18/12/2006

Em terra de surdos, quem tem uma perna é rei.

A série de duetos do especial do Roberto Carlos no fim de semana serviu para mostrar que são raros os músicos de qualidade no país. Não estou falando só do cara que canta “ela só pensa em beijar”, que fez o Rei cantar, em cena ridícula, que “falou com o DJ”. Para o Jorge Ben, estar ao lado de Roberto Carlos, do Jota Quest ou do Armandinho, daria na mesma e o seu som seria o de sempre, sem nenhuma variação. Erasmo Carlos e Wanderléia eram os mesmos de 40 anos, sem o menor brilho. Para o próprio rei, a cada especial de fim de ano, percebe-se mais a sua decadência e a escassez de originalidade. Destaques foram “Eu te amo”, com a Marisa Monte, “Negro Gato” e o trechinho de “Lígia”, com Tom Jobim, que está no novo DVD do Roberto. Todas elas, músicas de mil anos atrás. Sorte que ainda temos muito do velho Rei.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ótimo título!
Mas... foi tão decepcionante assim?
Bjo