Por Patty Ewald
Desde que li o livro “A Hora da Estrela”, de Clarice Lispector, me identifiquei com a maneira da autora de escrever e descrever coisas, sentimentos, confusões. Após ter lido mais um livro, “Uma Aprendizagem”, passei a gostar mais ainda, como se ela falasse sobre temas que também pensou e diversas vezes do modo que penso.
Foi por gostar de seus livros que assisti à peça Clarices, no Teatro Ágora (até 02/12). Numa sala intimista e bem pequena - apenas 50 lugares - três atrizes estabelecem uma espécie de conversa usando trechos de crônicas e textos da autora. São 50 minutos, pouco tempo para teatro, mas o suficiente para apresentar quem foi – ou melhor, o que escreveu – Clarice Lispector, e já nessa intenção o espetáculo começa com um áudio de Clarice falando sobre si, daquele jeito que só quem leu sabe.
Segue um trecho do texto:
“Sempre me restará amar. Escrever é alguma coisa extremamente forte, mas que pode me trair e me abandonar. Em escrever eu não tenho nenhuma garantia. Ao passo que amar eu posso até a hora de morrer. Amar não acaba. É como se o mundo estivesse à minha espera. E eu vou ao encontro do que me espera.”
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Um comentário:
q delicia ler sobre clarice aqui, sou maluca por ela e a peça é a segunda da minha lista de próximas... pelo visto não vou perder a viagem.
bjo
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