24/11/2006

Don Juan


Pôster de Wiktor Sadowski, artista polonês de destaque na produção de ilustrações nos últimos anos. Rolou uma mostra dele aqui há algum tempo. Não consegui ir, mas naveguei no site dele e descobri várias imagens bacanas, como esta acima. Vale a pena dar uma olhada.

O samba taí



O samba raiz, aquele feito no morro, nos anos 30 ou nos anos 2000 é bom. Retrata um pouco do nosso país, país de gente quente, que adora rebolar, adora cantar e adora tomar. A versão do Seu Jorge para "O samba taí" é excelente. Vontade de sair dançando por aí, seja como uma passista de escola de samba, ou como aqueles velhos-com-cerveja-na-mão-que-se-abraçam-e-dançam-o-mesmo-passo em cidade de interior. É o Brasil é um eterno carnaval.

Furo das menininhas

Gente, impressionante. A Fê furou a Newsweek com seu post das cantoras. Palmas para a moça e para o blog!

23/11/2006

Por hoje não!


Descobri a luz há pouco mais de um ano. Mudei de casa e, para onde fui, instalei-me num quarto pequeno, apenas com minha cama e uma pequena mesa. Algo tão simples quanto o quarto do Van Gogh. Ambiente menor, mas confortável para meu repouso. As primeiras noites foram um pouco tensas. O sono teimava em não chegar e havia uma aura de solidão densa pairando naquele cômodo. Mas o meu sonho de liberdade perante a televisão em meu quarto foi uma porta aberta para um mundo diferente do que eu jamais poderia imaginar. Sem a maldita TV, que me subjugava noite após noite, comecei a ler como nunca e – talvez por coincidência, talvez não – passei a dedicar tempo cada vez menor para o aconchego da minha morada e maior às experiências culturais reais. Libertar-me de Faustão, sitcoms e companhia foi um batismo para uma vida cultural bem mais verdadeira e cheia de emoções em que eu sou protagonista, e não Tiago Lacerda ou qualquer BBB sem conteúdo. A vida com meus amigos passou a ser um “Friends” real, com mais sabor e alegria. Como qualquer decisão na vida, algo teve de ser deixado de lado. É o famoso trade-off, em que você larga algo bom para obter algo melhor. No meu caso, são poucas as coisas de que me queixo ter largado, como Os Simpson, alguns programas de entrevistas e shows. Não sou maniqueísta e tacanho a ponto de declarar que nada presta na televisão. Também já me programei para ver algo que me interessava, mas a escassez de informação útil, inteligente e criativa é gritante. Alguns até assumem isso, como aquele da música: na mesma praça, no mesmo banco... e as mesmas piadas de sempre (talvez o tal do Lost da Fê seja diferente, mas tenho preguiça de tentar) Bom, o blog não é para esses desabafos e acho que este post tá ficando com cara de diário de menina, mas entendam-no como um testemunho, em reunião modelo AA, de um ex-escravo da televisão que passou a viver infinitamente melhor depois de livre.

Sobre o tempo



Eu adoro o tempo. Queria ser o tempo, ele tem um poder único, ele é capaz de melhorar e piorar os momentos. Ele é mágico, ele é misterioso, e eu adoro o que é misterioso. Adoro quando o tempo passa e quando ele não passa também. Adoro a sensação de olhar no relógio e dizer: - Já?!

Dentro desse linha, duas lindas frases sobre o tempo:

"Time can change me, but I can't change time" - David Bowie

"Tempo, tempo, mano velho, falta um tanto ainda eu sei, pra você correr macio" - Pato Fu

Aproveitando, aluguem o filme Lavoura Arcaica, o texto final sobre o tempo é excelente.

22/11/2006

Filmes do futuro


Paul Haggis, o roteirista de Menina de Ouro e Crash, vai lançar em 2007 “The Garden of Elah”, filme dirigido por ele. Trata-se da história de um oficial que investiga o desaparecimento do seu filho em Bagdá, com Tommy Lee Jones. No próximo ano, também Steven Soderbergh lançará Guerrilla, com Benicio del Toro. A lista do que vem por aí segue com Jurassica Park 4 (imagino eu que agora os dinossauros vão à Lua), Homem de ferro e Shrek 3. Essas e muitas outras informações sobre filmes novos e antigos podem ser encontradas no Rotten Tomatoes, cuja tradução livre seria tomates podres. No site, eles também vendem pôsteres de celebridades, por isso o Humprfey Baugart e a Lauren Bacall ilustrando o post.

O Uruguai no seu dial

Você conhece Jorge Drexler? Pois bem, ele é o uruguaio que ganhou o Oscar de Melhor Canção pelo filme Diários de Motocicleta, em 2005. O cara encarou aquele bando de gente fresca e hollywoodiana e cantou a música "Al otro lado del río" quando foi agradecer o prêmio. Foi demais! Rompendo barreiras. Pois bem, Drexler é mais do que isso e tem vários discos bem legais, conheço 2 e recomendo: Eco 2 e 12 segundos de oscuridad. Confiram. Essa foto é no Uruguai, na orla... Conhece o Uruguai? É lindo, lindo, vai lá...

Tem um minutinho?

Ótimo. Não vou me alongar. Só venho, por meio desta, sugerir que você crie um blog. Ou se não tiver pique, que colabore com o www.vaitomarnoze.blogspot.com. É muito bom! Você deixa de ser preguiçoso e passa a ser curioso. Você deixa de ser uma mosca morta e passa a ser uma mosca bem viva. Ligada no que rola por aí. Informação, sempre.

O Iluminado infiltrado



Os Infiltrados, novo filme do Scorsese é bem bom. Mas o melhor mesmo é ver mais uma vez Jack Nicholson. O cara detona... Ainda mais quando ele tem que fazer papel de louco. Sou fã, incondicional. Como diz o Rô: um viva ao Iluminado!

Música de menininha





Não é só de rock que vive o homem, no caso, a mulher. Uma boa música brasileira, cantada por quem sabe cantar, é bom. Acalma os ouvidos. Eu gosto de colocar esse sons quando acordo, quando estou voltando do trabalho, quando fico em casa no domingão.

Meu rádio tem tocado três novas meninas-MPB: Mariana Aydar, Céu e Roberta Sá. As duas primeiras paulistas e a segunda carioca. As três tem a minha idade e cantam, interpretam, e mandam bem. São meigas. E melhor, ainda gravam Amarante e Camelo (meus letristas queridos, que meus maridos tanto odeiam) O que ouvir de cada uma?

Mariana Aydar - Deixa o Verão - Los Hermanos
Céu - Concrete Jungle - excelente versão do som de Bob Marley
Roberta Sá - Casa Pré-fabricada - Los Hermanos

Pra os garotões que não curte esse tipo de som. As meninas são super "gatas".

Do paraíso à perdição


Repórter econômico em São Paulo vive um paradoxo. Eu, por exemplo, sempre ee sinto como príncipe e plebeu numa só pessoa. De dia, costumo freqüentar hotéis e restaurantes chiques que, muito provavelmente, jamais poderei pagar na vida. À noite, vou a lugares como o Zé (sem ofensas, Zé). De dia, colunas de dezenas de metros no Unique e à noite pilhas de engradados vazios no boteco. Na manhã, papel macio e som ambiente no banheiro do Emiliano e, na madrugada, não tem mais papel-lixa para enxugar a mão no bar. Sou capaz de ir do confit au poivre ao sanduíche de pernil numa velocidade que impressionaria pilotos de corrida. Por isso, sou bastante procurado por amigos para atuar como um Virgílio, levando-os para o céu ou o inferno gastronômicos de São Paulo. Em entrevistas-rango, às vezes imagino: será que esses caras podem imaginar que alguém entre eles vai jantar um americano num lugar como o Hobby Lanches – que, como o Zé, nem aceita cartão? No fim do dia, no boteco mesmo, é bom saber que, apesar da babação ao meu redor por causa do trabalho, ainda preservo minha essência. Ao menos à noite.

21/11/2006

ARTE ou homenagem?



Esse cidadão é a fonte de muitas das idéias do blog. Por que não tratar ele como arte?
Uma simples bricandeira da pop art para nosso ilustre PADRINHO: ele mesmo, o ZÉ!!

Zé, aproveitei para explorar as cores da ORIGINAL, então...desce mais uma!

O SOL


por Rodr190 (mais uma da série)

Para completar o post escrito pela esposa (a chuva) ilustro o SOL, fonte de energia e alegria.
Sem mais!

chega de som CHÁ COM PÃO



Bem, acho muito bonito a esposa expor seu gosto pelo Amarante e Cia, afinal não sou fã mas respeito o som deles, mas gostaria de dizer que apesar de me considerar um ouvinte de diversos tipos de som (jazz, blues, Mpb e suas variáveis, alternativo menos EMO), minha iniciação musical foi o metal. Sim, Metallica com Kill ‘em all, Black Sabbath, Pantera, Sepultura entre outras, sem esquecer da lenda do metal IRON MAINDEN…
Os posts servem para expor o que escutamos, assistimos e vivemos. Mas não vamos deixar o METAL morrer. Quem quiser dicas depois eu passo!

Beba com moderação!

Jumping Jack Cash

Lembram daquele show dos Rolling Stones na praia de Copacabana no começo do ano?
Tudo de graça, acesso livre, pé na areia e cerveja barata...

Pois é, a turnê A Bigger Bang foi a mais rentável da história, faturando US$ 256 milhões. A pergunta que fica no ar é: como uma banda pode fazer a turnê mais rentável da história com shows de graça para milhões de pessoas? A resposta é a velha e boa estratégia de gestão. Lembro-me que em 2002 ou 2003 os Stones já haviam sido capa de uma Fortune, com uma reportagem sobre como Mick e Cia. administravam a banda como uma empresa (ok, confesso que colei o título daquela matéria, mas não consegui achá-la na internet). E tem gente reclamando de cópia de música pirata...

20/11/2006

Ai, ai, ai, eles não sabem de nada

O cinema americano, como se não bastasse fazer a maior quantidade de filmes sem noção por km², mais uma vez faz um filme sobre o Brasil, e um Brasil daqueles que não conhecem o Brasil... Em janeiro estréia um filme de terror chamado "Turistas", com tráfico de órgãos, caipirinha envenenada e a Amazônia do lado do Rio de Janeiro. Quanta bobagem. Pior, parece que o filme foi rodado em Ubatuba. Fiquei com raiva. A Embratur está pensando no que fazer para reverter a imagem negativa do Brasil. Vamos ver o que vai rolar. Mas já fiquem sabendo que vem bomba pela frente...

19/11/2006

A chuva



O poder da chuva me impressiona. De uma hora para a outra, um monte de água cai do céu, com muita força e beleza. Não sei se tem embasamento espiritual, mas quando a chuva cai eu tenho a sensação de que o mundo se acalma, as almas tranquilizam-se, as angústias minimizam-se. Por isso que eu adoro a chuva. Gosto quando ela cai com vontade, sem medo de assustar, cai para nos lembrar que a gente é um nada no meio de um grande universo, bem misterioso e fascinante. Como esse blog é predominantemente musical, um reggaezinho bem das antigas.

Chuva
Dread Lion

Você que tem medo de chuva
Você não é nem de papel
Muito menos feito de açúcar
Ou algo parecido com mel
Experimente tomar banho de chuva
E conhecer a energia do céu
Energia dessa água sagrada
Que nos abençoa da cabeça aos pés
Oh Chuva!
Eu peço que caia devagar
Só molhe esse povo de alegria
Para nunca mais chorar

O outro PIB


Neste momento pé-no-freio de balada, que decretamos na a semana passada, foi possível refletir sobre uma hipótese por muitos aventada, mas que agora, empiricamente, posso dar depoimento de que a teoria, de fato, é comprovada. Trata-se da tese do Pique Inercial da Balada (PIB). Para quem não lembra, a inércia é a 1ª Lei de Newton (na imagem), que diz que: sem a aplicação de força externa, um corpo, se está parado, permanecerá parado, e se está em movimento, permanecerá em movimento e a sua velocidade se manterá constante. A tese já foi incorporada a vários conceitos. A adaptação mais famosa por aqui ultimamente é a tese da inflação inercial, que reza que, estando a inflação sob controle, ela tenderá a permanecer assim e, se em disparada, tenderá a permanecer alta. A tese do pique inercial, em resumo, diz que, se você está em um ritmo forte de baladas, noite após noite, tenderá a permanecer nelas até o sol raiar e, portanto, só uma força externa (família, doença, trabalho, pressão baixa...) conseguirá freá-lo. Porém, se você está na sua, sumido, sem animação para qualquer auê ou namorando, tenderá a ficar enfurnado em casa para sempre. Da mesma forma, para sair de casa nesse caso, será necessária uma força externa aplicada sobre o seu corpo (amigos, festa VIP open bar, um esquema, aniversário que você não pode faltar). Eu diria que o PIB do casal tem apresentado forte recessão nos últimos dias, mas, apesar desse recuo, ele ainda poderá voltar a crescer em ritmo invejável até para a China. Trata-se apenas de uma pausa para o fígado e o estômago respirarem.


"Só usa a razão quem nela incorpora suas paixões."
de Raduan Nassar, em "Um copo de cólera", fantástico livro sobre o tênue limite entre razão e emoção num relacionamento conjugal. Vi que tem um filme desse livro também. Alguém já viu?

17/11/2006

A música brasileira


A música, além de entreter, retrata um país, uma cultura, um momento, e é isso que a faz tão especial. E apesar de ouvir muita música gringa, sempre admirei a música brasileira. A riqueza do português, que tantas vezes deixa a gente louco, faz com que as nossas músicas sejam ainda mais lindas. Eu adoro ouvir uma boa música, com uma boa letra, eu sempre imagino onde a pessoa estava e em que momento da vida ela estava para compor daquela maneira.
A banda com melhores letristas, na atualidade, é o Los Hermanos. As letras do Camelo e do Amarante são muito lindas. Devem ser ouvidas, ouvidas, ouvidas até serem digeridas.
Abaixo, uma das minhas favoritas. É demais pensar na força do Vento

O Vento
Los Hermanos
Composição: Rodrigo Amarante

Posso ouvir o vento passar,
assistir à onda bater,
mas o estrago que faz
a vida é curta pra ver...
Eu pensei..
Que quando eu morrer
vou acordar para o tempo
e para o tempo parar:
Um século, um mês,
três vidas e mais
um passo pra trás?
Por que será?...
Vou pensar.
- Como pode alguém sonharo que é impossível saber?
- Não te dizer o que eu penso
já é pensar em dizer
e isso, eu vi,
o vento leva!
- Não sei mas
sinto que é como sonhar
que o esforço pra lembrar
é a vontade de esquecer...
E isso por que?
Diz mais!
Uh... Se a gente já não sabe mais
rir um do outro meu bem então
o que resta é chorar e talvez,
se tem que durar,
vem renascido o amor
bento de lágrimas.
Um século, três,
se as vidas atrás
são parte de nós.
E como será?
O vento vai dizer
lento o que virá,
e se chover demais,
a gente vai saber,
claro de um trovão,
se alguém depois
sorrir em paz.
Só de encontrar... Ah!!!

Quem não lê, não escreve


Caiu uma ficha horrível agora. Eu não li nem 5 livros esse ano. Uma vergonha. Como jornalista, não poderia ter deixado isso passar. Mas tenho uma desculpa: esse foi o ano em que eu mais ouvi música e fui a shows. Não colou? É também acho que não - uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Vou melhorar e pelo menos terminar os 9543583495 livros que eu comecei.

Falando nisso, uma das palavras que eu menos gosto é "coisa". Já repararam que você escreve "coisa" quando não sabe o que escrever. Sempre há um substituto para "coisa". Abaixo a palavra "coisa"

Obs - Esse é nosso post número 100.

Post 100


Ele vai ao cinema!

16/11/2006

Música Ilustrada!

Nada melhor do que traduzir visualmente um bom som!


por Rodr190.

Rádio Eldorado II

Além do “Sala dos Professores”, tem outro programa que eu gosto muito na Eldorado. É o “Sintonia Fina” com o Nelsinho Motta, sim, aquele que lançou Marisa Monte e tantos outros talentos. O programa é bem legal, Nelsinho apresenta uma nova banda de qualquer parte do mundo, conta como eles começaram o que pretendem e onde estão, aí depois, ele dá uma amostra grátis pra gente. É excelente para pegar referências e fazer o famoso download depois. Já conheci diversas bandas por causa dele, como o Kings of Convenience. O que eu acho mais legal é o tom com que o programa é apresentado, tem-se a impressão de que você encontrou o Nelson Motta em um café e ele te passou essas dicas. Bem bom!
Bem, o “Sala dos Professores” é exibido de segunda à sexta, em três edições diárias. Sábado e domingo, em cinco edições com um resumo da semana.

Rádio Eldorado I

A Rádio Eldorado FM é uma ótima fonte de boa música. Destaque para o programa do Daniel Daibem, “Sala dos Professores” que passa as 2ªs, 4ªs e 6ªs às 19h40. O programa é bem bom, além de dar dicas de jazz e MPB clássicos, o Daibem, que é um conhecedor de boa música, apresenta os instrumentos de uma banda de jazz, por exemplo, e ajuda os principiantes a entender o que cada um dos músicos toca. Vale a pena. Quando estiver no trânsito, liga lá!

Lembrando, o dial da Eldorado é 92,9.

I feel good!!!


O manifesto postado logo abaixo pela Fê não quer dizer que abandonamos nossas raízes, muito menos o Zé. Mas indica nosso atual propósito de pegar leve na balada e na bebida. Para comprovar nossas boas intenções e esse compromisso, falo agora sobre uma cultura milenar oriental e, ao mesmo tempo, saudável bebida não-alcoólica descoberta recentemente. Trata-se do, para muitos intragável e para mim indispensável, chá verde. Minha descoberta do chá verde decorreu de uma crise de gastrite há cerca de dois anos. Quente após as refeições ou gelado para acompanhá-las (agora vendem a bebida em pronta em latas, mas cuidado, porque algumas são de lascar e outras são boas, como a da foto), o chá verde é uma tradição milenar oriental. Sua história remonta a monges, imperadores e samurais. Beber chá verde no oriente é como ritual, que tem até regras de preparo definidas, mais ou menos como chegar no Zé e passar pelo ritual de arrumar as mesas e cadeiras e cumprimenta-lo ouvindo sua tradicional saudação aos visitantes do sexo masculino.

Nouvelle Vague



Essa é uma banda francesa. Os músicos se reuniram com a idéia de esquecer suas influências iniciais, principalmente punk, e criar algo novo. A Nouvelle Vague - plageando a corrente de cinema da década de 70 - canta músicas que todo mundo conhece como "Dancing With Myself" do Billy Idol, com um novo arranjo. É bem legal, são arranjos simples, parecem música de criança.

O site da banda tem um design bem legal, mas as informações são um pouco confusas...

Manifesto

Menos cachaça, mais cultura

15/11/2006

A Nova Ordem

Clássico dos clássicos. Assistir ao New Order faz parte do currículo de uma boa frequentadora de shows e como não podia deixar de ser, eu fui! Foi bom, eu curti, dancei até me acabar, mas tenho que concordar com o Jotabê Medeiros, jornalista do Estado de S. Paulo, o clima era de saudosismo. Mas pensando bem, que mal tem?

Ponto alto - ouvir o trio cantando "Love will tear us apart"'do Joy Division. Isso sim é fazer parte da história musical mundial.

Shows III - Sempre as mesmas críticas

Depois te ter assistido a tantos shows, posso dizer que manjo. E sabe o que eu percebi? Em todo show a crítica é a mesma: - O som estava baixo. Essa é a frase clássica. Fico me perguntando, será que não dá para ser mais alto? O show de ontem, do New Order, rolou exatamente isso - ninguém ouvia o vocalista.

Outra coisa que sempre me incomoda em shows são aquelas pessoas que vão ao show, mas nem sabem muito bem onde estão - isso ocorre principalmente com as mulheres - elas ficam em um tricô sem fim e nem prestam atenção. Para essas, uma dica: ouçam o CD, é bem mais barato e confortável. Ir ao show é se entregar aos músicos e "sentir a vibe". Ah, a dica também vale para aqueles que vão aos shows só para fumar um, e também não sabem onde estão.

Shows II - Lista

Encerrei ontem meu ano musical, com o show do New Order, e olha que o ano não foi fraco. Muita coisa boa. Uma pequena lista dos concertos que estive presente. Se foi em algum desses, manifeste-se!

Rolling Stones
U2
Franz Ferdinand
New Order
Chico Buarque
Marisa Monte
Tortoise
The Cardigans
Beastie Boys
Patty Smith
Yeah Yeah Yes

Aproveitando, show dos últimos tempos. Você também foi?

Chemical Brothers
Moby
Kraftwerk
Macy Gray
Arcade Fire
Strokes
Cold Play
Vanessa da Mata
Tony Bennett
Wayne Shorter
Orquestra Imperial
Pearl Jam
Madeleine Peiroux

Boa música, sempre

Shows I - Tipos de show

Há shows e shows. Aqueles shows que você vai porque conhece todas as músicas e é "fanzoco", aqueles shows que você vai porque alguém te falou que é bom, aqueles shows que todo mundo tem que ir - os chamados happenings - e os shows que te pegam de surpresa. Aquele que você não espera nada e quando o show termina pensa: como eu vivi até agora sem assistir a esse show? Nessa última categoria eu cito o do Tortoise. Cara, que show bom, no SESC Santana, em uma terça-feira chuvosa, os caras arrasaram, eu um teatro pequenino, mostraram ao que vieram. O som indescritível deles - mistura de jazz, música eletrônica, rock. Inesquecível. Se por acaso esses caras de Chicago estiverem por perto, não percam. É sério! Para mais informações por favor consultem Bruno Vio, o cara é expert em Tortoise.

O tema não é bebida, é arte mesmo...

A Johnnie Walker está com uma campanha nova interessante. Um andróide imbatível modelo Exterminador do Futuro propõe-nos desafios à vida humana. Ainda prefiro o senhorzinho da cartola e bengala, mas há mais poesia nas imagens e no texto do andróide. Tirando toda aquela parada subliminar, que te estimula a beber – que é óbvio que está lá, assim como estava no johnnie da bengala – o testemunho é bacana. No site, há o filme com o comercial e, em breve, estarão lá catalogadas as frases do andróide. Abstêmio, cético, chato ou menor (se assim, tem de mentir a idade no site), vale a pena ver.

Zé, você já viu um blue label? Tem não?

14/11/2006

brazil = MARAVILHA FISCAL!

Vou mudar um pouco o conteúdo neste post para falar sobre minha indignação com o país que vivemos, a famosa pátria amada por tantos e odiadas por outros. Sim, não sou patriota e muito menos faço juras de amor pelo BRAZIL! São inúmeros os motivos que tenho e talvez nenhum motivo seja tão grave para tamanho descontentamento. Mas vou expor alguns motivos:


by rodr190 (faz tempo)!

- o primeiro seria um processo que tenho contra a Caixa Econômica Federal, que até hoje (3 anos depois) não provou o desaparecimento no valor de R$ 1000,00 na antiga conta e o processo está na ativa com a mesma velocidade dos politicos que foram eleitos têm a preocupação de mudar o país;
- o segundo motivo é que essa semana recebi a inforamação de que meu IR (famoso imposto de renda) está com informações ou dados incorretos, ou seja, significa que pago por mês por volta de 27% do valor do salário para esses cretinos que estão no poder por voto do cidadão, e quando chega o momento de receber uma pequena parte desse valor, me dizem que vou passar por avaliação para saber se ROUBO o meu país!

Existem optros como por exemplo a falta de valor que minha profissão é para a maior parte da sociedade, e essa desvalorização faz cada dia crescer uma poluição e falta de qualidade visual. Quer mais? Pra quê? Você ainda vive nele!

Zé, um conhaque mais um copo e aquela ORIGINAL trincando!

Ir

Se você já gosta do Almodóvar, Volver é um filme que tem uma porção daqueles costumes típicos do diretor que te encantará: diálogos surpreendentes e interessantes, tabus sexuais em questão, temas que abordam princípios éticos de forma inovadora, atrizes em plena forma e uma ótima fotografia (principalmente nas viagens de carro e na vinheta inicial). É interessante como as personagens de uma mesma família passam por tragédias com tanta similaridade ao longo da trama. Achei o filme melhor do que o anterior, Má Educação.

Recomendo!



Boa pedida para a semana é comparacer ao show de John Pizzarelli. Posso garantir que é uma boa possibilidade de conhecer um jazzista de primeira com um carisma impressionante.
Foto tirada no Bourbon Street em 2005.

Resistir era preciso


‘Façam seus filmes, como for possível. Não parem. Porque um dia isso vai passar e, nesse dia, os filmes estarão lá, para contar essa história’, disse o crítico francês Georges Sadoul aos diretores brasileiros durante a ditadura. Graças a Leonor Souza Pinto, autora da tese de doutorado “Memória da ação da censura sobre o cinema brasileiro”, defendida na Universidade de Toulouse, hoje podemos ter acesso a histórias, documentos e registros em PDF de todo tipo sobre o embate entre censores e diretores de 64 a 88. Ela condensou tudo que achou no site Memória Cine BR, gratuito e irrestrito. Dá até para assistir a vídeos com depoimentos dos envolvidos. Pela busca, é possível encontrar cópias dos pareceres dos censores sobre cada filme ou diretor da época.
A melhor matéria sobre o assunto saiu em janeiro na revista da Fapesp – a única que assino e, para mim, uma das melhores revistas atualmente.

Eu gosto de Arnaldo Antunes

Eu gosto de Arnaldo Antunes. Tem quem não goste, que fale que sua poesia é simplista, que sua voz é ruim, e que ele é um freak que ganha dinheiro com isso. Eu gosto dele. Gosto das poesias dele, gosto do tom desafinado da voz dele, que parece até distorcida. Gosto do jeito dele no palco. E gosto principalmente dessa música, "Socorro". Acho a letra dessa música sensacional. A gente reclama de ter sentimentos desagradáveis como tristeza, raiva, inveja, mas bem pior seria não sentir nada. Vale a reflexão.

Arnaldo Antunes / Alice Ruiz - 1998

Socorro, não estou sentindo nada.
Nem medo, nem calor, nem fogo,
Não vai dar mais pra chorar
Nem pra rir.

Socorro, alguma alma, mesmo que penada,
Me empreste suas penas.
Já não sinto amor nem dor,
Já não sinto nada.

Socorro, alguém me dê um coração,
Que esse já não bate nem apanha.
Por favor, uma emocão pequena,

Qualquer coisa.
Qualquer coisa que se sinta,
Tem tantos sentimentos, deve ter algum que sirva.

Socorro,
alguma rua que me dê sentido,
em qualquer cruzamento,
acostamento,
encruzilhada,

Socorro, eu já não sinto nada.
Socorro, não estou sentindo nada.

13/11/2006

Sincronicidade de rum

O casal não se deu conta, mas, na sexta-feira, este blog fez um mês. Passou batido total, mas a celebração não poderia ter sido melhor: fomos ao Zé e tomamos cerveja.

O papa é pop e DJ Puff também

Eu gosto de dançar, mas detesto dançar música que eu não gosto e músicas que tocam em todos lugares, anos e momentos. Nem preciso dizer quais são. Mas ontem fui obrigada a pagar minha língua e a admirar um DJ do universo pop. DJ Puff - confira link da Érika Palomino.

Ele é mega badalado e admirado pelos ricos paulistanos que freqüentam Heaven, Lotus, Royal, etc. Mas sabe que o cara tem uma fórmula muito legal de tocar todos os "clássicos". Ele toca só um pedacinho de cada música e faz altos remixes. Quando você menos vê tá dançando "Lança Perfume" e nem dói, porque logo acaba. Ele manda bem. Quando forem em uma festa de abonados prestem atenção se o Puff toca, vale a pena. E com um bom champagne você vai se divertir.