23/06/2008

Conflito eterno II

Taí outra discussão imortal na cultura. Melhor o documentário ou melhor a ficção baseada em fatos reais? O 11/9 foi uma grande prova para essa comparação. Ver o documentário de Michael Moore e o filme de Oliver Stone sobre o mesmo tema, por exemplo, mostra que a “verdade” e a “realidade” não, necessariamente, têm lado certo nesse tipo de comparação. Nessa linha, pode ser feita agora a comparação entre o filme “Control” e o documentário “Joy Division”. Ambos tratam da ascensão e fim da banda e de seu líder, Ian Curtis. E de formas completamente diferentes. Se for para escolher um (ambos devem sair de cartaz nesta semana), veja Control. Uma história com começo, meio e fim poética e bem trabalhada. O documentário tem, certamente, mais “verdades”, menos floreios, menos licenças poéticas, mas é mais chato. É bom e completo, mas tem declarações que se repetem como um imenso pleonasmo, imagens truncadas e jogadas rapidamente, que fazem sofrer quem lê as legendas (também com muitos erros). O documentário, claro, conta a história e destaca os momentos mais importantes, mas parece um bônus daqueles que vêm nos bons DVDs. Funciona como um extra ao filme – que tem problemas, por ser mais enviesado pelo olhar da viúva, mas é mais dinâmico.

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