O Caçador de Pipas

Por Paty Rodrigues


Em 1978, o Afeganistão ainda não sofria com o clima pesado da guerra e da invasão norte-americana. Neste cenário, garotos brincam na rua e Hassan, entre seu grupo de companheiros, é o melhor quando o assunto é empinar pipa. Entre seus amigos está Amir, filho de um intelectual que zela muito pelos dois meninos.

Ainda na infância, Amir praticamente rompe sua relação com Hassan por motivos banais. A seguir, sua família se muda para os Estados Unidos quando a liberdade ameaça faltar e o cerco de uma crise começa a se fechar. No futuro, porém, Amir tem uma chance de redimir seus erros do passado quando recebe um pedido de socorro do para ajudar o filho de Hassan no sucateado Afeganistão.

O Caçador de Pipas é baseado no best-seller de Khaled Hosseini. Em algumas cenas, as crianças na verdade estavam com balões nas mãos e as pipas foram adicionadas usando efeitos de computação. Num elenco sem grandes estrelas, o filme abriu o Festival de Chicago e tem direção de Marc Forster, o mesmo de Em Busca da Terra do Nunca e Mais Estranho que a Ficção.

Li o livro e assisti ao filme. De um modo geral a leitura é sempre melhor que o filme, porém, a produção conseguiu transmitir na medida do possível toda a sensibilidade dessa emocionante história. Apesar de importantes passagens do livro ficarem de fora como detalhes da relação conturbada entre Amir e Hassan, a dificuldade de Amir atravessar a América com Sorahb e de ter retratado um Amir muito “arrependido e doce” ao final da história, para quem se interessar indico ler o livro e assistir o filme, simplesmente sensacional!