27/11/2006

Meca musical


Não há músico bom no mundo que venha ao Brasil e não consiga atrair um bom punhado de fãs. Essa é mais ou menos a conclusão a que chegamos no balanço deste agitado ano de shows em São Paulo e no Rio. Por diversas vezes ao longo deste ano, nos surpreendemos como, em shows de muitas bandas fora do mainstream pop-comercial, havia um número grande de fiéis que conseguiam cantar quase todas as músicas. No Nokia Trends, isso ficou ainda evidente mais uma vez. Bandas com estilos tão diferentes, como We Are Scientits e Ladytron, tinham seu público cativo ali, na mesma platéia. Vale destacar que os Scientists, por exemplo, nem tem CD lançado aqui e são cultuados por milhares de pessoas. Concluímos, eu a Fê, que esse talvez seja um dos principais fatores que atrai tantas bandas ao Brasil, especialmente São Paulo. Por isso a cidade está no “circuito” mundial da boa música, disse a moça do casal. Além de contar invariavelmente com, no mínimo meia dúzia de cantores na platéia, qualquer banda aqui, se mandar bem, pode ser recebida com glórias por público e crítica brasileiras. É só acompanhar as coberturas dos últimos shows e festivais nos jornais para verificar que não há muitos preconceitos entre os críticos daqui. Em geral, quando o som é bom, há elogios, independentemente de ser techno, jazz ou rock. O Estadão e a Folha de hoje comprovam isso.

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