowie... Por quê? Quem sabe em Cleavland, onde fica o principal do museu, ele não é lembrado.


Eu nunca acreditei...

Que em Nova York poderia ser difícil encontrar um táxi, considerando que a rua é praticamente amarela. Mas fiquei 20 minutos tentando pegar um táxi. E fui “roubada” duas vezes. As pessoas simplesmente entram na sua frente no meio da rua, fazem sinal e levam o seu táxi. Nem preciso dizer que eram mulheres, que falta de finesse...

08/06/2009

New York City Ballet

Gosto muito de ver espetáculos de dança, acho que é uma das mais belas manifestações artísticas. Em seu silêncio, os bailarinos falam mais do que muito repentista nordestino. Ter a oportunidade de ver o corpo de baile da cidade de Nova York é mais um desses presentes do destino, que eu agradeço todos os dias. Os números misturavam dança clássica com contemporânea, a orquestra interferia na medida certa e o figurino era simples e lindo. Os bailarinos, com certeza, eram dos melhores do mundo. E os quatro atos passaram num piscar de olhos... com uma leveza que só as bailarinas e os beija-flor têm.
Vale ressaltar que o espetáculo foi visto no Lincoln Center, um dos principais centros de entretenimento de Nova York, com infra-estrutura para receber teatro, dança, música clássica e exposição simultaneamente. Serra, faz um desse pra gente, vai!

1 compasso = 36 músicas

Vídeo interessante, onde apresenta diversas formas de fazer música que se toca na rádio com a mesma estrutura musical.

05/06/2009

Um barquinho, um violão


Blue Note


Ir ao Blue Note em Nova York é realização de um sonho que não é só meu, mas de todos aqueles que gostam de jazz e de boa música. Ver o palco que Tony Benett e Ray Charles se apresentaram é, no mínimo, emocionante. A noite de ontem foi assim, categoria inesquecível. Vi o Fourplay - quarteto de primeira qualidade, com um baterista que "arrebentou". Estando em NY - vai lá!

02/06/2009

Colagens musicais



Talvez seja a melhor forma que encontrei para sintetizar o que assistimos, parte dos componentes do blog, no auditório do Ibirapuera no último domingo. "JAPAN PUNX SHOW" - CURUMIN E GUIZADO foi de mais alta qualidade sonora de brasileiros que vi. Honestamente tive mais interesse no som do Guizado, um som de qualidade, intensidade e sofisticação. Já o Curumin é muito interessante, mas depois de um certo tempo se tornou cansativo. A melhor dica é: fiquem atento aos excelentes shows no auditório Ibirapuera para um final de domingão.

Zé, voltei!