12/03/2007

Ser ou não ser juvenil

Um ritmo alucinante e contagiante toma conta do leitor do começo ao fim em "Até o dia em que o cão morreu", livro que lançou Daniel Galera no hall dos melhores escritores brasileiros contemporâneos. Fazia algum tempo que não lia um livro inteiro em um dia, mas as inebriantes 100 páginas deste relato sobre o conflito entre desejos e desapegos da juventude pareciam falar a mim de uma maneira absurdamente direta e ostensiva. Já falamos sobre as qualidades do Galera aqui mesmo, ao citar "Mãos de cavalo" e a tradução de "Extremamente Alto & Incrivelmente Perto", de Jonathan Safran Foer. A leitura deste livro - anterior ao outro, de 2003 na verdade, mas reeditado agora pela Cia das Letras - confirma o cara como grande romancista da atualidade. Por sua pouca idade, seus temas são familiares a jovens como nós. É uma espécie de "ser ou não ser" contemporâneo juvenil. A definição é confusa, eu sei, mas diz muito sobre o livro e, principalmente, seu fim. A seguir, trecho da orelha da primeira edição - ainda sob o selo Livros do Mal - feita por João Gilberto Noll (que logo mais vai ter seu próprio post também):
'A história de um jovem que se exaure antes da maturidade, se exaure pela ociosidade massacrante, sem saída à vista, se exaure porque o amor lhe confere apenas soluços secos, gozos avulsos'

3 comentários:

Anônimo disse...

O ultimo livro que eu li sem parar, mas nao em um dia, foi "Diario do Farol" - João Ubaldo Ribeiro. Vale a pena...

Anônimo disse...

Boa indicacao Dan!!!
Abracao!!!
GUi, vou seguir o seu conselho, sera o proximo!!!

Anônimo disse...

Dan, li na Carta Capital a crítica. Tão boa quanto a sua. Me empresta? beijos