Uma espécie de Tim Maia de saias, Macy Gray animou, mas cantou muito pouco ontem, no HSBC Brasil. Mesmo com declarações de que ela tenha cantado mais ontem do que nas três passagens anteriores por aqui, ela era visivelmente uma cantora com dificuldades na voz, no cadenciamento de idéias e até para ficar em pé. Praticamente todas as músicas foram performadas naquele tom abaixo e o mais pesado ficou a cargo das backing vocals. Não que o show tenha sido ruim, as backing vocals eram muito boas e a banda também. Ela tocou clássicos disco e suas melhores músicas. Só parecia não estar nos melhores dias. Eu estaria bravo se tivesse pago o valor mínimo de R$ 200 pelo ingresso. Apesar dos problemas no show, Macy Gray parece ser uma boa cantora para animar multidões que não pagam nada para vê-la. Portanto, acho que ela pode se sair bem com Herbie Hancock domingo, no Villa Lobos.
27/05/2008
Uoooopa
Uma espécie de Tim Maia de saias, Macy Gray animou, mas cantou muito pouco ontem, no HSBC Brasil. Mesmo com declarações de que ela tenha cantado mais ontem do que nas três passagens anteriores por aqui, ela era visivelmente uma cantora com dificuldades na voz, no cadenciamento de idéias e até para ficar em pé. Praticamente todas as músicas foram performadas naquele tom abaixo e o mais pesado ficou a cargo das backing vocals. Não que o show tenha sido ruim, as backing vocals eram muito boas e a banda também. Ela tocou clássicos disco e suas melhores músicas. Só parecia não estar nos melhores dias. Eu estaria bravo se tivesse pago o valor mínimo de R$ 200 pelo ingresso. Apesar dos problemas no show, Macy Gray parece ser uma boa cantora para animar multidões que não pagam nada para vê-la. Portanto, acho que ela pode se sair bem com Herbie Hancock domingo, no Villa Lobos.
26/05/2008
Show de consolação
Disse aqui certa vez, após uma festa de firma, que Mariana Aydar era uma ótima cantora para animar festas de firma, nada mais. Mas há firmas e firmas e bandas e bandas. Ontem, numa festa da maior TV brasileira, o Bajofondo tocou. Foram pérolas aos porcos, porque eram muito poucos os presentes a realmente apreciar o espetáculo musical. Estavam mais interessados em ver e serem vistos. Exemplo éramos nós mesmos, da ala masculina do blog, muito atentos ao passa-passa de Grazi Massafera (na foto), Deborah Secco e Mariana Ximenes. Mas, ainda que sem Gustavo Santaollala, a parte do Bajofondo presente deu show no tango cheio de swing e eletrônica, provando agora a todos os integrantes deste blog o quanto eles são bons. Foi um excelente consolo para quem não pôde ir ao show completo na semana passada – o meu caso -, sem desprezar a presença das moças. Mas e você, olhou para qual lado do post primeiro?Turistas, essas vítimas...
Tem um monte de gente que, quando viaja, odeia dizer que é turista. Diz que é viajante. Sempre achei isso besteira, mas acho que encontrei a diferença exata entre os dois temas nas minhas últimas viagens. Turista, basicamente, é o mané que cai em programas-roubada. Isso aconteceu nas minhas férias do ano passado na Europa, quando, na Viena de Mozart e Strauss, fui convencido a ir em um espetáculo de música clássica com ingressos vendidos na praça, por pessoas vestidas de século XVIII. Chegando lá, a maior roubada cultural da vida: o palácio era um teatro chinfrim, os músicos meia-boca e dançarinos quase chutavam os lustres, de tão pequeno o palco. Neste feriado, em Campos do Jordão, senti-me novamente como turista mané, ao pagar R$ 30 (meia) em um ingresso para ver a Filarmônica de SP tocando Beatles no Auditório Cláudio Santoro. Tirando o lugar, todo o resto era a mais pura chacota. Bandinha de formatura, o Bira (do Jô) era o MC e só falava e fazia besteiras e havia um quarteto de cordas safado, que mal dava para ouvir... Saímos no meio do “espetáculo” indignados, depois da vexatória representação de Paul, George, John e Ringo como bonecos do posto no palco (foto acima). A conclusão minha, envergonhado, é de que turista tem de procurar o máximo de informações possíveis antes de embarcar em um programa cultural, principalmente quando é mais caro.
21/05/2008
Lembra?
Compre batom, compre batom
20/05/2008
Viagem em SP
A contracultura foi um movimento artístico que questionamento do valor da arte e da sua força política. Na onda das referências a 68, o Sesc Pompéia traz um projeto chamado Vida Louca, Vida Intensa (talvez numa referência a Cazuza, mas acho que não, porque não teria nada a ver). Fez parte do projeto o show do Young Gods, sobre o qual escrevi aqui. Mas foi só neste fim de semana que consegui ver a exposição sinestésica.
Há muitas imagens, música, cinema e instalações, que representam um pouco do que foi provavelmente o último movimento de maior contestação dos valores artísticos com abrangência global. Daqui do Brasil, se vê e se ouve muito da Tropicália – versão tupiniquim da Contracultura. Mas são as imagens (entre elas capas de discos e pôsteres de shows) os maiores ícones que restam e restarão para sempre do movimento. Uma linguagem única e temporal, síntese da contestação, da forma livre de lidar com a comunicação.
Nas capas dos discos e pôsteres, por exemplo, muitas vezes as letras e as imagens são quase ininteligíveis. Mas, dane-se! Era exatamente o recado. O importante parece que não era informar, mas contestar acima de tudo. Contestar até a informação passada. Por isso a capa de Todososolhos, de Tom Zé (abaixo), por isso, as imagens confusas de pôsteres do Jimi Hendrix Experience (acima) – que eram um experimento em si. A exposição mostra que todos os importantes músicos que passaram pela época se embebedaram da fonte da contracultura, em canções ou nas capas dos álbuns. Estão lá Rolling Stones, Zappa, Pink Floyd e, obviamente, Beatles, entre outros que ficaram também datados, como Grateful Dead (acima). A exposição vai até 22 de junho. Vale a pena. E esteja de olho nos horários dos filmes no cinema por lá.
19/05/2008
Ruim, ruim, ruim
No sábado à noite, sem dinheiro (no cheque especial), sem carro (roubado) e sem mulher (brigado), resolvi dar uma chance à TV. Entre as centenas de programas de sacanagem na madrugada e o altas horas, encontrei o novo programa do Zé do Caixão, no Canal Brasil. O adjetivo bizarro pode soar a elogio para o trash/cult José Mojica, por isso, para ser mais incisivo, digo: é um lixo. Pelo menos foi o que vi. Uma passagem chamada “infernet” em que responde a emails toscos de telespectadores, uma matéria sobre motociclistas que não diz muita coisa, uma entrevista (de 2001) em que ele faz apenas uma pergunta a Stripe, do REM (o quadro com uma pergunta dura bem uns 3 min). O que salvou foi uma entrevista com o polêmico colega de Canal Brasil Paulo César Pereio (que levanta uma campanha para derrubar o Cristo Redentor), mas por causa da displicente animação de Pereio e não por causa do apresentador, com suas repetições como até mais, até mais, até mais e você, você, você, que atestam seus critérios de dramaturgia. Bom, ao fim do programa do Zé do Caixão o que que veio no Canal Brasil? Claro, mais sacanagem na TV a cabo.
16/05/2008
Blindness
Saiu. O filme do Fernando Meirelles foi lançado dia 14 em Cannes. Hoje li as críticas. Como sempre, tem gente que gosta e tem gente que malha. Pelas rápidas imagens que vi, acho que vou adorar. Alguma coisa me lembrou Babel. E com a positiva pré disposição a Meirelles que eu tenho, estou ansiosa.Aproveitando, consegui ir na exposição do Saramago em Lisboa. Muuuuuuuuuuuito boa. Post específico em breve.
Charme e o Funk
Sabe aquela música que diz: "Qual a diferença entre o charme e o funk? Um dança bonito o outro elegante" Se não conhece, passou a conhecer. Essa tosca definição foi a primeira que veio a minha mente depois do show do Bajofondo. Eu já tinha ido no Gotan Project no ano passado e todo mundo me falava que o Bajofondo seria bem melhor. Discordo. O show do Bajofondo é do caramba. Sem dúvida nenhuma, me diverti e vi as pessoas se divertindo muito. Eles arrepiam o tal do tango. Já o Gotan é chique, é fino, é sofisticado, só modernizaram o ritmo, de maneira elegante. Não tem comparação. Sendo assim, há espaço para os dois na minha discoteca!15/05/2008
29.07.08 é igual a...
Sim, o rapaz acima volta ao Brasil para mais um show em SP.
Zé, desce um engradado cara, porque sou fã das ibanez e riffs desse cara.
10/05/2008
Rock in Rio in Lisboa
Metallica, Lenny Kravitz, Amy Winehouse, Joss Stone, Offspring, 2 Many DJ's, Orishas.
Cirque du Soleil

Lisboa, São Paulo e Montreal. Nessas três cidades assisti o Cirque du Soleil e depois de três vezes é fácil perceber o que muda e o que permanece. O que muda é a história e o que não muda é a minha aflição com os números e o desafio constante dos limites do corpo. Toda vez fico pensando o porquê de eu querer estar lá, sofrendo, com as mãos suando. E logo depois vem a calma, quando sei que tudo acaba bem.
O espetáculo que eu vi aqui chama Quidam e mesmo sem entender muito, fiquei com a sensação de que era triste e pesado, além de aflição, angústia... E fuçando no site, olha o que eu achei:
Quidam: um transeunte sem nome, uma figura solitária numa esquina da rua, uma pessoa a passar apressadamente. Podia ser qualquer um. Alguém a chegar, a partir, a viver na nossa sociedade anónima. Um elemento na multidão, um entre a maioria silenciosa. Aquele dentro de nós que grita, canta e sonha. É este o "quidam" que o Cirque du Soleil celebra.
Uma jovem rapariga enfurece-se; ela já viu tudo o que há para ver e o seu mundo perdeu todo o significado. A sua raiva despedaça o seu pequeno mundo e ela encontra-se no universo do Quidam. A ela junta-se um companheiro alegre, assim como outra personagem, mais misteriosa, que vai tentar seduzi-la com o maravilhoso, o inquietante e o aterrador.
Entretenimento em terras lusas
09/05/2008
Sim, aconteceu, virou Manchete
08/05/2008
Tem roupa no varal!
Tropa-de-Elite-osso-duro-de-roer
Cultura portuguesa
06/05/2008
Celebridades engajadas
Há um tempo eu falei por aqui sobre a superficialidade de certos artistas brasileiros em tratar de temas polêmicos, principalmente políticos. Citei diretamente o caso da Letícia Sabatella e sua “militância” sobre a transposição do rio São Francisco, como alguém que mais se aproveitava da situação do que fazia diferença. Meus argumentos eram de que ela deveria usar a imagem para algo mais profundo. Foi o que fez James Gandolfini, conhecido como Tony do seriado Sopranos (na foto). Ele, inteligentemente, usou sua imagem para ajudar produzir um excelente documentário sobre veteranos aleijados da guerra do Iraque. Ele entrevista e mostra imagens de diversos jovens que sofreram problemas físicos e psicológicos na guerra. Uma verdadeira lição sobre o espírito insano-militar americano e sobre como aquilo tudo que rola do outro lado do mundo tem implicações eternas na vida dos combatentes - e olha que, pelo que consta, o seriado do cara não era dos mais pacíficos. Mas, como diz Homer Simpson, quando se alista para lutar na guerra em episódio desta última temporada, alguém tem de garantir o barril do petróleo abaixo de US$ 100.
05/05/2008
Uma semana depois...

Vale lembrar que a virada cultural aqui em São Paulo fica melhor a cada ano. Uma sequência muito boa de peças, exposições, cursos e principalmente shows. Não consegui ver muita coisa, mas para acrescentar o nosso ano do metal, é claro que não deixei de assistir ao show de um dos fundadores do Iron Maiden. Paul Di'anno mostrou para muitos que depois de anos, consegue tirar gritos da platéia que cantava sem parar o cd na íntegra de Killers (1981).
Zé, desce uma original que consegui ver todos os componentes do Iron este ano.
A Lenda...
...vai virar realidade. Em passagem aqui no Brasil, especialmente dia 18 em SP, a lenda do rock fará apresentações aos 81 anos de idade. Falo de Chuck Berry, um ícone para qualquer roqueiro. O ingressos estão à venda para associados HSBC até dia 09.05 onde passará a ser vendido ao público. O show será no próprio HSBC, antigo Tom Brasil.
01/05/2008
Show na telona
Sim, o filme de Scorsese sobre os Rolling Stones, Shine a light, é apenas um show. Nada mais. Mas falta dizer que o show é ótimo, lembrando os bons momentos de Copacabana em 2006. Não é um documentário propriamente dito, porque é fraquíssimo de informações sobre a banda, mas também nem precisava. Foi melhor Scorsese ter usado essa técnica, do que fazer algo monótono como o No direction home, sobre Bob Dylan. O diretor não é forte nas seqüências e oscilações que fazem um documentário bom, apesar de ser eficiente em levantar histórias, entrevistas e documentos, como o fez no filme sobre Dylan e também em A história do Blues - mas não neste. É destaque, porém, a habilidade de Scorsese em não perder ótimos momentos do show, como as atitudes stonianas da banda, e por conseguir adminsitrar quase cem câmeras em um pequeno auditório, sem quebrar o eixo nenhuma vez e com poucas câmeras vazando. Corre no Gemini, na Paulista, que foi o único lugar onde a gente ainda achou em cartaz.

