22/11/2006
Do paraíso à perdição
Repórter econômico em São Paulo vive um paradoxo. Eu, por exemplo, sempre ee sinto como príncipe e plebeu numa só pessoa. De dia, costumo freqüentar hotéis e restaurantes chiques que, muito provavelmente, jamais poderei pagar na vida. À noite, vou a lugares como o Zé (sem ofensas, Zé). De dia, colunas de dezenas de metros no Unique e à noite pilhas de engradados vazios no boteco. Na manhã, papel macio e som ambiente no banheiro do Emiliano e, na madrugada, não tem mais papel-lixa para enxugar a mão no bar. Sou capaz de ir do confit au poivre ao sanduíche de pernil numa velocidade que impressionaria pilotos de corrida. Por isso, sou bastante procurado por amigos para atuar como um Virgílio, levando-os para o céu ou o inferno gastronômicos de São Paulo. Em entrevistas-rango, às vezes imagino: será que esses caras podem imaginar que alguém entre eles vai jantar um americano num lugar como o Hobby Lanches – que, como o Zé, nem aceita cartão? No fim do dia, no boteco mesmo, é bom saber que, apesar da babação ao meu redor por causa do trabalho, ainda preservo minha essência. Ao menos à noite.
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9 comentários:
Passei mal com esse post...
Passei mal com esse post...
Passei mal com esse post...
o melhor post hein cara! show!
Arrasou!
Fico esperando que você vá comentar no meu blog seu Danilo... Do casal, só dona Fê Vio comenta.
www.desopile.blogspot.com
Sensacional...
Hehehe!
Ae, Dan, diversidade, sempre
hehehe
ih, esqueci de assinar o anterior
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