O filme "I’m not there" (citado posts abaixo) tem talvez o seu auge na migração de Bob Dylan para as guitarras plugadas e o rock’n roll. A cena em que Cate Blanchet aparece fuzilando uma platéia despreparada é a representação perfeita de uma metáfora. Não consegui encontrar exatamente a citação de Dylan para esta fase apontada no filme, mas é algo do tipo “tinha tanta gente fazendo folk que isso já não era uma transgressão, que na época se tornava possível apenas pelo rock”. A receita permanece a mesma nos tempos atuais. O Ney, na semana passada, foi mais um cantor de MPB a abraçar de forma mais intensa o rock. Não que nunca tivesse pestanejado ou mesmo inovado no segmento, mas ele parecia tê-lo deixado na gaveta por um bom tempo. Experiências recentes também foram vividas por Caetano Veloso (no Cê) e até o Chico (Ney canta o rock do rato no novo show, que faz parte do último CD do Chico). Essas atitudes mostram que o caráter transgressor do rock’n roll permanece desde os tempos de Elvis e Dylan até hoje, sendo um caminho natural em determinado momento de qualquer músico inovador. O problema é a fronteira entre o rock e o pop besta e pegajoso (pelo que o Ney pode ter-se deixado levar), mas, como diz o Ro, o importante é estar sempre inovando. E só erra quem inova e cria.
31/03/2008
O caminho do rock
O filme "I’m not there" (citado posts abaixo) tem talvez o seu auge na migração de Bob Dylan para as guitarras plugadas e o rock’n roll. A cena em que Cate Blanchet aparece fuzilando uma platéia despreparada é a representação perfeita de uma metáfora. Não consegui encontrar exatamente a citação de Dylan para esta fase apontada no filme, mas é algo do tipo “tinha tanta gente fazendo folk que isso já não era uma transgressão, que na época se tornava possível apenas pelo rock”. A receita permanece a mesma nos tempos atuais. O Ney, na semana passada, foi mais um cantor de MPB a abraçar de forma mais intensa o rock. Não que nunca tivesse pestanejado ou mesmo inovado no segmento, mas ele parecia tê-lo deixado na gaveta por um bom tempo. Experiências recentes também foram vividas por Caetano Veloso (no Cê) e até o Chico (Ney canta o rock do rato no novo show, que faz parte do último CD do Chico). Essas atitudes mostram que o caráter transgressor do rock’n roll permanece desde os tempos de Elvis e Dylan até hoje, sendo um caminho natural em determinado momento de qualquer músico inovador. O problema é a fronteira entre o rock e o pop besta e pegajoso (pelo que o Ney pode ter-se deixado levar), mas, como diz o Ro, o importante é estar sempre inovando. E só erra quem inova e cria.
Ney
- Começa com ele em um divã, sobre o qual faz contorcionismos sexuais durante todo o espetáculo e onde estão acessórios de roupas
- O CD novo, vendido no Citibank Hall, esgotou antes do show começar.
- A primeira e outras duas músicas são de seu grande amor: Cazuza. Sem que isto seja uma virtude, há que se deixar claro.
- O figurino é impressionante. Ele se troca o tempo todo no meio do palco, demonstrando seu exibicionismo, a necessidade de chocar e rememorando os ótimos tempos do Secos e Molhados. (ver foto)
- O show oscila entre uma ótima pegada MPB, outra boa pegada rock, mas um desnecessário pop estilo Los Hermanos.
- Não esquece o que lhe fazem nos bares, na lama, nos lares, na cama (boa estrofe da música Mal Necessário)
- A iluminação que permeia todo o show varia nas cores do arco-íris, com alguns bons detalhes cenográficos ao fundo. Sem excessos que contrastem com sua figura já superexposta.
- Há um totem sem justificativa aparente no canto do palco. Ainda que se espere que algo ocorra ali durante o show, nada acontece.
- Quando desfila pela platéia é reverenciado e respeitado. Apenas as velhinhas não se controlam e agarram-no.
Aliás, acho que este é o ponto mais interessante. Como um ser bizarro como aquele (embora suas qualidades musicais seja indiscutíveis) consegue encantar as personalidades mais conservadoras, como as velhinhas que os beijavam no show de sexta ou minha avó? É um daqueles mistérios da música sem muitas explicações, como estrelas de filmes eróticos virarem cantoras infantis, o tecnobrega ou o Metallica tocando Garbage.
28/03/2008
Fuloresta do samba
Por JoatanSempre se discute onde o Brasil é Brasil. Onde esta a identidade brasileira...
As respostas eu jamais terei, mas acho que temos uma pista sobre onde ela está. O segundo disco do Fuloresta do samba, sob o comando do grande mestre Siba (do Mestre Ambrósio). Com apetite arqueólogo e antropofágico, Siba convocou uma trinca (Biu Roque, Mané Roque e Manoel Martins) de cantores-percussionistas do interior de Pernambuco para formar o núcleo de sua fuloresta do samba. Com o segundo disco, a proposta nos transporta para um “Brasil” onde tudo é mais real e importante culturalmente. As batidas do disco vêm com referência de cirandas, coco, maracatu e, claro, samba. Samba este que guarda pouca semelhança com o partido alto que se ouve no Sudeste ou com os pagodes que nos finais de semana a classe média agüenta nos bares de São Paulo. Com metais dignos das grandes festas de reisado do interior com pitadas de frevo. O disco surge como uma grande máquina de transporte e documentação cultural, com letras tão contemporâneas que falam diretamente tanto com o cabloco do catolé do rocha, Arcoverde ou imigrante das megalópoles, ou ruas congestionadas de São Paulo. Temas como a morte, futebol, solidão, etc. são tratados e documentados com um olhar realmente forte de um povo que sofre muito, mas nunca se entrega.
27/03/2008
Cartazes

Ele não está lá
26/03/2008
Fortemente recomendado
24/03/2008
I'm not there!

Nos últimos anos o cantor Bob Dylan vêm sendo evidenciado à exaustão, principalmente por chegar aos 60 anos em atividade, como foi visto aqui no Brasil, claro que sem contar a biografia, o documentário "No Direction Home", de 2005, dirigido por Martin Scorsese entre outros. Porém ontem, tive a oportunidade de assistir o filme “I’m not there”, de Todd Haynes. Sem dúvida, é um filme com a linearidade criativa do Dylan. Um filme que relata 6 fases da vida do cantorcompositorescritor de forma não linear, em que muitas vezes você chega a pensar que são subconcientes de uma vida fictícia.
Em muitos momentos a dualidade e o surrealismo da forma que se trata o cantor, como uma criança negra, uma mulher no papel principal, um morador sem identificação correta, um marido infiel faz pensar até que ponto o filme retrata a biografia ou é apenas uma ficção.
Porém conforme se desenvolve o filme e adicionado a trilha de cada fase da vida de Dylan, apesar de nenhuma cena ter um fio ligando a outra, você percebe que o filme não é confuso e faz sentido como esse cidadão se tornou uma das cabeças pensantes mais adimirado do século 20.
Maquinária Rock Fest

No dia 17 e 18 de maio, irá acontecer no Espaço das Américas (SP) o festival "Maquinária Rock Fest". Como é certo que algum membro do blog não estará presente, pois estamos falidos, peço ao leitor que for relate o que é assistir as seguintes bandas:
BIOHAZARD
SUICIDAL TENDENCIES
SEPULTURA
MISFITS
TRISTANIA
RATOS DE PORÃO
MATANZA
MUSCARIA
KORZUS
MOTOROCKER
SAYOWA
EMBRIOMA
THREAT
CHILD OF FLAMES
SUN TURNS BLACK
Bons tempos de aventura
Ontem fui hipnotizado por imagens do seriado Caverna do Dragão na Livraria Cultura. Estava à venda um box gringo (sem tradução, portanto) com quatro DVDs e a história completa, ainda com uns encartes bacanas, histórias dos personagens, etc. Problema era que custava R$ 210 na livraria. Eu ainda vou comprar, quando tiver uma grana. Na Amazon, tá mais barato. Ao lado, enquete sobre qual o seu personagem favorito - sem que isso tenha alguma razão mais profunda.
21/03/2008
Quem diria... Postagem 1.000

Tem mais essa


Isso é uma vergonha
A sincronicidade existe mesmo. A semana toda fiquei pensando e confabulando sobre os altos preços dos ingressos dos show em São Paulo e no Brasil. Não era assim... Ir ao show era só um pouco mais caro que ir ao cinema, hoje em dia... Enfim, a capa do Cadeno 2 de hoje é "Chuva de Cifrões" e conta como estão alto os preços dos ingressos. Ele ainda fazem um comparativo - o show do U2 em 98 tinha ingresso de R$ 30 e hoje tivemos o Bob Dylan por R$ 250, no mínimo... Crise... E o pior - não há um sinal de melhora. A não ser que os patrocinadores decidam, realmente, subsidiar os ingressos... Boa música, sempre. Ingresso caro, NÃO!
20/03/2008
Verdade nua e crua
A Dor e a Piedade
The Sorrow and the Pity
Marcel Ophüls
A Revolução Não Vai Passar na TV
The Revolution Will Not Be Televised
Kim Bartley, Donnacha O’Brian
A Tênue Linha da Morte
The Thin Blue Line
Errol Morris
BBC - Relatório Etiópia
BBC News Ethiopia Report
Michael Buerk, Mohammed Amin
Em Nome da Liberdade
For Freedom
Hussein Torabi
McDifamação
McLibel
Franny Armstrong
Minamata: A Vitória das Vítimas
Minamata: The Victims and their World
Tsuchimoto Noriaki
Morte de uma Nação: A Conspiração Timorense
Death of a Nation: The Timor Conspiracy
David Munro, John Pilger
O Triunfo da Vontade
Triumph of the Will
Leni Riefenstahl
Tiros em Columbine
Bowling for Columbine
Michael Moore
E aqui vão algumas dicas de filmes com temas musicais do festival. Tem Joy Division, Simonal, entre outros.
19/03/2008
Microsoft surface
Convergências digitais
18/03/2008
Aqui e lá
Vi dois filmes nos dois últimos dias. Juno (Jaison Reitman) e Chega de Saudade (Laís Bodanski). Um sobre a gravidez adolescente, cheio de gírias (pessimamente traduzidas como disse o marido-dan) e dramas teenagers. O outro sobre o tal do envelhecimento que quando menos se vê bate na nossa porta e muda tudo... Enquanto Juno gaba-se dos 16 anos, dizendo-se preparada para a vida. O casal interpretado por Leonardo Villar e Tônia Carreiro mostra o outro lado da moeda, de maneira muito bela e verdadeira. Laís tem uma maneira de dirigir bem própria, é dela o sucesso de Bicho de Sete Cabeças.Last, but no least - entre no site de Juno and have fun - tem as músicas do filme, blog do diretor e até menos junoverse (onde os adolescentes podem criar seus perfis, uma espécie de orkut).
CHUCK BERRY HAI! HAI! ROCK 'N'ROLL

Fim de semana sem dinheiro e sem pegada rendeu algo muito bom. Em algum canal pago durante a madrugada de sábado, passou um documentário sobre o rei Chuck Berry. Trata de um show onde por exemplo o guitarrista base é nada mais nada menos que Keith Richards. Pessoas como Eric Clapton, Robert Cray, Etta James, Julian Lennon passam e tocam/cantam com ele.
Zé, esse menino tinha noção.
Peça 01
itunes em qualquer lugar
Se sei pela TV, nada sei
17/03/2008
Show do ano, até agora

A musa sessentona Jane Birkin fez um show inesquecível, a R$ 5,00, no SESC Pinheiros na sexta. A diva tresloucada mostrou a São Paulo muito do que há tempos não vemos por aqui, a começar pelo sentimentalismo e a receptividade. Em tempos de aspereza de Bob Dylan e Interpol, Jane deu um show de simpatia, conversando com o público em inglês e francês – fazendo o máximo para ser compreendida –, falou o tempo todo com a audiência e circulou pelo auditório todo cantando – com fôlego de dar inveja às novas mocinhas da MPB. Ela até subiu ao balcão, onde eu estava, e permaneceu algum tempo a poucos metros de mim. Impossível era não se apaixonar por ela, principalmente quando se inebriava do amor antigo pelo parceiro e ex-marido Serge Gainsbourg (com ela na foto), de quem cantou várias músicas e prestou homenagens. Outra lição na geração atual foi o discurso político-social oportuníssimo, sobre os conflitos no Tibete (naquela mesma sexta, mais de cem morreram na guerra com a China). O compromisso social vem a calhar, num momento em que artistas parecem não se envolver com nada ou levantam bandeiras só para ganhar exposição. Para quem não conhece bem as músicas de Jane Birkin e sua trajetória, vale a pena uma pesquisa. Impossível não ser tocado pelas músicas...
Cine Trash
O projeto Grindhouse é uma grande homenagem do cinema contemporâneo aos filmes de terror B e diretores trash do passado. Ontem vi, na seqüência, os dois filmes do projeto de 2007 (já em DVD): Planet Terror, de Robert Rodriguez, e Death Proof, de Tarantino. Tirando o fato de que passei uma noite péssima, sonhando com explosões e perseguições, os filmes são bons. Mas, obviamente, Tarantino dá um baile no diretor de Sin City. Enquanto Rodriguez exagera no seu estilo pornoterror, com chuvas de sangue, miúdos à vista e surrealismo – como uma moça com uma metralhadora no lugar da perna (acima) -, Tarantino esbanja nos diálogos inconfundíveis, nas músicas, nas citações, na sensualidade e na tensão. A perseguição de carros de Death Proof é talvez a mais alucinante que já vi (abaixo).
15/03/2008
revista e revisitada
13/03/2008
O próximo mito
Entre seus apelidos, estão termos do tipo “o melhor entre os melhores” ou “o maior do mundo”. Na semana passada, Leonard Cohen entrou para o Hall of Fame do Rock and Roll, ao lado de Madonna, e, no dia seguinte, anunciou uma turnê mundial, depois de 15 anos sem fazer shows. Talvez esse período tenha feito muita gente esquecer desse adepto do zen budismo que compôs músicas que não se cansam de ser regravadas por gente como REM, U2, Madeleyne Peyrox e mais uma horda de músicos respeitáveis. Sua influência também é conhecida entre Nirvana, Beatles e Bob Dylan – com quem a comparação é inevitável. Mas, se Dylan passou por nós sem apresentar seus grandes clássicos à moda folk tradicional, Cohen, canadense de 73 anos, promete versões puristas de seus sucessos, como "Hallelujah", "Suzanne", "So long Maryanne", "Sisters of Mercy" e "Bird on a Wire". Falo em promessa porque, diz-se que, depois de encerrar sua turnê por EUA e Europa em agosto, Cohen deverá vir ao Brasil para participar do Tim. Os organizadores já disseram que o convite foi feito em anos anteriores e o Estadão especula sua vinda. Ficamos na torcida da passagem por aqui daquela turnê que deverá ser a derradeira de Cohen.
12/03/2008
Toca na Transamérica?
Esse foi meu único pensamento durante o show do Interpol na última terça-feira. Caramba, quantos fãs adolescentes os caras têm. Tanto, tanto que a voz do vocalista ficou até apagada... O show foi bom, mas fica nítido que os diferentes níveis de roqueiros existem. Aqueles que durarão por décadas e aqueles que farão somente volume na incrível história do rock. Na minha opinião, de toda essa geração que conta com The Hives, The Libertines, Hot Chip, Block Party e tantos outros, poucos permanecerão e enumero 2 por aqui - The Strokes, Franz Ferdinand. O resto... sei não...
Saga Star Wars 6 x 0 Exposição Star Wars
A franquia Star Wars sempre foi sinônimo de sucesso. E não será surpresa alguma a exposição no Porão das Artes, no Parque do Ibirapuera, arrastar uma legião de fãs. A propaganda feita pelos organizadores fala de maquetes, peças dos figurinos, máscaras usadas no filme e até as naves em tamanho real, tudo em um espaço para imergir o visitante no ambiente da saga.
Estive na festa de estréia, um dia antes da abertura oficial, e, apesar do sucesso anunciado com os fãs, acho muito difícil ser um sucesso de crítica. O problema é que as peças não são tão deslumbrantes assim (palmas à tecnologia da época), e o espaço montado, além de pequeno, não tem nada de especial. Nem Yoda, que está nos cartazes da mostra, veio ao Brasil (“ele é apenas uma projeção digital”).
Infelizmente, esperava mais informações e, como fã, acabei me decepcionando um pouco. Queria ter encontrado mais coisas sobre algo imortalizado nas telonas. Porém, para quem não achar o valor “salgado” demais e não estiver tão crítico, pode ser um bom entretenimento para o fim de semana.
Umas das melhores atrações da exposição talvez seja o figurino de Darth Vader e a Escola Jedi, onde as crianças poderão interagir com atores fantasiados.
A exposição ficará no Brasil por quatro meses.
Preços a partir de R$ 30,00, todo dia das 9h às 22h.
Scissorhands
Por Patty Ewald
As minhas noites com pouco sono têm me rendido ótimos filmes na madrugada. Ontem fiquei surpresa ao ver que começaria o filme “Edward Mãos de Tesoura” (1990), de Tim Burton. Um filme de muito sucesso e que assisti diversas vezes quando criança, mas já não lembrava de quase nada. E se você também não lembra mais, vale a pena assisti-lo de novo!
Apesar de ter passado quase 20 anos, a atuação de Johnny Deep para o personagem continua, na minha opinião, umas das mais legais no cinema. Dei muitas risadas, como a tempos não dava, e me lembrei que o filme não faz rir quando termina.
11/03/2008
Nada amador
Lapa, Rio
Balões
Metrô Barra FundaFotos do camarada Gil Silva Jr., o Maresia, pelo Brasil. Mais no flickr dele.
10/03/2008
Drible no oligopólio II
Era 2002 e as casas de shows paulistanas tinha acabado de adotar a prática de definir um preço para venda antecipada de ingressos para shows e outra para a venda na data. A idéia era basicamente burlar a meia entrada. Os valores cobrados de estudantes eram sempre metade do valor mais caro, de venda na data do show. Exemplo real: o ingresso do show era R$ 100 e o estudante R$ 50. Mas, para quem comprasse o ingresso antes da data do show, ele saía por R$ 60. O resultado era queo estudante pagava apenas R$ 10 a menos que o valor efetivo (de eventos bons, os ingressos acabavam sempre antes da data do show). Na época, eu tinha um bom acesso à página semanal de defesa do consumidor do Estadão. E consegui botar a boca no trombone, como mostra a reportagem aqui. Os ingressos do quadro ao lado eram os meus. Acho que, depois dessa matéria, a prática desapareceu. Nunca mais vi nada parecido. E, por sorte, nunca me vetaram em nenhuma casa de shows.
Drible no oligopólio I
Obs: Sim, Ozzy, Korn e Black Label Society garantidos
09/03/2008
Dia das mulheres
BREVIÁRIO PARA TENTAR ENTENDER AS GAZELAS
O que querem as mulheres, doctor Sigmund? Neste breviário à guisa de homenagem à justa e histórica efeméride, tentamos decifrar o enigma que come o juízo da humanidade qual a ferrugem da maresia em aro de bicicleta desde que Eva teve a primeira D.R. -a mitológica discussão de relação- com o bom menino Adão, aquele, o primeiro e único homem sem sogra da história universal. Ao breviário, sem mais nove-horas:
As mulheres querem que os homens adivinhem, sintam, farejem os seus desejos e vontades e antecipem essas realizações. Bem-aventurados os que descobrem que elas estão a fim de uma viagem à montanha e levam-nas à montanha; bem-aventurados os que sabem que elas não agüentam mais aquele velho boteco e levam-nas a um japonês decente; bem-aventurados os que sabem que elas gostam de novidades e detestam quando os garçons nos dizem “o de sempre, amigo?”
As nossas mulheres querem que tenhamos olhos só para elas. No que, aliás, foram contempladas biblicamente pelo décimo mandamento das tábuas da lei entregues por Deus a Moisés: não cobiçarás a mulher do próximo blábláblá etc.
As mulheres querem que alternemos momentos de homens sensíveis e momentos de lenhadores. E nós, na gana da obediência e do agrado, somos lenhadores quando nos queriam sensíveis e vice-versa, ê comédia de erros, velho camarada William. Sempre assim, tipo onde queres Leblon sou Pernambuco... onde queres romance, rock'nroll...
As mulheres querem que reparemos no novo corte de cabelo, mesmo que a alteração tenha sido mínima, tipo só uma aparada nas pontas. O radar capilar tem que acender a luzinha, sem falha, na hora, se liga! Se for luzes, entonces, cruzes!!!
As mulheres não toleram que viremos de lado e já nos braços de Morpheu depois da saudável prática da conjunção carnal. As mulheres querem carinho e entusiasmo, embora saibam que o único animal que canta e se anima depois do gozo é o galo, esse tarado pernalta incorrigível, incomparável.
As mulheres querem... massagem. Muita massagem. Primeiro nas costas, depois nos pés e sempre no ego.
As mulheres querem... molhinhos agridoces. Como elas se lambuzam lindamente!
As mulheres querem... flores e presentes. Não caia, jovem mancebo, nesse conto de que mulher gosta é de dinheiro. Se assim o fosse, amigo, os lascados de tudo não teriam nenhuma, nunca, jamé. Repare que até debaixo do viaduto está lá a brava fêmea na companhia do desalmado. Ela e o cachorrinho magro, só o couro, o osso e a fidelidade. O que vale é a devoção, amigo. Mesmo que você seja mais liso que os mussuns do tempo em que tomava banho de canal no Recife, pobre de marre-marré, pode muito bem presentear uma bijuteria de R$ 1,99 com a devoção e a dramaturgia de uma jóia da Tiffany´s _vide “Bonequinha de Luxo”, o filme.
A lista continua... ao infinitum. Deixe também sua colaboração para o nosso breviário e ajude o carapuceiro a desvendar os lindos mistérios da cria das nossas costelas.
Dica
Ah, essa semana nem vai ser tão demorada assim - temos Interpol on Tuesday!
Din,din,din
O acordo entre Paul McCartney e o serviço de músicas online iTunes teria alcançado os US$ 400 milhões, segundo a agência de notícias UPI. Com a autorização, o catálogo completo dos hits dos Beatles poderá ser vendido pela internet.O dinheiro será dividido entre McCartney, Ringo Starr, os familiares de John Lennon e George Harrison, e também entre o cantor Michael Jackson e as gravadoras EMI e Sony, que detêm os direitos sobre algumas músicas da banda.
(Fonte - G1)
Criticas
Eu tenho a impressão que gostar de Michael Moore tem tomado a mesma conatação de ler Paulo Coelho. Aquelas coisas que admirar pega mal... O primeiro filme dele, Tiros em Columbine, foi um sucesso. Já no Fahrenheit 9/11 as críticas quanto à parcialidade dele passaram a ficar latentes e agora com Sicko, já ouvi várias pessoas comentando que ele é um picareta, não sabe fazer documentários, é superficial, etc, etc, etc. Sim, concordo. Mas sou fã do cara, desculpe intelectuais do blog. Ele conta para o mundo as podreiras dos americanos que nem sabemos/lembramos que existe. Ele conta para o mundo que um dois países mais ricos do Planeta Terra trata os seus cidadãos como bull shit... Os EUA sofrem, sofrem ao alimentar suas mentes e corpos com tanta fast food... Salve o Alasca!07/03/2008
Todo mundo,
aproveitando - faltam 30 posts para completarmos 1000. Vamo-que-vamo-que-o-som-não-pode-parar
06/03/2008
Jacinto - rei da noite paulistana

Jacinto é garçom no Via Funchal e fica circulando entre as porras das mesas durante todo o show e chacoalhando aquela lanterninha do caralho para os safados que insistem que casa de show é um lugar para tomar drinks. Em nome de todos que apreciam uma boa música e um bom espetáculo, mando Jacinto praputaquepariu!!!
Ídolo

O show de ontem foi bem diferente daquele de dez anos atrás, quando ele, em um estádio, abriu o show dos Rolling Stones. Parecia que Dylan estava, desta vez, mais desprendido de qualquer compromisso de tocar o que o povo queria, o que comercialmente seria mais aceito. Dessa forma, ele exalou toda sua essência psicológica e musical. Seu jeito introspectivo, começando a tocar meio de lado para o público, e o fato de não dizer nada além de um thank you fora das letras mostravam sua arrogância, mas também revelavam aquilo que têm de mais real e profundo: o espírito elevado anti-popstar. Viajar em suas músicas era algo inevitável. Durante o show, a única sensação racional que se podia sentir era a de um desejo de que aquilo não acabasse nunca. Quem se decepcionou com a falta de Blowin’ in the wind ou com as versões estranhas de clássicos não sacou aquilo que Dylan sempre pregou: How many roads must a man walk down before you call him a man? Ele não precisa mais atravessar as mesmas estradas, para justificar sua grandiosidade. Ele traça novos caminhos, mais maduros, with no direction home.
05/03/2008
Sobre ir embora daqui

04/03/2008
Carta aberta a Herbert Richards
ou a qualquer responsável pela versão brasileira dos filmes gringos
Como você traduziria "fanfarrão" para qualquer outra língua? Ok, é tarefa difícil, mas, se você é um tradutor com algum traquejo, sua tarefa é exatamente achar uma palavra que diga algo sobre a realidade daquele que a profere. É impressionante como os filmes estrangeiros legendados no cinema atualmente têm fraquezas em suas traduções. Muitas vezes uma palavra carregada de significado em inglês vira um "legal", "muito legal" ou "demais". Sem falar em um "dude", "ma'am" ou diversas outras expressões, que dizem muito sobre a idade, a região e o estilo da pessoa, mas se perdem nos textinhos. Em "Juno", por exemplo, o diálogo entre a grávida de 16 anos e seu namorado em nada se diferenciava das conversas entre os pais da menina ou no papo do casal em destaque no filme. A criança e o músico poderiam ter muito em comum, mas, definitivamente, não era o linguajar! Nosso vocabulário é bem mais rico do que o inglês, ou seja, com um pouquinho de esforço, é possível elaborar significados mais sofisticados para as palavras traduzidas. E, se as fracas traduções incomodam quem é capaz de compreender o inglês, sinto mais por quem não entende, porque, sem saber, perdem parte importante para a compreensão dos filmes.
03/03/2008
The real king
Finalmente terei a chance de ir no show do Rei. Sim, não o Del Rey, mas "O REI". Os ingressos começam a ser vendidos nesta semana, no Credicard Hall. Mas não deixa de entrar no site do Rei e clicar no album de fotos. Tem preciosidades, como essa aqui!Não era pra ser

IRON MAIDEN is my religion.

Não foi a primeira vez, porém mais emocionante. Foi o que aconteceu ontem no Parque Antártica (com muita tristeza), mas real. O começo com uma chuva forte que na teoria iria ofuscar a noite, foi na verdade um banho para acalmar o ânimo de toda aquela panela de pressão esperando Bruce, Harris, MurrayGers, Smith, Gers e McBrain ansiosamente. O show começa com um playback de Pensilvania, onde se abre as cortinas e uma sequência que começo com "Aces high" e termina com "Iron maiden" e o tão famoso Eddie. O set foi praticamente perfeito, pois todo fã sente falta de alguma música. Com certeza foi o melhor do ano e acredito que será difícil ter outro tão intenso.

Zé, desce 6 originais, pois perdi a aposta!
Não era pra ser!

Sim, essa foi a minha expectativa ao assistir a peça "Os homens são de marte e é pra lá que eu vou". Não achei que seria tão interessante, já que tinha lido sobre a peça e ter um pouco de preconceito, mas é muito boa e divertida. Apesar de certos momentos ser cansativo, pois a repetição feminina é evidenciada, vale a pena conferir.
Eterna adolescência
Não existe fã de qualquer tipo de manifestação artística com idolatria comparável aos seguidores do heavy metal. Dentro da categoria, não há quem se compare com o Iron Maiden. Qualquer fã que se preze tem argumentos para uma boa discussão sobre o melhor álbum, a melhor música, o melhor vocalista, a melhor versão do Eddie... Estar dentro do Parque Antártica ontem era fazer parte dessa massa coesa e de discurso idêntico em solidariedade aos cinqüentões do rock. O ambiente foi moldado como forma de contribuir com essa reverência de milhares de fãs. Só foram tocados os grandes clássicos, que, indefectivelmente, eram acompanhados em coro pelas quase 40 mil pessoas no estádio. O Iron Maiden certamente trouxe à tona alguns dos bons momentos da adolescência daquelas pessoas já não tão jovens, mas que sempre carregarão dentro de si o espírito metaleiro.






