Se você pretende...

Por Fernanda Iema

"...saber quem eu sou, eu posso lhe dizer..." Não faço parte do tripé, embora conviva ativamente com esse casal de três. No entanto, sou como uma filha para eles (por respeito e consideração, não vou expor o real grau de parentesco entre a gente, ok?). Por isso, fui convidada a colaborar com um texto sobre uma experiência que esses meus queridos pais me proporcionaram na mais fria noite paulistana do ano: o show do Del Rey, no Studio SP. A banda, de origem pernambucana, conseguiu fazer o que nem meus reais progenitores conseguiram nesses meus 27 anos: a curtição por Roberto Carlos. A apresentação, quase toda composta por rits do rei, salva pequenas pitadas de pagode e funk carioca, é demais da conta de animada e mantém o público pulando como pulgas durante as quase três horas de duração. Nem vou divagar muito sobre a contagiante performance do vocalista-bailarino, que por si só já basta, cuja similaridade com o requebrado de um dos integrantes do casal é inegável. Sem contar que pela primeira vez consegui prestar atenção na poesia do rei Roberto, que, ao contrário do que muita gente pensa, de conotação de "dor de cotovelo" não tem nada. De agora em diante até deixo de ir para Minas Gerais quando os caras pintarem por aqui.... (Mentira!)