05/11/2007

Into the wild.

Por Paula Vio, cunhada dos maridos e irmã da esposa

Sean Pean mostrou mais uma vez que não é apenas como ator que consegue demonstrar seu grande talento. Com a repescagem da mostra de cinema, tive a chance de assistir o filme que ganhou como melhor longa de ficção indicado pelo público: Into the Wild. Acredito que não há critico mais chato do que todas as pessoas que vão ao cinema e pensam que, ou de fato entendem de cinema; com isso fui com certas expectativas assistir ao filme.
Não sabia, para falar a verdade não tinha a mínima idéia, qual era a história do longa, por isso vou deixar em aberto a narrativa em si, pois acho que é uma ótima sensação entrar no cinema, sentar na poltrona e descobrir aos poucos o que é que você está fazendo sentado olhando para a grande tela , bom, dessa vez eu tive sorte.
Fazia tempo que um filme não me fazia pensar por tanto tempo, Into the Wild fez com que eu mais três amigos passarmos o resto da noite de sábado discutindo e refletindo sobre cada momento do filme, cada ação que a personagem tomava, e cada efeito cinematográfico que o (grande) diretor escolhia.
Não conseguia tirar o pensamento de frustração da minha cabeça durante o filme inteiro, ainda não sei o que vai ser do meu futuro, não sei nem que carreira eu vou seguir e aonde vou estar ano que vem, acho que foi por isso que o filme me comoveu tanto. A frustração não conseguia me deixar por eu sentir que toda aquela energia jovem, de fugir da realidade e buscar conforto na solidão não passava de mais uma história impossível de filmes, mas por fim, todo aquele sentimento angustiante me remeteu em admiração e realidade.
Movido pelo desejo de entender o sentido da felicidade Chris Mccandless sai em uma jornada rumo Alaska, abrindo mão de tudo aquilo que os pais o fizeram conquistar até então. Nunca senti que meu lugar é na cidade, busco na geografia uma chance de dar uma volta pelo mundo e buscar o meu sentido da felicidade, sonho infantil não? Sou apenas uma pré-universitária esvaziando aquelas angustias de não-tenho-a-menor-idéia-de-como-vai-ser-meu-futuro.
Quanto à estética do filme sou suspeita, a trilha sonora é regida por ninguém menos do que Eddie Vedder, a voz grunge dos anos 90 mostra mais uma vez que sabe fazer bonito quando o assunto emocionar. A fotografia também é muito bonita, mesclando cenários desde Califórnia, Golfo do México até o deslumbrante Alaska.
Eu fortemente recomendo e espero que cada um tire suas próprias conclusões sobre o filme. Acho que, como muita coisa na vida, o longa inspirado na biografia do jovem Chris Mccandless (escrita por Jon Krakauer) vai fazer com que cada um se identifique com pelo menos um ou vários momentos do filme.

Um comentário:

rodr190 disse...

Demais o post, paulinha. Sim, o texto expressa o sentimento que sempre tenho. O que fazer? Vou pro Alaska