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Quem não conhece o quadro com as sopas Campbell ou a Marlin Monroe na melhor linguagem pop arte? Pois bem, no nosso super roteiro cultural em Buenos Aires incluimos a exposição Andy Warhol, Mr. América, no museu Malba (que é o Museu de Arte Latino Americana de Buenos Aires e por só já vale a visita).
A exposição, apesar de breve, mostra as principais obras do artista e como ele enxergava os Estados Unidos, com toda a sua pasteurização e excesso de consumo. Destaque para uma frase em que ele diz que uma garrafa de Coca-Cola é um excelente ícone da democratização do consumo moderno já que tanto o presidente dos Estados Unidos como um agricultor, por exemplo, bebem exatamente o mesmo refrigerante, independentemente da situação econômica de cada um. Gostei!
A boa nova é, a exposição chega à Pinacoteca em 20 de março.Se você não é muito chegado em desconforto e sempre prefere ter um pouco mais de dinheiro para viajar do que ficar em albergue, presta atenção na dica: quartos privativos nos mesmos albergues.
Essa foi a primeira vez que experimentei a modalidade, até então era roots mesmo e cheguei a dividir quartos mistos com 8 pessoas. Até que na última viagem, na Itália, percebi que não sou mais target desses albergues, isso porque não consegui fazer amizade com ninguém – me acharam muito “madura”. Rs…
Enfim, os quartos privativos são uma ótima pedida para quem gosta de conforto, no caso eu e o marido-rô (com banheiro, tv a cabo e ar condicionado), mas também quer fazer amizades-minuto, tomar vinho com a galera, pegar dicas da cidade, além de ótimos preços! E o site para achar esses albergues é www.hostelworld.com. É bem bacana, vai lá!
Mesmo com atraso, não poderia deixar de registrar aqui a nossa ida ao show do Paulinho da Viola no último dia 18 de outubro. O marido-rô me surpreendeu e depois de 20 dias longe me recepcionou com um par de ingressos para o show que ele sabia que eu queria tanto assistir. E de fato foi um lindo espetáculo.
Não gostar de certos filmes pega mal para quem vive no "circuito alternativo". Uma delas é não amar o filme do Tarantino "Bastardos Inglórios". Pois bem, eu não amei. A sacada do Nazismo é realmente incrível, mas, sim, achei a linguagem do filme muito parecida com os Kill Bill 1 e 2 e achei a duração dos diálogos um desrespeito com a minha noite de feriado. Alguém concorda comigo?

O pacifismo do nosso povo faz com que a gente nem saiba o valor que a paz tem. E os angolanos, que saíram de uma guerra há 7 anos, estão descobrindo o valor de se viver em paz, sem medo, aos poucos. Ainda vemos um olhar submisso e assustado na jovem população, que na média tem 20 e poucos anos. Eles agradecem quando você diz bom dia e aceitam ordens de uma maneira passiva.


Caros,
É com grande prazer que convido todos para a estréia do filme 'Ecos', dirigido por mim e meu amigo Pedro Henrique França.
O documentário conta a história do assassinato do Toninho do PT, prefeito de Campinas, morto em 10 de setembro de 2001. Passados oito anos, o crime continua sem respostas. O trabalho é resultado do meu projeto de conclusão de curso de jornalismo. O filme tem duração de aproximadamente 80 minutos e é uma das estréias do festival É TUDO VERDADE – que acontece em São Paulo de 1 a 7/9, e no Rio de 4 a 12/9.
Datas de exibição e local dos filmes
1/9 - na Cinemateca Brasileira (SP), às 20h30
4/9 - na Cinemateca Brasileira (SP), às 14h30
5/9 - no Instituto Moreira Salles (RJ), às 14h
6/9 - no Instituto Moreira Salles (RJ), às 20h.
Compareçam e divulguem!
Abraços,
Guilherme Manechini

A última da madrugada. Termina no dia 7 a boa exposição sobre Serge Gainsbourg. Isso mesmo, mais um dos eventos do ano da França aqui, mas este vale muito a pena. Particularmente, sou fã do feioso, mas sei que não é tão popular. O cara do Sesc Av. Paulista, onde está a exposição, comemorou abertamente o fato de eu ter sido um cara que se deslocou para lá especialmente para ver o evento, e não mais um transeunte desocupado num sábado à tarde. Enfim, voltando ao francês, a exposição mostra muito mais do que seu envolvimento com Brigitte Bardot e o casamento social e cultural com a musa Jane Birkin - que para mim fez um dos melhores shows do ano passado. O grande destaque da exposição é um sistema de interação multimídia em que se conhece praticamente tudo da obra de Serge - que, como o nome da exposição diz, foi um artista multifacetado -, permitindo a descoberta até de elementos menos conhecidos da sua vida, como parcerias com artistas menores no meio musical, como a atriz Isabelle Adjani, nesta música um pouco chata, e representantes da vanguarda do reggae jamaicano (como no vídeo acima). Se você conhece o cara, vale a pena ir para conhecer mais e ouvir muito além de Je t'aime moi non plus. Se não conhece, dá uma fuçada aí na internet e, se gostar, aproveita a oportunidade para conhecer um dos melhores músicos da história gaulesa.
De tempos em tempos eu caso com um livro. Escolho um daqueles "tijolões" que todo mundo quer ler, mas sempre falta dedicação. Confesso que não consigo me apreender apenas a eles por um tempo. Vou lendo-os em paralelo com outros menores, até para arejar as ideias (o VTNZ repudia, mas acata o novo acordo ortográfico). No ano passado, casei com a baleia Moby Dick, vivendo-o quase em tempo real com os meses de caça do Capitão Ahab. Neste ano, a escolha foi o não menos clássico A fogueira das vaidades, de Tom Wolfe. São mais de 900 páginas do retrato mais fiel imaginável da cidade de Nova York, embora ficcional. Ok, difícil resumir algo no espaço de um post (e ainda bem que ainda não cheguei no twitter), mas o livro trata não apenas de NY, mas de maneira geral das relações sociais e, principalmente, de como se misturam vidas pessoais e profissionais na mesma pessoa de maneira tão inseparáveis. Claro, também tem mortes, mentiras, traições e tudo mais que seja exigível de um grande romance, mas é na capacidade de descrever cada pensamento de diálogos curtos ou até mesmo olhares que Wolfe consegue mostrar a própria superficialidade e idiotice da cabeça humana. O livro foi ao cinema, em filme que não vi, mas predito de maneira desastrosa por Paulo Francis em seu prefácio da edição em português - uma pérola à parte. O livro foi ainda mais prazeroso a mim por misturar aspectos do mercado financeiro e do mundo jornalístico, com os quais convivo diariamente. Bom, se chegou até o fim do post, merece uma conclusão final e lá vai: o livro está certamente entre os 10 melhores que já li e recomendo a qualquer um que queira diversão e reflexão por um bom tempo.
Sábado foi Ferragosto, um feriado comemorado na Itália desde o tempo dos Césares. E é nesse dia que se passa o filme Almoço em agosto. Um despretensioso filme sobre um senhor que inesperadamente cuida de um grupo de velhinhas no feriado. É bom para se divertir e descobrir como alguns elementos cotidianos tão desprezados por jovens podem ser tão valorizados na velhice.
Entre dias 15 e 23 de agosto irá acontecer a 7ª edição do já consolidado Bourbon Street Fest. Com shows durante a semana na casa e fechando com uma grande festa ao ar livre, este ano promete com algumas atrações como Leroy Jones, Joe Krow Trio entre outros.
Sexta-feira fomos mais uma vez ao Auditório do Ibirapuera. Eu adoro! A música é boa, o preço acessível e o estacionamento de graça. Pacote completo! E na sexta-feira, durante o show do pianista Michel Freidenson, constatei um fato que eu já vinha observando há algum tempo - para os músicos, tocar lá é como estar em um parque de diversões, esteja vazio, esteja cheio, a cada música que passa eles elogiam a casa, o público, a acústica. Diante de tanta alegria, pensei - realmente é uma bela casa, mas é uma pena que no nosso país esse tipo de incentivo à cultura seja raro, e cause tanto espanto! Um viva aos músicas desse Brasil-brasileiro!
À deriva, de Heitor Dalia, é um bom filme. Bem diferente dos anteriores dele. Não por ser bom, mas por ser uma história bastante factível e possível de ocorrer com cada um. Tão comum que - não sei se sem querer ou querendo -, o diretor usa truques de cinema para criar uma tensão especial ao longo de praticamente todo o filme, mas decepciona um pouco por nada extraordinário acontecer. É mei como se ele ficasse gritando "lobo, lobo" o filme todo e, no fim, não se dá mais bola para o que ele insinua, porque se sabe que nada de extraordinário vai acontecer mesmo. E nada acontece. Apesar disso, o filme é bom. A protagonista-mirim (na foto) e o cenário de Búzios encantam.
A nossa querida amiga Sabrina Duran está em viagem pela Colômbia, de onde está tocando o blog 30 vidas, para a Trip. De Bogotá, ela vai relatar em 30 dias as graciosidades da vida de gente comum - uma de suas grandes especialidades como jornalista e escritora. De brinde, ainda teremos algumas de suas ótimas fotos artísticas. O link, aqui.
Por falar em Lumet, eu não parava de pensar nele ao assistir a Inimigos Públicos, o novo filme de Johnny Depp. Pensava que: se ele fez um filme tão bom sobre ladrão de banco, porque um novo diretor, que filme história parecida, não vai se inspirar nos seus clássicos, para fazer algo, no mínimo, interessante? Bom, a recomendação é: não perca tempo com o filme de Depp. Se quiser um bom filme sobre ladrão de bancos, veja o ótimo Um dia de cão, com Al Pacino.
Fim do mês batendo a porta e o dia do pagamento que não chega... Para esses momentos nada melhor que uma TV por assinatura. E assim tem sido. O post dedica-se ao GNT, definitivamente o canal que eu mais assisto.
É sempre importante protestar aqui sobre como é caro se entreter no Brasil - como o teatro é inviável, o cinema caríssimo e os shows internacionais impossíveis. De tempos em tempos a mídia coloca em discussão o porquê deste valor tão caro. E sempre colocam a culpa no governo. Concordo que nosso governo não esteja nem perto do que esperamos de um governo... Posto aqui uma boa matéria da Folha de São Paulo de ontem sobre o preço dos cinemas. Há uma visão preconceituosa do presidente do Cinemark, mas não podemos negar que o último grande investimento em cinema no nosso país foi feito por eles. Segundo a matéria eles têm quase 30% das salas de cinema no Brasil...
Ontem rolou a abertura do Anima Mundi 2009, com um apanhado de alguns curtas de destaque. Como em todos os anos - esta é a 17a. edição e deve ser a 5a. ou 6a. que vou - a deste ano promete. Os organizadores ressaltaram bastante os avanços tecnológicos nesta edição, que aumentam cada vez mais a capacidade de criação dos artistas. Ontem, por exemplo, um dos melhores curtas foi um francês chamado Dix, sobre TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), com participação de um ator, mas que, com a tecnologia, vive o diabo cada vez que pisa em uma linha. Mas não faltou também destaque ao extremamente barato, como um ótimo stop motion também com atores em uma cama. Daqui não consigo postar vídeos no youtube agora, mas, ao longo dos próximos dias, vou postando de casa. Aqui, o programa todo do festival, que vai até domingo. No Memorial, como sempre.
Esta é uma referência bem interessante de fotografia onde a câmera é manipulada de modo que uma posição ou um assunto são focados e o restante sem foco algum, ou seja, simula uma profundidade de campo rasa. O efeito da fotografia é melhorado aumentando a saturação e o contraste de cor, para simular a pintura brilhante, que fica parecendo fotografia de miniatura.
Acompanhamos pela imprensa diversos fluxos migratórios pelo mundo e no Brasil. Temos os nossos nordestinos em São Paulo, os bolivianos, angolanos, chineses e tantos outros. Essa realidade se repete em todos os continentes, principalmente nas fronteiras. E é isso que a gente pode ver no filme "Bem-vindos", do diretor francês Philippe Lioret. A história de um jovem do Iraque que quer encontrar a namorada na Inglaterra é barrado na fronteira de Calais na França. O filme tem um monte de aspectos interessantes como - a amizade dele com o francês que quer ajudá-lo, o preconceito com o Oriente, as rígidas tradições do Oriente e a inocência do amor adolescente, em que se pode aprender a nadar e atravessar o Canal da Mancha. Veja essa reportagem do Youtube que mostra exatamente esse fluxo, na vida real, sem ficção. Veja esse filme e me conte! Fernanda is back to cinemas!


Ainda na música. Está rolando até o dia 26 o Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana. Eu estava por lá no início, dia de aniversário de Ouro Preto, quando rolou um ótimo show da Beth Carvalho. Serviu bem para mostrar à jovem e universitária plateia de OP como é que se faz samba de verdade. De início, ela mostrou uma faceta pouco popular e muito boa, com sambinhas calmos de Cartola, Nelson Cavaquinho e Adoniram e outros clássicos. Depois, claro, todo mundo caiu no sambão de sambas-enredo. O show foi de graça, mas vale a pena correr atrás de um show da nossa maior intérprete do samba. E, logo. Porque, apesar da voz continuar ótima, já são 44 anos de carreira de Beth Carvalho e vai saber até quando será possível vê-la num bom show...
Um miado de uma gata é fofo, bonito e agradável de se ouvir. Mas experimente ouvir o miado durante duas horas. O show da Cat Power sexta pareceu-me bem essa metáfora a que ela se propõe. Miados sem fim. O som é bom, as músicas bonitas e as versões de clássicos também legais, mas o show não funciona muito tempo e sentado. A falta de nuances mais perceptíveis, de uma música muito rápida ou outra bem mais lenta, acabam fazendo com que tudo pareça uma coisa só e que cansa. Mas sem nenhum demérito à sua música, que é ótima para ouvir em casa. E ela foi uma graça no palco, principalmente na despedida, em que distribuiu flores, papéis com o set list e cumprimentos a qualquer um que quisesse um contato mais próximo com ela.