23/10/2008

Mais louco é quem lhe diz

Tempo corrido, mas não poderia deixar de registrar aqui umas palavras sobre Loki – Arnaldo Baptista. É daqueles filmes ótimos porque o personagem é ótimo. As virtudes da montagem do documentário ficam por conta do acervo de imagens antigas dos Mutantes e só. Apenas um ou outro momento de glória, com o uso de (superconvenientes) filtros de diferentes cores em shows. É um filme sobre um excêntrico e suas pirações, com a diferença de que o cara, de fato, fez uma puta diferença no mundo da música. Ok, o filme exalta ele um pouco demais, querendo mostrá-lo como o “cabeça” dos mutantes, ao invés de um dos elementos do conjunto, e em ridículas comparações com Beatles e Stones. A glória foi ter visto o filme na mostra com a presença do próprio. Ao fim da sessão, ele estava ali, tanto ou mais escancarado quanto o filme lhe torna. Mostra sua loucura e a dificuldade de ser compreendido. A depressão. A dor de abandono... É uma pena que o filme não entre em circuito comercial (como ocorreu com aquele filme do Simonal, que foi só apresentado no É tudo verdade!). Mas logo está nos DVDs e no Canal Brasil.

Um comentário:

Henrique Crespo disse...

Por falar em documentário ruim sobre compositor bom, lembrei daquelke sobre o Cartola. Imagens de arquivo sensacionais, apenas.

Quero muito ver o do Simonal.