21/11/2008

Judeu no dia do negro


Sou contra datas dedicadas a raças e povos. Acho isso o racismo em si. Em sinal de protesto, ontem, no dia da consciência negra, fui ao Centro de Cultura Judaica, ver a exposição sobre o surrealista Marc Chagall. A exposição e boa, de graça e pode-se adentrar calçando chinelos. Nela, estão os esboços e cópias dos vitrais que o artista fez na capela da entidade social israelita Hadassah, em Jerusalém. Na sinagoga da instituição existem 12 vitrais representando as 12 tribos de Israel. A exposição em si diz um pouco sobre o processo de concepção de idéias do artista e, principalmente, o trabalho em transpor suas idéias e cores ao vidro. O problema é que, como ocorreu numa exposição de rascunhos do Picasso aqui no Masp há uns 5 anos, fica aquela sensação de quase-clímax. Você vê como tudo foi feito e não vê a peça original em si. Tudo bem que é difícil transportar vitrais, mas poderiam, pelo menos fazer algo mais similar ao original, do que apenas caixas luminosas que, ou são distorcidas, ou são pequenas demais.

Um comentário:

Henrique Crespo disse...

Datas dedicadas a raças soam como uma espécie de preconceito. Eu, em tese, não me simpatizo com isso. No entanto, ações de afirmação parecem importantes nos avanços contra o racismo.
abç