13/10/2008

Sobre estar longe (ou nem tanto)

No interior do interior do Paraná, em uma terra onde havia uma floresta de araucárias, uma colônia de descendentes de alemães vive em uma espécie de oásis agrícola. A cidade: Guarapuava, o distrito: Entre Rios, a colônia: Vitória. Estive lá a trabalho na semana passada, para acompanhar os produtores rurais. Aqui vai o que não tem nada a ver com o trabalho profissional: descobri uma comunidade formada por 250 famílias (menos hoje, porque alguns já foram embora) de “refugiados” da Iugoslávia após o fim da guerra. Hoje, os primos de Bundchen, Mallman e Michels, são milionários do agronegócio, plantando soja, trigo, cevada e criando suínos. É uma mini-Alemanha dentro do país, com casas suntuosas, cervejaria própria e muita, muita riqueza. Meio bizarro: os jornais e a rádio local são em alemão. As pessoas se falam em alemão. E (o mais estranho) a maioria se casa entre eles e não são muito chegados aos não-germânicos. Fora que só aceitam descendentes na cooperativa agrícola local. A impressão (minha, principalmente), é de que o Mengele poderia muito bem ter passado por lá, assim como outros fugitivos do tribunal de Nuremberg ou seus descendentes ainda podem estar nas redondezas. Em breve, algumas fotos desse ponto germânico do lado de cá do Atlântico.

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