17/01/2008

Não perde!


Antologias de pessoas brilhantes sempre trazem algo novo surpreendente. A retrospectiva que a Pinacoteca faz de Tarsila do Amaral, que será inaugurada neste fim de semana, traz elementos para justificar e aumentar a veneração pela musa do modernismo brasileiro. Apesar de fraca em biografia, a exposição valoriza o processo de criação da pintora, como os rascunhos que fazia em seus inseparáveis bloquinhos, simples, mas já inovadores. Um dos momentos mais intensos na exposição é a reunião de A Negra, Abaporu e Antropofagia, que, vistos lado a lado, são mais facilmente compreendidos. Outra grande experiência, por motivo mais pessoal, foi dar de cara com a tela Operários (acima), no fim da exposição e composta no fim da vida de Tarsila. Esses rostos povoaram um importante momento da minha infância, quando apareciam na capa de um livro de história brasileira. O contato com eles era diário. Tranzendo-os para a minha intimidade, eu imaginava suas diferentes vidas, como distintos trabalhadores brasileiros, e histórias tão diferentes quanto minha imaginação fosse capaz de criar. Foi um prazer rever cara um deles.

Um comentário:

Anônimo disse...

Dan, isso conta como clipping? rsrsrsrsrsrs
Beijão, Lá