12/01/2007
Mais do mesmo
Alguns clássicos são tão revisitados na cultura moderna que, quando se conhece de perto algum deles, parecem mais do mesmo. Isso ocorreu comigo ontem, quando assistimos a “O Avarento”, de Moliére. Pareceu-me que todos aqueles elementos, de alguma forma, já foram reprisados em apresentações de todo tipo. A conclusão final é de que a peça é boa, mas longe de ser sensacional. Talvez quando tivesse estreado, inédita, tenha repercutido mais. Ou talvez a "pão-durice" seja agora algo tão cotidiano para nós, que não choque tanto. Vale pelas piadas, mas pouco pela moral. A crítica de outrora talvez já não repercuta tanto quanto hoje. O destaque é a atuação do Paulo Autran, em seu 90º espetáculo, que certamente fará você lembrar algum velho conhecido. Ligeira decepção é o diretor Felipe Hirsch, que traduziu novamente a obra e dirigiu-a sem aproveitar uma boa oportunidade de torná-la mais contemporânea. Muito bacana é o cartaz da peça, mas não acho de jeito nenhum na internet.
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Um comentário:
Concordo, e acrescento: a adaptação do texto faz com que ele fique mais pobre. Clássicos devem ser respeitados. Há muitos autores novos, com linguagem nova, etc. Que o clássico permaneça.
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