
Posso estar atrasado, mas descobri só esta semana o B-Coolt, que me pareceu um bom guia cultural semanal de São Paulo e da internet. A regra ali é clara (e boa): só publicam o que acham bacana. Aqui a edição desta semana.

Finalmente estréia em circuito comercial o ótimo documentário “Ninguém sabe o duro que dei”, sobre a vida e a polêmica trajetória de Wilson Simonal. Vi o filme no É tudo verdade do ano passado – a única apresentação que teve – e afirmo: é ótimo. Há entrevistas com diversas pessoas que traçam um perfil bastante completo sobre a personalidade daquele que (como se diz no filme e eu concordo) foi o maior intérprete brasileiro de todos os tempo. O filme não responde objetivamente à questão se ele era ou não o “dedo-duro” da Ditadura, mas, mesmo sem afirmar, explica muita coisa.Ao ganhar a vitrola, o que mais me surpreendeu foi a solidariedade de amigos e de pais de amigos com a doação de LPs que estavam encostados. Praticamente todos os vinis que tenho até agora são doações. E não são poucos nem de baixa qualidade. Já estou computando uma coleçãozinha de seis álbuns do Roberto entre 60 e 75, tenho algumas pérolas de Depeche Mode, Clash, Maysa, Clara Nunes, Elis, Ultraje a Rigor (Nós vamos invadir sua praia), Titãs (Cabeça dinossauro em vinil é outra coisa), Dylan, Rita Lee, e tantos outros. É claro, que, nas coleçõezinhas empoeiradas que me foram doadas vieram algumas tranqueiras, mas que não deixam de ser um sinal da época do vinil. A série tem Menudos, Xou da Xuxa 4 e os hinos brasileiros das copas de 58 a 70. Valeu Naka, Ju e tantos outros que contribuíram com LPs. Espero agora tocar umas visitas a uns sebos para complementar coleção.
Há tempos eu estou para escrever este post. No Natal, ganhei da Lu uma vitrolinha portátil da Philips, que deve ter os seus 20, 30 anos. Com ela, vieram 3 discos, de três reis: Roberto Carlos, Frank Sinatra e Louis Armstrong. Eu nunca tinha tido uma. Nasci ouvindo K7 e logo surgiu o CD. Ou seja, foi uma grande descoberta em minha vida. Acho que nunca tinha escrito sobre o assunto antes porque, até há alguns dias, eu não conseguia dizer exatamente o que tanto atraía a mim naquela máquina pré-histórica. Mas ela me atraiu muito. Alguns elementos são incontestáveis. O tamanho do disco (que cativa assim como a criança que ganha um brinquedo maior do que o outro), o som genuinamente antigo (afinal, sou um cara que curte majoritariamente músicas velhas) e a qualidade do som. Pois é, finalmente hoje, com uma reportagem da Ilustrada, consegui embasar essa tese de que o som do vinil supera o CD. Mas independentemente dessa questão objetiva, o melhor que li ultimamente sobre a ressurreição do vinil nos tempos atuais veio da declaração do cara que está fazendo renascer a Polaroid, na TPM. Não tem como dizer que Polaroid é melhor que foto digita, que CD supera em qualidade o LP e vice-versa. São coisas diferentes, para serem curtidas de maneiras diferentes.


Quando adolescente eu adorava a rádio Rock 89,1, mas confesso que também ouvi muita Transamérica e sempre que podia acompanhava as "7 melhores" da Jovem Pan, lembram? Há alguns bons anos a Eldorado tem sido a minha rádio. Além da programação musical, que é exatamente o que eu gosto de ouvir, eles têm diversos programas muito interessantes, que falam de meio ambiente, cidadania e arte. Tem coisa melhor? Sim, o site http://www.territorioeldorado.com.br/. Já entrou? É incrível, tem todos os programas que eles apresentam, você pode ouvir a rádio ao vivo e a minha seção favorita - os plays lists. Hoje eu fiquei ouvindo um especial sobre Divas da nossa música, muito bom. Talentos antigos, nacionais, internacionais e boas revelações da música contemporânea. Deixe seu dia mais light, ouça música!
Numa noite de domingo - depois de uma tarde de final de campeonato, bem masculina - nos jogamos na sessão da s21h30 do Wolverine. Tipo dia-de-menino. E o programa acabou sendo mais do que feminino - suspirei a noite inteira vendo o Gato do Wolverine. Mulheres casadas, acompanhem seus maridos. Namoradas, acompanhem os namorados. Solteiras, convidem os casinhos ou vão sozinhas mesmo. Não dá pra perder o Hugh Jackman com todos seus músculos, fora que a história do filme é "de amor" - o que a ala masculina logicamente não aprovou.
