
Cada vez que visito uma nova cidade da América Latina mais me impressiono sobre como elas são parecidas. Durante os primeiros dias em que trabalhei em Medellín, Colômbia, circulei entre a parte absurdamente chique da cidade: o bairro El Poblado. Tudo era seguro e tranqüilo, dada a presença de políticos de todo o mundo numa conferência. Lá no evento, acesso total e ilimitado ao melhor café colombiano, da rede Juan Valdez, que é conhecido como o melhor do mundo – não discordo do bom gosto do café, o problema é que parece que eles coam mais fraco do que nós. A comida local, infelizmente era fraquíssima. Quando fui a um restaurante indicado como o melhor de comida típica, não vi nada de mais (muito porco, banana e abacate na comida). Era tipo um América. O local dos bares era interessante; todos eles reunidos em volta de uma praça, onde soava reggaeton em todo canto. Mas, até aí, nada muito diferente de Pallermo, em Buenos Aires ou a Vila Madalena e o baixo Gávea. Após o fim da conferência, foi a manhã que tive para conhecer a cidade real: muita pobreza, lixo nas ruas, mendigos e camelôs. Havia até uma favela imensa, que se perdia de vista, mas com o charme do metrocable, um metrô suspenso (logo mais, falo sobre ele). Nesse passeio, ouvi até de um taxista que, durante a conferência, levaram todos os mendigos a uma “finca” e abafaram ameaças de bomba durante o evento. Aí deu um pouco de medo porque percebi que, durante a assembléia, passaram um pó de arroz e um baton em toda cidade, para maquiá-la aos gringos – mais ou menos com o que se fez ao Rio em 92. Sim, se você lembrou, é a terra de Pablo Escobar, do narcotráfico, do cartel e de um braço das Farc... Mas deu tudo certo. Afinal, estoy aqui, de volta da terra da Shakira.
Um comentário:
querido, que saudades de vc! Adorei os posts. Quando voltarmos conversaremos mais. Estou na Itália e cá entre nós, caótica... beijos
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