26/03/2007

Delírio de uma noite de verão


Sábado, 24 de março de 2007, foi uma noite inesquecível. O Morumbi venerou sons do Pink Floyd, presente na pessoa de Roger Waters, e as músicas que resultaram da doideira de todo aquele grupo. Pareceu a revelação de algo que sabemos que sempre esteve lá, mas nunca pudemos sentir pessoalmente antes. Literalmente, foi como ver the dark side of the moon. Qualquer crítica negativa, ao som baixo, ao telão recuado no fundo do palco que omitia parte das imagens e a falta de cerveja, parece-me irrisória perto da magnitude do show. Seria como olhar para os sinais de trânsito sem perceber a estrada. O show não poderia ser nada menos do que sensacional, como, de fato foi. O repertório com Pink Floyd é suficiente para provocar uma situação de êxtase original e única. Neste texto ligeiro, é impossível resumir uma sensação tão complexa, mas uma pitada do que rolou pode ser entendida como um misto de saudosismo e certeza de que são mínimas as possibilidade de vermos algo parecido novamente.


Boas e rápidas

- O rádio no telão (foto 1) foi uma idéia boa e abriu perfeitamente para “Wish you’re here”
- Comentário do Bruno sobre o porco voador: “Mais uma vez o porco dando show no Morumbi”
- Homenagens no telão ao grande e único Syd Barret (foto 2), pai dessa porra toda chamada rock progressivo
- O som digital surround, que dava a impressão de profundidade e distância aos sons
- O prisma gigante sobre o palco ao fim do Dark Side, projetando luzes sobre a arquibancada
- Roger Waters ter tido humildade e não ter cantado absolutamente nada no Dark Side
- Ninguém abrir o show foi também demais, porque não há quem possa pisar no palco onde o tiozão tocará

Um comentário:

Anônimo disse...

Como assim "Roger Waters ter tido humildade e não ter cantado absolutamente nada no Dark Side"? Vc diz o CD, né?
Bjão Dan!!!!