31/03/2008
O caminho do rock
Ney
- Começa com ele em um divã, sobre o qual faz contorcionismos sexuais durante todo o espetáculo e onde estão acessórios de roupas
- O CD novo, vendido no Citibank Hall, esgotou antes do show começar.
- A primeira e outras duas músicas são de seu grande amor: Cazuza. Sem que isto seja uma virtude, há que se deixar claro.
- O figurino é impressionante. Ele se troca o tempo todo no meio do palco, demonstrando seu exibicionismo, a necessidade de chocar e rememorando os ótimos tempos do Secos e Molhados. (ver foto)
- O show oscila entre uma ótima pegada MPB, outra boa pegada rock, mas um desnecessário pop estilo Los Hermanos.
- Não esquece o que lhe fazem nos bares, na lama, nos lares, na cama (boa estrofe da música Mal Necessário)
- A iluminação que permeia todo o show varia nas cores do arco-íris, com alguns bons detalhes cenográficos ao fundo. Sem excessos que contrastem com sua figura já superexposta.
- Há um totem sem justificativa aparente no canto do palco. Ainda que se espere que algo ocorra ali durante o show, nada acontece.
- Quando desfila pela platéia é reverenciado e respeitado. Apenas as velhinhas não se controlam e agarram-no.
Aliás, acho que este é o ponto mais interessante. Como um ser bizarro como aquele (embora suas qualidades musicais seja indiscutíveis) consegue encantar as personalidades mais conservadoras, como as velhinhas que os beijavam no show de sexta ou minha avó? É um daqueles mistérios da música sem muitas explicações, como estrelas de filmes eróticos virarem cantoras infantis, o tecnobrega ou o Metallica tocando Garbage.
28/03/2008
Fuloresta do samba
Sempre se discute onde o Brasil é Brasil. Onde esta a identidade brasileira...
As respostas eu jamais terei, mas acho que temos uma pista sobre onde ela está. O segundo disco do Fuloresta do samba, sob o comando do grande mestre Siba (do Mestre Ambrósio). Com apetite arqueólogo e antropofágico, Siba convocou uma trinca (Biu Roque, Mané Roque e Manoel Martins) de cantores-percussionistas do interior de Pernambuco para formar o núcleo de sua fuloresta do samba. Com o segundo disco, a proposta nos transporta para um “Brasil” onde tudo é mais real e importante culturalmente. As batidas do disco vêm com referência de cirandas, coco, maracatu e, claro, samba. Samba este que guarda pouca semelhança com o partido alto que se ouve no Sudeste ou com os pagodes que nos finais de semana a classe média agüenta nos bares de São Paulo. Com metais dignos das grandes festas de reisado do interior com pitadas de frevo. O disco surge como uma grande máquina de transporte e documentação cultural, com letras tão contemporâneas que falam diretamente tanto com o cabloco do catolé do rocha, Arcoverde ou imigrante das megalópoles, ou ruas congestionadas de São Paulo. Temas como a morte, futebol, solidão, etc. são tratados e documentados com um olhar realmente forte de um povo que sofre muito, mas nunca se entrega.
27/03/2008
Cartazes
Ele não está lá
26/03/2008
Fortemente recomendado
24/03/2008
I'm not there!
Nos últimos anos o cantor Bob Dylan vêm sendo evidenciado à exaustão, principalmente por chegar aos 60 anos em atividade, como foi visto aqui no Brasil, claro que sem contar a biografia, o documentário "No Direction Home", de 2005, dirigido por Martin Scorsese entre outros. Porém ontem, tive a oportunidade de assistir o filme “I’m not there”, de Todd Haynes. Sem dúvida, é um filme com a linearidade criativa do Dylan. Um filme que relata 6 fases da vida do cantorcompositorescritor de forma não linear, em que muitas vezes você chega a pensar que são subconcientes de uma vida fictícia.
Em muitos momentos a dualidade e o surrealismo da forma que se trata o cantor, como uma criança negra, uma mulher no papel principal, um morador sem identificação correta, um marido infiel faz pensar até que ponto o filme retrata a biografia ou é apenas uma ficção.
Porém conforme se desenvolve o filme e adicionado a trilha de cada fase da vida de Dylan, apesar de nenhuma cena ter um fio ligando a outra, você percebe que o filme não é confuso e faz sentido como esse cidadão se tornou uma das cabeças pensantes mais adimirado do século 20.
Maquinária Rock Fest
No dia 17 e 18 de maio, irá acontecer no Espaço das Américas (SP) o festival "Maquinária Rock Fest". Como é certo que algum membro do blog não estará presente, pois estamos falidos, peço ao leitor que for relate o que é assistir as seguintes bandas:
BIOHAZARD
SUICIDAL TENDENCIES
SEPULTURA
MISFITS
TRISTANIA
RATOS DE PORÃO
MATANZA
MUSCARIA
KORZUS
MOTOROCKER
SAYOWA
EMBRIOMA
THREAT
CHILD OF FLAMES
SUN TURNS BLACK
Bons tempos de aventura
21/03/2008
Quem diria... Postagem 1.000
Tem mais essa
Isso é uma vergonha
20/03/2008
Verdade nua e crua
A Dor e a Piedade
The Sorrow and the Pity
Marcel Ophüls
A Revolução Não Vai Passar na TV
The Revolution Will Not Be Televised
Kim Bartley, Donnacha O’Brian
A Tênue Linha da Morte
The Thin Blue Line
Errol Morris
BBC - Relatório Etiópia
BBC News Ethiopia Report
Michael Buerk, Mohammed Amin
Em Nome da Liberdade
For Freedom
Hussein Torabi
McDifamação
McLibel
Franny Armstrong
Minamata: A Vitória das Vítimas
Minamata: The Victims and their World
Tsuchimoto Noriaki
Morte de uma Nação: A Conspiração Timorense
Death of a Nation: The Timor Conspiracy
David Munro, John Pilger
O Triunfo da Vontade
Triumph of the Will
Leni Riefenstahl
Tiros em Columbine
Bowling for Columbine
Michael Moore
E aqui vão algumas dicas de filmes com temas musicais do festival. Tem Joy Division, Simonal, entre outros.
19/03/2008
Microsoft surface
Convergências digitais
18/03/2008
Aqui e lá
Last, but no least - entre no site de Juno and have fun - tem as músicas do filme, blog do diretor e até menos junoverse (onde os adolescentes podem criar seus perfis, uma espécie de orkut).
CHUCK BERRY HAI! HAI! ROCK 'N'ROLL
Fim de semana sem dinheiro e sem pegada rendeu algo muito bom. Em algum canal pago durante a madrugada de sábado, passou um documentário sobre o rei Chuck Berry. Trata de um show onde por exemplo o guitarrista base é nada mais nada menos que Keith Richards. Pessoas como Eric Clapton, Robert Cray, Etta James, Julian Lennon passam e tocam/cantam com ele.
Zé, esse menino tinha noção.
Peça 01
itunes em qualquer lugar
Se sei pela TV, nada sei
17/03/2008
Show do ano, até agora
Cine Trash
15/03/2008
revista e revisitada
13/03/2008
O próximo mito
12/03/2008
Toca na Transamérica?
Saga Star Wars 6 x 0 Exposição Star Wars
A franquia Star Wars sempre foi sinônimo de sucesso. E não será surpresa alguma a exposição no Porão das Artes, no Parque do Ibirapuera, arrastar uma legião de fãs. A propaganda feita pelos organizadores fala de maquetes, peças dos figurinos, máscaras usadas no filme e até as naves em tamanho real, tudo em um espaço para imergir o visitante no ambiente da saga.
Estive na festa de estréia, um dia antes da abertura oficial, e, apesar do sucesso anunciado com os fãs, acho muito difícil ser um sucesso de crítica. O problema é que as peças não são tão deslumbrantes assim (palmas à tecnologia da época), e o espaço montado, além de pequeno, não tem nada de especial. Nem Yoda, que está nos cartazes da mostra, veio ao Brasil (“ele é apenas uma projeção digital”).
Infelizmente, esperava mais informações e, como fã, acabei me decepcionando um pouco. Queria ter encontrado mais coisas sobre algo imortalizado nas telonas. Porém, para quem não achar o valor “salgado” demais e não estiver tão crítico, pode ser um bom entretenimento para o fim de semana.
Umas das melhores atrações da exposição talvez seja o figurino de Darth Vader e a Escola Jedi, onde as crianças poderão interagir com atores fantasiados.
A exposição ficará no Brasil por quatro meses.
Preços a partir de R$ 30,00, todo dia das 9h às 22h.
Scissorhands
Por Patty Ewald
As minhas noites com pouco sono têm me rendido ótimos filmes na madrugada. Ontem fiquei surpresa ao ver que começaria o filme “Edward Mãos de Tesoura” (1990), de Tim Burton. Um filme de muito sucesso e que assisti diversas vezes quando criança, mas já não lembrava de quase nada. E se você também não lembra mais, vale a pena assisti-lo de novo!
Apesar de ter passado quase 20 anos, a atuação de Johnny Deep para o personagem continua, na minha opinião, umas das mais legais no cinema. Dei muitas risadas, como a tempos não dava, e me lembrei que o filme não faz rir quando termina.
11/03/2008
Nada amador
Fotos do camarada Gil Silva Jr., o Maresia, pelo Brasil. Mais no flickr dele.
10/03/2008
Drible no oligopólio II
Drible no oligopólio I
Obs: Sim, Ozzy, Korn e Black Label Society garantidos
09/03/2008
Dia das mulheres
BREVIÁRIO PARA TENTAR ENTENDER AS GAZELAS
O que querem as mulheres, doctor Sigmund? Neste breviário à guisa de homenagem à justa e histórica efeméride, tentamos decifrar o enigma que come o juízo da humanidade qual a ferrugem da maresia em aro de bicicleta desde que Eva teve a primeira D.R. -a mitológica discussão de relação- com o bom menino Adão, aquele, o primeiro e único homem sem sogra da história universal. Ao breviário, sem mais nove-horas:
As mulheres querem que os homens adivinhem, sintam, farejem os seus desejos e vontades e antecipem essas realizações. Bem-aventurados os que descobrem que elas estão a fim de uma viagem à montanha e levam-nas à montanha; bem-aventurados os que sabem que elas não agüentam mais aquele velho boteco e levam-nas a um japonês decente; bem-aventurados os que sabem que elas gostam de novidades e detestam quando os garçons nos dizem “o de sempre, amigo?”
As nossas mulheres querem que tenhamos olhos só para elas. No que, aliás, foram contempladas biblicamente pelo décimo mandamento das tábuas da lei entregues por Deus a Moisés: não cobiçarás a mulher do próximo blábláblá etc.
As mulheres querem que alternemos momentos de homens sensíveis e momentos de lenhadores. E nós, na gana da obediência e do agrado, somos lenhadores quando nos queriam sensíveis e vice-versa, ê comédia de erros, velho camarada William. Sempre assim, tipo onde queres Leblon sou Pernambuco... onde queres romance, rock'nroll...
As mulheres querem que reparemos no novo corte de cabelo, mesmo que a alteração tenha sido mínima, tipo só uma aparada nas pontas. O radar capilar tem que acender a luzinha, sem falha, na hora, se liga! Se for luzes, entonces, cruzes!!!
As mulheres não toleram que viremos de lado e já nos braços de Morpheu depois da saudável prática da conjunção carnal. As mulheres querem carinho e entusiasmo, embora saibam que o único animal que canta e se anima depois do gozo é o galo, esse tarado pernalta incorrigível, incomparável.
As mulheres querem... massagem. Muita massagem. Primeiro nas costas, depois nos pés e sempre no ego.
As mulheres querem... molhinhos agridoces. Como elas se lambuzam lindamente!
As mulheres querem... flores e presentes. Não caia, jovem mancebo, nesse conto de que mulher gosta é de dinheiro. Se assim o fosse, amigo, os lascados de tudo não teriam nenhuma, nunca, jamé. Repare que até debaixo do viaduto está lá a brava fêmea na companhia do desalmado. Ela e o cachorrinho magro, só o couro, o osso e a fidelidade. O que vale é a devoção, amigo. Mesmo que você seja mais liso que os mussuns do tempo em que tomava banho de canal no Recife, pobre de marre-marré, pode muito bem presentear uma bijuteria de R$ 1,99 com a devoção e a dramaturgia de uma jóia da Tiffany´s _vide “Bonequinha de Luxo”, o filme.
A lista continua... ao infinitum. Deixe também sua colaboração para o nosso breviário e ajude o carapuceiro a desvendar os lindos mistérios da cria das nossas costelas.
Dica
Ah, essa semana nem vai ser tão demorada assim - temos Interpol on Tuesday!
Din,din,din
O dinheiro será dividido entre McCartney, Ringo Starr, os familiares de John Lennon e George Harrison, e também entre o cantor Michael Jackson e as gravadoras EMI e Sony, que detêm os direitos sobre algumas músicas da banda.
(Fonte - G1)
Criticas
07/03/2008
Todo mundo,
aproveitando - faltam 30 posts para completarmos 1000. Vamo-que-vamo-que-o-som-não-pode-parar
06/03/2008
Jacinto - rei da noite paulistana
Jacinto é garçom no Via Funchal e fica circulando entre as porras das mesas durante todo o show e chacoalhando aquela lanterninha do caralho para os safados que insistem que casa de show é um lugar para tomar drinks. Em nome de todos que apreciam uma boa música e um bom espetáculo, mando Jacinto praputaquepariu!!!
Ídolo
O show de ontem foi bem diferente daquele de dez anos atrás, quando ele, em um estádio, abriu o show dos Rolling Stones. Parecia que Dylan estava, desta vez, mais desprendido de qualquer compromisso de tocar o que o povo queria, o que comercialmente seria mais aceito. Dessa forma, ele exalou toda sua essência psicológica e musical. Seu jeito introspectivo, começando a tocar meio de lado para o público, e o fato de não dizer nada além de um thank you fora das letras mostravam sua arrogância, mas também revelavam aquilo que têm de mais real e profundo: o espírito elevado anti-popstar. Viajar em suas músicas era algo inevitável. Durante o show, a única sensação racional que se podia sentir era a de um desejo de que aquilo não acabasse nunca. Quem se decepcionou com a falta de Blowin’ in the wind ou com as versões estranhas de clássicos não sacou aquilo que Dylan sempre pregou: How many roads must a man walk down before you call him a man? Ele não precisa mais atravessar as mesmas estradas, para justificar sua grandiosidade. Ele traça novos caminhos, mais maduros, with no direction home.
05/03/2008
Sobre ir embora daqui
04/03/2008
Carta aberta a Herbert Richards
ou a qualquer responsável pela versão brasileira dos filmes gringos
Como você traduziria "fanfarrão" para qualquer outra língua? Ok, é tarefa difícil, mas, se você é um tradutor com algum traquejo, sua tarefa é exatamente achar uma palavra que diga algo sobre a realidade daquele que a profere. É impressionante como os filmes estrangeiros legendados no cinema atualmente têm fraquezas em suas traduções. Muitas vezes uma palavra carregada de significado em inglês vira um "legal", "muito legal" ou "demais". Sem falar em um "dude", "ma'am" ou diversas outras expressões, que dizem muito sobre a idade, a região e o estilo da pessoa, mas se perdem nos textinhos. Em "Juno", por exemplo, o diálogo entre a grávida de 16 anos e seu namorado em nada se diferenciava das conversas entre os pais da menina ou no papo do casal em destaque no filme. A criança e o músico poderiam ter muito em comum, mas, definitivamente, não era o linguajar! Nosso vocabulário é bem mais rico do que o inglês, ou seja, com um pouquinho de esforço, é possível elaborar significados mais sofisticados para as palavras traduzidas. E, se as fracas traduções incomodam quem é capaz de compreender o inglês, sinto mais por quem não entende, porque, sem saber, perdem parte importante para a compreensão dos filmes.
03/03/2008
The real king
Não era pra ser
IRON MAIDEN is my religion.
Não foi a primeira vez, porém mais emocionante. Foi o que aconteceu ontem no Parque Antártica (com muita tristeza), mas real. O começo com uma chuva forte que na teoria iria ofuscar a noite, foi na verdade um banho para acalmar o ânimo de toda aquela panela de pressão esperando Bruce, Harris, MurrayGers, Smith, Gers e McBrain ansiosamente. O show começa com um playback de Pensilvania, onde se abre as cortinas e uma sequência que começo com "Aces high" e termina com "Iron maiden" e o tão famoso Eddie. O set foi praticamente perfeito, pois todo fã sente falta de alguma música. Com certeza foi o melhor do ano e acredito que será difícil ter outro tão intenso.
Zé, desce 6 originais, pois perdi a aposta!
Não era pra ser!
Sim, essa foi a minha expectativa ao assistir a peça "Os homens são de marte e é pra lá que eu vou". Não achei que seria tão interessante, já que tinha lido sobre a peça e ter um pouco de preconceito, mas é muito boa e divertida. Apesar de certos momentos ser cansativo, pois a repetição feminina é evidenciada, vale a pena conferir.