29/04/2008

Caramel

Por Anna Carolina Nogueira, desde Buenos Aires

O filme, da libanesa Nadine Labaki, conta um pouco da história de cinco mulheres em diferentes momentos de vida, tendo como cenário principal um salão de beleza em Beirute. Layale é apaixonada por um homem casado, Nisrine se casará em breve e tem medo que o marido descubra que ela não é virgem, Rima sente atração por outras mulheres, Jamale sofre com as conseqüências dá idade em sua imagem e Rose faz sacrifícios para tomar conta da irmã mais velha.
Quando colocam arte na nossa frente há duas opções: te toca ou não te toca. É simples assim. Não adianta esmiuçar a complexidade de uma obra na minha cara. Explicitar emoções não aumenta as chances de emocionar, pode até ter efeito contrário.
Foi exatamente o que me tocou em Caramel. Ele tem uma sensibilidade delicinha, totalmente contrária aos filmes mulherzinha norte-americanos - ou seja, os homens podem assistir despreocupados. Não necessita destrinchar sentimentos em nossos ouvidos para que eles sejam entendidos, quando o silêncio já explica tão bem.
O nome do filme é pelo caramelo usado no salão para depilação, tão doce e tão doloroso. Torçam para que o filme chegue logo às telas brasileiras.

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